Dr. Marco Smith, delegado da PF, em coletiva na delegacia de Cascavel. Foto: Comunicação Social/DPF Cascavel

Por Fernando Braga

Mais um caso de vandalismo em torres de transmissão de energia foi registrado na região Oeste do Paraná, depois dos incidentes provocados em Medianeira e Tupãssi. Desta vez, a ação criminosa que aconteceu neste fim de semana, teve como alvo uma torre de transmissão localizada entre Toledo e São Pedro do Iguaçu.

Os ataques às torres começaram no último dia 08, depois que as sedes dos Três Poderes da República foram invadidas em Brasília durante atos antidemocráticos. Na noite daquele domingo, três torres foram danificadas em Rondônia. O primeiro caso ocorreu em Ariquemes, quando uma torre da linha de transmissão Samuel-Ariquemes foi derrubada e duas foram retorcidas pela queda da primeira.

Horas depois, na madrugada de segunda-feira (09), outro incidente ocorreu em Medianeira, onde uma torre foi derrubada e mais três, danificadas. Na mesma data, em Tupãssi, uma torre teve os parafusos dos cabos de sustentação retirados, mas a mesma não chegou a cair. Posteriormente, atentados a torres também foram registrados em cidades do interior de São Paulo.

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Torre derrubada em Medianeira. Foto: Leandro Bussolo

Todos os casos registrados no Oeste paranaense são de torres que compõem o sistema de transmissão de Furnas, subsidiária da Eletrobras. A queda em Medianeira está sob investigação da Delegacia da Polícia Federal de Foz do Iguaçu. Já os danos provocados em Tupãssi e entre São Pedro do Iguaçu e Toledo estão sendo investigados pela Delegacia da Polícia Federal de Cascavel.

O delegado da DPF de Cascavel, Dr. Marco Smith, concedeu entrevista coletiva na manhã desta segunda-feira (23) e explicou o que foi apurado até o momento. A torre que foi danificada no sábado (21) fica na área rural de São Pedro, em meio a uma plantação de soja, próxima da estrada que liga à cidade de Toledo.

Um cabo foi rompido e o corte reto, sem desgaste, indica ação humana. Outros indícios de ação humana são os rastros de veículos na terra. O delegado conta que a PF fez a perícia e que Furnas já fez os reparos, não havendo risco de queda da torre. Dr. Smith também disse que vizinhos foram ouvidos e que a investigação em curso poderá chegar ao(s) autor(es).

Cabo solto na torre, depois de ser rompido. Foto: Comunicação Social/DPF Cascavel

Quanto às consequências para os autores, o delegado da Polícia Federal disse que depende de como serão enquadrados, pois o que se tem de concreto até o momento são os atos de vandalismo. Entretanto, as penas poderão aumentar se houver confirmação de que essas ações foram feitas com a intenção de contestar o resultado da eleição presidencial e/ou tentar desestabilizar o atual governo.