Oo jornalista, locutor e apresentador estava internado em um hospital em Petrópolis (RJ)

Cid Moreira morreu aos 97 anos na manhã desta quinta-feira (3). O apresentador, locutor e jornalista enfrentava dificuldade de funcionamento dos rins desde 2022 e, por esse motivo, recorria a sessões de diálise e se mudou para as proximidades do hospital. O tratamento passou a ser realizado em casa com a ajuda de sua mulher e da equipe médica.

De acordo com a unidade, o apresentador estava internado havia 29 dias. A causa da morte, segundo o hospital, foi “insuficiência renal crônica agudizada, distúrbio eletrolítico e falência múltipla de órgãos”.

Cid Moreira nasceu em Taubaté (SP), em 27 de setembro de 1927 e esteve à frente do Jornal Nacional por 26 anos, desde a estreia do noticioso, em setembro de 1969.

Cid iniciou a carreira no rádio em 1944, quando fez um teste de locução na Rádio Difusora de Taubaté, mesmo ano em que se formou em contabilidade.

Contratado, atuou na narração de comerciais até 1949, quando se mudou para São Paulo e passou a trabalhar na Rádio Bandeirantes e na Propago Publicidade. Em 1951, transferiu-se para o Rio de Janeiro e foi contratado pela Rádio Mayrink Veiga, onde permaneceu até 1956.

Em 1969 foi para a TV Globo substituir Luiz Jatobá no Jornal da Globo. Cid Moreira integrou a equipe de estreia do Jornal Nacional, que estreou em setembro daquele ano, o primeiro telejornal transmitido em rede no Brasil. Na ocasião, dividiu a bancada com Hilton Gomes. Dois anos depois, deu início a uma parceria com Sérgio Chapelin, que se prolongou por mais de uma década.

Cid Moreira também passou pelo Fantástico, mas ficou mais conhecido pelos 26 anos em que esteve na bancada do Jornal Nacional.

Paralelamente ao seu trabalho na Globo, Cid Moreira continuou narrando comerciais. A partir da década de 1990, dedicou-se à gravação de salmos bíblicos. Em 2011, cumpriu seu objetivo de gravar a Bíblia na íntegra, trabalho que virou um grande sucesso, com milhões de cópias vendidas.