Em 12 de maio de 2022, uma mulher foi brutalmente atacada por um andarilho e esfaqueada quando chegava a sua casa, na Rua Marechal Floriano, em Toledo. A vítima foi dominada sob a ameaça de uma faca, sofrendo perfurações no olho, rosto, crânio, orelha e nos dois braços.
Em meio a tantos transtornos causados por andarilhos que cometem crimes, incomodam (muitas vezes ameaçando) comerciantes, motoristas e pedestres, pedindo esmola, comida ou qualquer outra coisa, surge o temor de que ocorrências graves como essa de 2022 se repitam em Toledo.
No início deste ano de 2023, outro incidente ocorreu quando um morador em situação de rua foi abordado de forma “educada” por dois transeuntes, após agredir uma mulher. O incidente ocorreu próximo aos banheiros públicos no Parque Diva Paim Barth, onde um dos intervenientes expressou, de maneira “delicada”, a mentalidade das esquinas, especialmente aquela relacionada à psicologia de “boteco”, que preconiza não tolerar a afronta.
Explorando as nuances da lei, o que é a legítima defesa aos olhos da justiça, senão uma reação lícita diante de uma agressão anterior ilícita? Um direito natural para conter a violência. Isso foi o que ocorreu no caso das agressões a esse andarilho que agrediu uma mulher (não se sabe se ela convive com ele ou se desentenderam na divisão dos corotes).
No entanto, agora enfrentamos um novo patamar de gravidade. Neste fim de semana, aconteceu o que tanto temíamos, quando uma cidadã toledana, que sem dúvida paga impostos para receber segurança, foi violentada não apenas fisicamente, mas também emocional e psicologicamente. É hora de pôr um fim a isso. É hora de nossas autoridades deixarem de lado as brincadeiras de esconde-esconde e enfrentarem a situação de frente, começando pela nossa Secretaria da Assistência Social de Toledo, que parece ter à sua frente uma figura meramente decorativa.
Para este colunista, qualquer cidadão “deixa de ser livre, deixa de ter seus direitos de liberdade” quando os direitos dos outros são violados.
Embora seja responsabilidade do poder Legislativo, através dos vereadores, e também do poder Executivo, encontrar uma solução para assistir essas pessoas, encaminhando-as para algum setor onde possam desempenhar alguma ocupação, percebe-se que são pessoas com idades entre 30 e 40 anos, portanto, em condições de trabalhar e contribuir para a sociedade, desde que as autoridades tomem medidas efetivas para resolver, pelo menos em parte, a situação em que vivem os andarilhos, pedintes e indigentes em Toledo.
Infelizmente, tanto o poder Executivo municipal quanto o Governo do Estado parecem não estar equipados para lidar com a situação dos andarilhos de forma eficaz. Eles priorizam outras questões fundamentais e indispensáveis na administração pública, sem darem a devida atenção a esse problema, até que um membro de suas próprias famílias se torne uma vítima.
Dos eleitores e usuários do terminal rodoviário de Toledo
“Eliseu, eu uso duas vezes por dia os terminais de Toledo. Sinto um misto de “raiva e dó” quando vejo os andarilhos e índios praticamente explorando e ameaçando a todos, sem que haja uma intervenção de forma significativa por parte de quem realmente teria que estar presente, que é a Secretaria da Assistência Social de Toledo. Confesso que já militei em partidos políticos e conheço bem essas funções, mas é o que eu vejo: não há qualquer movimentação nítida por parte de quem quer que seja o responsável”.
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