Por motivos de segurança, os pais do bebê foram transferidos para unidades prisionais da região. Foto: Fernando Braga

Por Fernando Braga

Na manhã desta segunda-feira (07/08), a 20ª Subdivisão Policial de Toledo divulgou o resultado das investigações acerca de uma tentativa de homicídio praticada contra um bebê, que na época dos fatos tinha apenas 40 dias de vida.

Os pais da criança foram presos depois que a polícia foi acionada quando a criança deu entrada na UPA com escoriações no corpo e no rosto. Exames comprovaram fraturas no antebraço, em uma das pernas e em costelas do bebê. O caso ocorreu no início do mês de julho, sendo que durante as investigações, o casal, residente no Jardim La Salle, teve a prisão temporária decretada e foi levado para a Cadeia Pública de Toledo.

De imediato, os pais perderam a guarda da criança, que foi acolhida por serviço assistencial do Município.

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A princípio, a prisão temporária seria de 30 dias, para que nesse período, a Autoridade Policial pudesse apurar os fatos por meio de inquérito. Contudo, com na fase final das investigações, foi expedida para os dois a prisão preventiva, para mantê-los presos por tempo indeterminado, enquanto aguardam o andamento do processo.

Por motivos de segurança, o pai, que tem 21 anos, e mãe, que tem 22, logo foram transferidos para outras cadeias, pois além de correrem riscos em Toledo, colocavam em perigo a segurança interna da unidade prisional local. Tendo suas atuais localizações mantidas em sigilo pelo Deppen (Departamento de Polícia Penal do Paraná), eles irão responder pelo crime de ‘homicídio tentado’, conforme aponta a conclusão do inquérito policial.

O delegado responsável pelas investigações, Dr. Rodrigo Baptista Santos, contou que “no transcorrer das investigações, foi possível reunir ainda mais evidências do envolvimento dos pais da criança no caso, fato este que ensejou representação pela ‘Prisão Preventiva’, a qual foi determinada pelo Poder Judiciário”.

O pai e a mãe do bebê ficarão presos até que sejam julgados. Se condenados, poderão receber sentenças que podem chegar a 20 anos de prisão.

O delegado também disse que “a postura dos investigados em sustentar uma versão absurda para os fatos constatados, dizendo que não tinham notado os hematomas, os quais surgiram repentinamente, acreditando serem reações alérgicas de uma picada de mosquito, caíram por terra com os laudos e exames que atestam a gravidade das lesões e o risco a vida do qual o infante foi exposto”.

Veja a seguir o vídeo gravado pela equipe da 20ª SDP, onde o Dr. Rodrigo fala sobre as investigações e conclusão do inquérito.