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Os preços da carne suína nos mercados atacadistas caíram pela quarta semana consecutiva, refletindo o enfraquecimento do consumo no mercado doméstico com o agravamento da pandemia de Covid-19, informou o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea).

O preço da carcaça suína especial no atacado da Grande São Paulo caiu 25,95% no mês, até sexta-feira (26), para R$ 8,56 o quilo.

A redução na demanda pela carne também afeta as cotações do animal vivo, que caíram mais intensamente em São Paulo, onde a produção é mais direcionada para o mercado doméstico.

“Nos estados do Sul do país, pesquisas do Cepea mostram que as quedas nas cotações do animal vivo foram amenizadas pela influência das grandes indústrias exportadoras da região, uma vez que os embarques de carne suína vêm registrando bom desempenho em março”, disse o Cepea em nota divulgada na semana passada.

O indicador do suíno vivo Cepea/Esalq aponta queda mensal de 29,11% no preço do suíno em São Paulo até o dia 25 de março, 24,7% no Paraná, 21,86% em Santa Catarina e 16% no Rio Grande do Sul.

Já a carne de frango acumula alta no mês no estado de São Paulo. O frango congelado subiu 5,09% até o dia 26, para R$ 6,40/kg, e o frango resfriado teve alta de 8,18%, para R$ 6,61.

O Cepea disse que parte dos agentes consultados relata muita dificuldade no escoamento da produção no mercado doméstico, devido ao acirramento das medidas restritivas para controle do contágio da covid-19, que afeta as vendas da proteína a bares e restaurantes.

“Já outros colaboradores do Cepea indicam intensificação nos embarques da carne e aumento pontual de vendas, devido à tendência da população em criar estoques com o anúncio de medidas mais restritivas em muitas praças”, disse o Cepea em nota.

Na semana passada, em São Paulo, o Cepea disse que os preços da carne de frango variaram dependendo do tipo de corte. O coração de frango resfriado, geralmente demandado para churrasco e comemorações, tinha desvalorização. Já o filé de peito resfriado, um dos favoritos do consumidor brasileiro para refeições diárias, registrava alta nas cotações.

Fonte: CarneTec