A queijeira Gelir Giombelli produz em Toledo queijos coloniais e o Tomme Negro d'Oeste. Foto: Divulgação

Os produtos participantes passaram por uma primeira classificação, que define quais alimentos seguirão para disputa das medalhas super ouro e da escolha do melhor queijo

A escolha dos melhores queijos do Estado, pelo Prêmio Queijos do Paraná, deu a largada, na manhã desta quinta-feira (1º) com a classificação dos produtos inscritos. Durante a manhã, no Museu Oscar Niemeyer (MON), em Curitiba, jurados especialmente treinados para fazer a triagem, deram notas que definem os queijos aptos a concorrer a medalha de super ouro. Ao longo do dia, além do julgamento, há uma extensa programação, com palestras, minicursos e a oportunidade de os participantes visitarem os estandes de entidades parceiras.

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Para o presidente do Sistema FAEP/SENAR-PR, Ágide Meneguette, a premiação é um divisor de águas que coloca os queijos do Estado no mapa nacional. “Tivemos 323 inscritos, o que mostra a diversidade incrível que existe em termos de produtos lácteos no Paraná. Esse é só o começo, pois tenho certeza que daqui para frente o mercado de queijos vai ganhar ainda mais fôlego e ser mais um produto na lista do agronegócio, que gera riquezas e empregos aos paranaenses”, projetou Meneguette.

O presidente da Comissão Técnica de Bovinocultura de Leite do Sistema FAEP/SENAR-PR, Ronei Volpi, é um dos idealizadores do prêmio. “É uma grande satisfação para nós termos a chance de celebrarmos o Dia Mundial do Leite no mesmo dia em que fazemos esse evento. Como o Paraná transforma 5 milhões de litros de leite em queijo todos os dias, precisamos que essa cadeia que movimenta tanto a economia seja reconhecida e não só pela quantidade, mas também pela qualidade que é um dos nossos diferenciais”, aponta Volpi.

O Prêmio Queijos do Paraná é promovido por um comitê gestor, formado pelo Sistema FAEP/SENAR-PR, Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná (IDR-Paraná), Sebrae-PR e Sindileite-PR, com apoio de 28 entidades. “Nosso Estado é um produtor de vinhos, cervejas artesanais, e agora estamos descobrindo um universo enorme de excelentes queijos que se abre com esse prêmio”, disse Mabel Guimarães, gestora das indicações geográficas do Sebrae-PR, uma das entidades apoiadoras.

Participante de Toledo viaja para prêmio pela primeira vez

Um ano e meio atrás, quando começou a produzir o queijo “Tomme Negro d’Oeste” (inspirado em uma receita francesa), Gelir Giombelli, de Toledo, na região Oeste do Estado, nem imaginava que um dia participaria de um concurso como o Prêmio Queijos do Paraná. Porém, cerca de um ano atrás, enviou despretensiosamente seu produto para uma premiação internacional, em São Paulo. Ela não foi presencialmente, mas teve o alimento classificado com uma medalha de prata. Desde então a queijeira se animou a se engajar em concursos e resolveu prestigiar pessoalmente a premiação paranaense, em Curitiba.

Atualmente, Gelir tem 20 vacas em lactação e produz cerca de 500 quilos de queijo por mês. A maior parte ainda é do estilo colonial, mais tradicional na região. Porém, cerca de 60 quilos mensais são do queijo fino, que tem valor agregado quase três vezes maior. “O queijo colonial é mais para o dia a dia, tem outro público. Já o Tomme Negro d’Oeste é um produto de degustação”, explica Gelir, que está com planos de ampliar a infraestrutura da propriedade e instalar uma pousada para receber turistas.

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Etapas

A avaliação dos queijos acontece em três fases, todas no MON. Na primeira fase – de manhã –, o júri analisa os inscritos a partir de critérios técnicos e sensoriais, de acordo com a categoria inscrita. Para isso, cada jurado participou de um curso promovido pela própria organização do Prêmio Queijos do Paraná. Ao longo da avaliação, cada queijo receberá pontos de 0 a 20. Os produtos que obtiverem 18 pontos ou mais serão premiados com medalha de ouro. Para receber medalha de prata, é preciso fazer pelo menos 16 pontos. O bronze fica para os que atingirem 14 pontos.

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Na segunda fase, no Auditório do MON, os queijos condecorados com medalha de ouro passam por uma nova análise, em que os jurados podem premiá-los com o selo super ouro. Por fim, entre os produtos reconhecidos com o super ouro, será escolhido pelo júri o melhor queijo da primeira edição do Prêmio Queijos do Paraná.

O resultado ainda não divulgado. A cerimônia de premiação acontece na noite desta quinta-feira.

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Fonte: Sistema FAEP/SENAR-PR