É importante ressaltar que o combate à dengue não é apenas responsabilidade da prefeitura do município de Toledo. Deve ser exercido por cada um dos mais de 150 mil habitantes de Toledo e seus distritos, mas a principal responsabilidade direta sobre a saúde pública recai na Secretaria Municipal de Saúde, que demonstra pura prevaricação.
Onde estão as campanhas publicitárias permanentes?
Até agora, vi apenas algumas tímidas ações, e, para piorar, em veículos de comunicação de Cascavel.
Onde estão as ações nas associações de moradores?
Será que esses tais “ecopontos” não estão incentivando os moradores a acumular lixo, favorecendo assim a proliferação dos mosquitos? Não seria melhor ter ações permanentes, em vez de esporádicas? Onde estão as limpezas dos lotes de responsabilidade do Poder Público? Qual é a empresa responsável pelas roçadas, que hoje cuida dos canteiros, dos terrenos, dos próprios públicos, como foi o caso da casa mortuária do Jardim Coopagro, onde foi velado seu Luiz Pletsch?
Pior ainda, ontem, passei em frente ao Hospital Regional, e o que vi foram calçadas e canteiros todos tomados pela mata, uma vergonha.
A responsabilidade
Perguntas se erguem diante dos gestores, especialmente da secretária da Saúde de Toledo, Gabriela Kuscharki: Como será tratada a morte de Luiz Pletsch Wuts? Que explicações serão dadas?
Diante da justiça, a omissão do Poder Público em erradicar o mosquito transmissor da dengue, desencadeando mais uma epidemia que vitimou os habitantes com a dengue hemorrágica, impõe à Administração Pública o dever mínimo de indenizar os familiares. Ou será que eles estão apenas preocupados com as verbas ao HRT?
Essa negligência do Poder Público evidencia uma inércia na prestação dos serviços de saúde, sendo crucial demonstrar o mau funcionamento que, ao configurar a responsabilidade pela morte deste cidadão, está ligado a uma falha específica da administração pública em seus programas de prevenção e combate à dengue.
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Mini-Hospital lotado até nos corredores
Assisti às denúncias que chegaram ao vereador professor Oseias, onde ele fez seu papel de representar os eleitores ao verificar pessoalmente cada uma delas e comprovar essa inércia da Secretaria da Saúde de Toledo para com os cidadãos, o que o obrigou a levar essa calamidade ao Ministério Público.
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Fotos dos corredores do Mini-Hospital nesta sexta-feira.
Dos leitores
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Toledo acordou sob o peso da tragédia
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Luiz Pletsch Wuts, um cidadão comum, sucumbiu à dengue hemorrágica, deixando para trás uma família devastada e uma cidade perplexa.
Enquanto a comunidade lamentava a perda, questionamentos ecoavam pelas ruas. Onde estava o combate à dengue? Por que as campanhas de conscientização eram tímidas? A responsabilidade não podia ser apenas do Poder Público; cada cidadão de Toledo tinha um papel a desempenhar.
Enquanto líderes políticos buscavam justificar sua inércia, vereadores como o professor Oseias se tornavam voz da indignação popular, clamando por ações concretas.
Nos corredores do hospital, a realidade era cruel. Leitos transbordavam de pacientes, e a sensação de impotência crescia.
Mas, em meio à dor, uma esperança frágil se ergue. Que a morte de Luiz não seja em vão. Que Toledo se una na luta contra a negligência das autoridades e da burocracia, transformando essa indignação em ação e garantia de um futuro mais seguro para todos.