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Unioeste lança agente de inteligência artificial para auxiliar pequenos agricultores no pós-colheita

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Foto: Reprodução/Unioeste

Com o objetivo de democratizar o acesso à tecnologia no campo, o Programa de Pós-Graduação em Engenharia Agrícola da Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste), campus Cascavel, desenvolveu um agente de inteligência artificial (IA) voltado especialmente ao manejo pós-colheita de frutas, verduras e legumes. A ferramenta é resultado de uma pesquisa de pós-doutorado do Dr. Cleber Fernando Serafin, sob a supervisão da professora Dra. Silvia Renata Machado Coelho.

A proposta é simples, mas ambiciosa: reduzir perdas e aumentar a produtividade no campo por meio de orientações técnicas acessíveis e personalizadas. “Nosso foco foi criar uma tecnologia prática, que realmente chegue até quem mais precisa — os pequenos agricultores. Não adianta desenvolver algo sofisticado que ninguém consegue usar”, explica o professor Cleber.

Simples de usar, mas com base científica

O agente de IA foi pensado para funcionar mesmo em dispositivos móveis simples, com baixa conexão à internet. Por meio de uma interface intuitiva, o agricultor pode digitar perguntas em linguagem cotidiana, como “Como armazenar alface por mais tempo?”, e receber orientações claras e confiáveis, baseadas em dados científicos.

Segundo a equipe, o sistema foi treinado para reconhecer variações de linguagem informal, incluindo erros gramaticais comuns, tornando-o acessível também para quem tem baixa escolaridade ou dificuldades na escrita.

Um problema nacional, uma solução local

Dados indicam que cerca de 30% dos alimentos produzidos no Brasil são desperdiçados no período pós-colheita — perdas que impactam especialmente os pequenos produtores. O projeto da Unioeste busca enfrentar esse desafio com soluções adaptadas à realidade do campo, como orientações sobre controle de umidade, técnicas de embalagem e condições ideais de armazenamento. “O pós-colheita ainda é um elo frágil na cadeia produtiva. A perda de alimentos significa perda de renda e desperdício de esforço. Queremos mudar essa realidade com conhecimento aplicado”, afirma Cleber.

Inovação com impacto social

O agente foi desenvolvido no Laboratório de Pós-Colheita da Unioeste, unindo engenharia agrícola, ciência de dados e extensão rural. A iniciativa já está sendo testada em parceria com cooperativas e associações, e tem recebido reconhecimento por seu potencial transformador. “Mais do que uma ferramenta tecnológica, esse projeto é uma ponte entre universidade e comunidade. É extensão universitária na prática”, destaca Cleber.

Além das orientações técnicas, o agente traz recursos como áudios explicativos e ilustrações, que facilitam o uso por produtores com diferentes níveis de alfabetização digital.

Expansão e próximos passos

A equipe responsável planeja ampliar o alcance do projeto, com novas funcionalidades como alertas meteorológicos, sugestões de comercialização e até gestão básica de estoque. Instituições como sindicatos rurais, a EMATER e o Ministério da Agricultura já demonstraram interesse em conhecer e avaliar o uso da ferramenta em outras regiões.

Como acessar

O agente de inteligência artificial está disponível gratuitamente em: bit.ly/pgeagriAI. A primeira capacitação on-line será realizada no dia 12 de agosto, às 19h, no link: bit.ly/CLEBER2025.

“Essa é uma oportunidade de unir ciência e saber tradicional. A tecnologia não vem para substituir o agricultor, mas para potencializar sua prática”, finaliza Cleber.

Fonte: Assessoria de Comunicação da Unioeste

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