Uma mulher morreu com vírus da gripe suína em Toledo. É importante que não haja preocupação com o consumo da carne suína, pois não é assim que o vírus é transmitido.

No caso da vítima de 42 anos, que morava próximo a uma granja de suínos, foi internada no dia 03 de maio, com uma infecção aguda grave. Foi transferida para a UTI, mas não resistiu, morrendo dois dias depois do internamento.

A Sesa afirmou ainda que “a causa do óbito ainda está sendo investigada”.

Em nota a Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar) informou que está monitorando as propriedades de suínos na região de Toledo, mas que não há nenhuma ocorrência da doença registrada em animais.

Conforme a OMS, a mulher não teve contato direto com os animais, mas duas pessoas próximas a ela, trabalham em granja de suínos.

Ambas não desenvolveram a doença e fizeram testagem que deu negativa para influenza.

Agora as amostras do material coletado foram encaminhadas para o Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos (US CDC) para posterior caracterização.

Segundo a OMS e a Fiocruz, esta é a terceira infecção humana relatada no estado do Paraná. A primeira foi detectada em 2021 e a segunda em 2022.

As investigações apontam que a paciente não teve contato direto com porcos, mas duas pessoas próximas a ela trabalhavam com suínos, no entanto, essas duas pessoas testaram negativo para gripe suína. Até o momento não há registro de transmissão de humano para humano. Por conta disso, a OMS diz que o risco de transmissão comunitária é baixo.

O caso foi notificado para o Ministério da Saúde e para a Organização Mundial da Saúde. a amostra será enviada para o Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos.

Os casos de infecção do vírus de origem suína ocorrem após exposição direta ou indireta com suínos vivos (não tem ligação com a carne), ou contato em ambientes contaminados.

Este é o primeiro caso de morte em humano registrado em 2023 no Brasil e a terceira infecção humana relatada no estado do Paraná (a primeira foi em 2021 e a segunda, em 2022). Ambas as identificações foram realizadas pelo Laboratório de Vírus Respiratórios, Exantemáticos, Enterovírus e Emergências Virais do IOC.

Não há vacina para infecção por Influenza A(H1N1). De acordo com a OMS, a vacina contra a gripe sazonal, administrada anualmente, é capaz de reduzir o adoecimento a partir de infecções pelos vírus da gripe humana e variantes.

SOBRE O CONSUMO DE CARNE – O fato é que toda vez que se fala em gripe suína, é importante reforçar que o consumo de carne não coloca em risco a população. A gripe suína é uma doença respiratória causada pelo vírus Influenza A, também conhecida como gripe H1N1, que pode ser transmitida através do contato direto com porcos infectados ou por meio de gotículas de saliva liberadas no ar quando a pessoa gripada tosse ou espirra.

SINTOMAS DA DOENÇA – Os sintomas da doença são semelhantes ao de uma gripe comum: como dor no corpo, febre e coriza. Já o tratamento pode variar conforme a gravidade, mas na maioria dos casos é feito com anti-biótiocos e anti-inflamatórios. Além disso uma alimentação saudável e ingestão de líquidos favorece na recuperação do paciente. O diagnóstico da doença pode ser feito por exames de sangue e teste de RT-PCR.

Fonte: Fiocruz e G1