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Paraná tem população urbana, escolarizada e com casa própria, aponta pesquisa inédita

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Foto: Roberto Dziura Jr/AEN

O Governo do Paraná divulgou nesta quarta-feira (26) os resultados da primeira Pesquisa por Amostra de Domicílios do Paraná (PAD-PR), o maior levantamento domiciliar já conduzido por um governo estadual no País. Realizado pelo Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social (Ipardes), o estudo revela que 89,8% da população do Paraná vive em áreas urbanas. O painel com os dados da pesquisa pode ser acessado no site do Ipardes e a apresentação completa está AQUI .

Financiada com recursos do Fundo Paraná, a PAD-PR ouviu, entre abril e julho, moradores de 73 mil domicílios urbanos e rurais em 361 municípios de 29 regiões geográficas do Estado. É considerada uma pesquisa ainda mais detalhada do que a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD), coordenada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que realiza 20 mil entrevistas no Paraná.

Os dados divulgados nesta quarta-feira são um primeiro olhar geral sobre o levantamento, apontando, por exemplo, predominância da população urbana sobre a rural, alta ocupação e escolarização da população e imóveis bem estruturados, com altos índices de acesso a água e esgoto. A partir de 2026, serão apresentadas análises mais detalhadas por municípios.

O secretário do Planejamento, Ulisses Maia, destacou que o levantamento se torna uma ferramenta central para orientar decisões públicas. “Esses dados são extremamente importantes porque induzem a tomada de decisão dos gestores em várias áreas, como habitação, educação e meio ambiente. Não existe mais espaço para decidir por achismo. As políticas precisam ser baseadas em ciência, em dados técnicos, e é isso que essa pesquisa oferece com grande margem de acerto”, analisou.

O diretor-presidente do Ipardes, Jorge Callado, reforçou que a PAD-PR confirma o impacto das políticas públicas já implantadas pelo Governo do Estado nos últimos anos. “Políticas públicas precisam de informação. É a partir dessa base de dados que conseguimos caminhar mais rápido e tomar decisões mais assertivas”, disse.

Callado destacou que os resultados reforçam como o Paraná tem utilizado dados para orientar políticas e melhorar indicadores. “A pesquisa mostra que o Paraná tem números robustos e políticas implementadas em todas as áreas. Estamos bem, mas agora, com esse detalhamento inédito, teremos ainda mais subsídios para corrigir distorções e ampliar programas para atender melhor a população”, arrematou.

Foto: Roberto Dziura Jr/AEN

POPULAÇÃO URBANA – Os dados reforçam a urbanização consolidada do Paraná. De acordo com o levantamento, 89,8% da população do Estado reside nas zonas urbanas e 10,2%, nas zonas rurais. Dos 89,8% que vivem em áreas urbanas, a maior concentração está na região intermediária de Curitiba, que reúne 32,9% da população (45 municípios). Nas zonas rurais, que representam 10,2% do total, a maior proporção está na região de Cascavel (100 municípios).

A pesquisa também detalha o envelhecimento populacional, com destaque para as regiões de Londrina (94 municípios) e Maringá (115 municípios), onde a população com 60 anos ou mais chega a 19,2% e 18,9% A faixa etária mais numerosa do Paraná é justamente a de 60 anos ou mais, que representa 17,6% da população.

A tendência de envelhecimento da população já é observada pelo Governo do Paraná, que tem anunciado medidas para auxiliar os cidadãos acima dos 60 anos. Nesta semana, o governador Carlos Massa Ratinho Junior anunciou a criação do programa Paraná Amigo da Pessoa Idosa, que vai fortalecer a rede de atenção, proteção e promoção dos direitos; e o Bolsa Cuidador Familiar, que vai pagar meio salário-mínimo por mês a cuidadores familiares de pessoas idosas em situação de dependência ou fragilidade.

A quantidade de crianças é proporcionalmente maior em Guarapuava (14,1% de crianças de 0 a 9 anos). De maneira geral esse número é de 12,5% no Estado.

Em relação à cor, 63,7% se identificam como brancos, 28% como pardos e 5,1% como negros. A maior proporção da população negra é na região de Londrina (6,3%) e parda em Maringá (32,6%).

HABITAÇÃO PRÓPRIA – A situação habitacional é outro ponto central do levantamento. No Estado, 67% dos moradores têm domicílio próprio, índice que sobe para 78% nas áreas rurais. A região intermediária de Ponta Grossa (26 municípios) lidera esse indicador entre as regiões intermediárias, com 74,1% de casas próprias, seguida pela região de Guarapuava (84,7%), com dados de 19 municípios.

A infraestrutura dos domicílios paranaenses aparece com altos níveis de cobertura. Além dos 95,8% de moradores urbanos abastecidos pela rede geral de água, o estudo mostra que 95,8% do lixo domiciliar do Estado é coletado. Nas áreas urbanas, o índice chega a 99,7%, enquanto nas rurais fica em 61,5%. Os índices de saneamento também comprovam o atendimento muito superior à média nacional, ultrapassando 86% em Curitiba e Ponta Grossa.

EDUCAÇÃO ALTA – Na educação, a PAD-PR revela que 95,3% da população com 15 anos ou mais sabe ler e escrever. Na área, urbana, por exemplo esse índice chega a 97,1% em Curitiba e 95,8% em Ponta Grossa.

Outro índice é que 37,1% dos paranaenses têm o ensino médio completo, seguido por fundamental incompleto, fundamental completo e ensino superior (18,3%).

TRABALHO – A PAD-PR também detalhou a situação de trabalho dos paranaenses, mostrando que 60,4% da população de 14 anos ou mais está ocupada no Estado. Entre os trabalhadores,48,5% atuam no setor privado; 10,3% no setor público e 32,1% declararam atuar por conta própria. 

As principais atividades econômicas dos trabalhadores do Estado se concentram em serviços (47,1%), indústria (20,3%), comércio (18,6%) e agropecuária (11%). Esses dados ajudam a compreender a dinâmica regional do mercado de trabalho, evidenciando diferenças de formalização, setores predominantes e perfis de inserção laboral entre áreas urbanas e rurais.

SEGURANÇA ALIMENTAR – A pesquisa também traz dados inéditos regionalizados sobre segurança alimentar. Somando os domicílios com acesso regular a alimentos e aqueles em insegurança leve, o Estado alcança 94,87%, criando um mapa detalhado das condições de alimentação nas áreas urbanas e rurais e oferecendo subsídios para políticas públicas voltadas ao tema.

Fonte: AEN

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