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Justiça condena ex-vereador Gilson Francisco por concussão em Toledo

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A 1ª Vara Criminal de Toledo proferiu, no dia 24 de abril de 2025, sentença condenatória contra o ex-vereador Gilson Francisco, pela prática do crime de concussão, previsto no artigo 316 do Código Penal Brasileiro. A decisão, assinada pelo juiz Sérgio Laurindo Filho, reconhece que o então parlamentar utilizou sua posição de autoridade para exigir repasses financeiros indevidos de seu assessor, sob a ameaça de exoneração.

As investigações, conduzidas pelo Ministério Público do Paraná, foram motivadas por denúncias que vieram à tona em reportagem (entrevista) exclusiva publicada pela Gazeta de Toledo em 2021, revelando a suspeita de que o vereador estaria cobrando parte dos salários ou vantagens de seus subordinados, prática conhecida como “rachadinha”.

O esquema: empréstimo exigido como condição de permanência

Segundo apurado no processo, Gilson Francisco coagiu seu assessor de gabinete, Valderi Geovani Müller, a contrair um empréstimo consignado de R$ 44 mil, repassando R$ 25.400,00 desse valor ao parlamentar, em parcelas entregues entre os dias 6 e 12 de agosto de 2021.

O então vereador acompanhou pessoalmente Valderi em diferentes cooperativas de crédito da cidade, pressionando-o para a liberação dos recursos. Em uma das conversas interceptadas, Gilson chega a dizer:

“R$ 12.000,00 é meu e esquecemos o assunto.”

Ainda de acordo com a sentença, o acusado conduziu com informalidade e naturalidade a exigência da vantagem, tratando-a como parte de um “combinado” para que o assessor mantivesse o cargo. A cobrança era feita de forma reiterada e por diversos meios, incluindo mensagens, ligações e até visitas presenciais.

Áudios e vídeos como prova da concussão

O Ministério Público reuniu provas consideradas robustas pela Justiça, entre elas áudios de conversas, vídeos com malotes de dinheiro, depoimentos de testemunhas, extratos bancários e até uma lista manuscrita de supostas dívidas do ex-vereador que seriam quitadas com os valores repassados por Valderi.

Em um dos vídeos anexados ao processo, o assessor aparece contando notas e declarando:

“Aqui tem mais R$ 5.000,00 que vou passar para o vereador Gilson.”

Depoimentos de funcionários de instituições financeiras confirmaram a pressão atípica exercida pelo vereador durante o processo de solicitação do empréstimo. Em juízo, testemunhas descreveram o comportamento de Gilson como intimidador e controlador, chegando a participar diretamente de atendimentos bancários que não lhe diziam respeito.

Abuso de poder e desrespeito ao serviço público

A sentença pontua que houve abuso de autoridade e violação à moralidade administrativa, ressaltando que o vereador se utilizou da estrutura pública e da sua ascendência funcional para fins pessoais. Ainda segundo o magistrado, o réu procurou evitar qualquer formalização documental da cobrança, tentando ocultar sua participação no esquema.

“Trata-se de conduta gravíssima que atenta contra os pilares do serviço público e a confiança da população em seus representantes”, escreveu o juiz.

Relembre: denúncia foi revelada pela Gazeta em 2021

A Gazeta de Toledo publicou em primeira mão, em 2021, as primeiras informações que indicavam a prática ilícita dentro do gabinete de Gilson Francisco. Na época, o jornal teve acesso a relatos de servidores e documentos preliminares, que foram posteriormente utilizados como base para a investigação oficial conduzida pelo Ministério Público.

Com a condenação, o caso se encerra no âmbito da 1ª instância, mas a defesa ainda poderá recorrer da decisão.

Reflexo político e institucional

Gilson Francisco não exerce atualmente mandato eletivo, mas sua condenação reforça a necessidade de transparência e fiscalização rigorosa sobre o uso de cargos comissionados no legislativo municipal. O caso também reacende o debate sobre a prática da “rachadinha”, um problema recorrente em diversas esferas do poder público no Brasil.

A sentença ainda fixou valor mínimo para reparação dos danos sofridos pela vítima e reafirma o entendimento do Judiciário quanto à responsabilização de agentes políticos por crimes funcionais. Gilson Francisco, já recorreu da decisão e aguarda decisão final.

A SENTENÇA

Matérias sobre o fato:

Prefeito de Toledo visita o deputado Dilceu Sperafico e discute ampliação de recursos para o município

Durante sua participação na Marcha dos Prefeitos, em Brasília, o prefeito de Toledo, Mario Costenaro, realizou uma visita institucional ao deputado federal Dilceu Sperafico. A informação foi confirmada pelo secretário de Comunicação do município, jornalista Márcio Pimentel.

Na pauta do encontro, estiveram temas prioritários para o desenvolvimento do município, com destaque para a busca por emendas parlamentares e novos recursos federais.  O deputado afirmou que, se sente honrado em receber o prefeito de sua cidade e que, irá se desdobrar na busca de verbas e emendas para que o município seja mais valorizado.

Um dado que chamou a atenção do prefeito foi revelado durante a conversa: na área da saúde, por exemplo, Toledo poderia ter sido contemplado com mais de R$ 12 milhões em emendas ainda no ano passado. No entanto, o município apresentou pedidos que totalizavam apenas R$ 400 mil.

Outra constatação reforçou a importância de uma atuação mais estratégica e proativa junto ao governo federal. Segundo o prefeito, em praticamente todos os gabinetes que visitou, a reação foi semelhante:

“É muito positivo ver o prefeito de uma cidade do porte de Toledo vir pessoalmente a Brasília conhecer o funcionamento do governo federal e apresentar as demandas de sua população.”

Com essa visita, o prefeito reforça o compromisso de buscar, diretamente na capital federal, os apoios e investimentos necessários para impulsionar Toledo em áreas estratégicas como saúde, infraestrutura e desenvolvimento social.

A esse jornalista, gerou um questionamento implícito: o que, afinal, faziam os representantes da chamada “bolha” política durante as frequentes viagens a Brasília na gestão interior?

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