Valor da cesta básica teve aumento pelo quinto mês consecutivo. Foto: divulgação

Por Marcos Antonio Santos

O Núcleo de Desenvolvimento Regional (NDR), composto pelo curso de Ciências Econômicas e pelos programas de Pós-Graduação em Desenvolvimento Regional e Agronegócio (PGDRA) e de Pós-Graduação em Economia (PGE), da Unioeste/Campus Toledo, apresenta a pesquisa da cesta básica de alimentos, do município de Toledo para o mês de março. Essa pesquisa também faz parte de um convênio entre a Unioeste e a Prefeitura de Toledo.

À variação percentual mensal da cesta básica de alimentos de Toledo, o índice acumulado dos últimos 12 meses e o índice acumulado neste ano identificou-se que, entre fevereiro e março houve aumento de 0,39% no custo da cesta. Com esse resultado, se observa aumento pelo quinto mês consecutivo, mas com uma desaceleração e um índice mais baixo que os anteriores. Em novembro 3,70%, dezembro 1,57%, janeiro 2,82%, fevereiro 3,20% e março 0,39%.

Dos 13 itens da cesta básica nota-se que 7 produtos apresentaram aumento do preço médio, que foram: a banana (8,69%); o tomate (6,38%); o feijão (1,41%); a farinha de trigo (1,34%); o café (0,66%); a margarina (0,34%); e o leite (0,12%).

Por sua vez, 6 produtos apresentaram redução no preço médio no período: a batata (-9,65%); o óleo de soja (-4,48%); o pão francês (-4,04%); o arroz (-3,21%); o açúcar (-0,70%); e, por último, a carne (-0,18%).

A banana foi o produto que apresentou o maior aumento no período analisado, de 8,69%, principalmente pelo menor nível de oferta no varejo, que tem se mantido nos últimos meses. O tomate foi o produto que apresentou o segundo maior aumento, pois a instabilidade climática, devido ao excesso de calor e às chuvas intensas, teve impacto na oferta e, no varejo, houve aumento. Por sua vez, a batata apresentou a maior redução no preço (-9,65%), que pode ser explicada pelo aumento da oferta, causado pela diminuição das chuvas, que elevou a produtividade.

“O que observamos no mês de março ainda foi um aumento no custo da cesta básica de Toledo, que foi de 0,39%. Mas se percebeu uma desaceleração no índice, pois no período anterior, o aumento foi de 3,20%. Dos 13 produtos pesquisados, nota-se que 7 produtos apresentaram aumento do preço médio, que foram: a banana (8,69%); o tomate (6,38%); o feijão (1,41%); a farinha de trigo (1,34%); o café (0,66%); a margarina (0,34%); e o leite (0,12%). Por sua vez, 6 produtos apresentaram redução no preço médio no período: a batata (-9,65%); o óleo de soja (-4,48%); o pão francês (-4,04%); o arroz (-3,21%); o açúcar (-0,70%); e, por último, a carne (-0,18%). Para o mês de março, o maior impacto para o aumento de 0,39% foi o aumento do preço da banana e do tomate, e só não foi maior o aumento pela redução do preço na batata e no pão francês”, avalia a professora no curso de economia da Unioeste e Coordenadora do Núcleo de Desenvolvimento Regional (NDR), Crislaine Colla.

Segundo ela, se considera que apesar dos muitos fatores determinantes da variação do custo da cesta básica, nestes últimos meses, os aumentos aconteceram principalmente em função do aumento no preço de produtos sazonais, como a batata, banana, tomate. “O arroz e o feijão tem passado por um período de aumento, especialmente se olharmos para os últimos 12 meses. Isto está relacionado a fatores externos, como a demanda e o preço do arroz no exterior, que estimularam a exportação, além da redução da produção em função das chuvas e perdas no Rio Grande do Sul. No caso do feijão também se estima uma safra menor o que pode restringir a oferta do produto”, afirma.

Os produtos que apresentaram maior aumento de preços nos últimos 12 meses foram: a banana, que acumulou aumento de 39,03%; o arroz, que aumentou 37,11%; a batata com aumento de 36,93%; o feijão que aumentou 26,06%; o açúcar com um aumento acumulado de 11,93%; e o pão francês que aumentou 2,24% nos últimos 12 meses. Verifica-se que 7 produtos apresentaram variação acumulada negativa, que seriam: o óleo de soja com uma redução de -21,46%; a farinha de trigo que reduziu -20,12%; o café, com uma redução de -12,99%; o leite, que diminuiu – 12,22%; a margarina que diminuiu – 9,80% do seu preço; a carne apresentou redução de -8,49%; e o tomate que reduziu -0,90% nos últimos 12 meses.

O tomate foi o produto que apresentou o segundo maior aumento. Foto: divulgação

Quando se observa a variação acumulada no ano corrente, ou seja, de janeiro a março de 2024, os produtos que apresentaram aumento no preço foram: a banana, que já apresentou aumento de 18,64%. Na mesma direção, o leite é o produto com o segundo maior aumento acumulado, de 6,71%; a carne, com aumento de 6,27%; o feijão com aumento de 5,61%; o tomate com aumento de 4,80%; e o pão francês com acréscimo de 0,90%; e o café com aumento de 0,09%. Observa-se que dos 13 produtos analisados, 5 deles apresentaram redução no ano de 2024, que são: a batata apresenta a maior redução de -18,91%. Em seguida vem o óleo de soja com redução de -14,06%; a margarina com redução de 4,53%; a farinha de trigo diminuiu -3,55%; e o açúcar diminuiu -1,58%; O arroz não apresentando variação acumulada no período.

No mês de março, o custo da cesta básica de Toledo foi maior que o de Recife, Francisco Beltrão e Pato Branco. Se observou que o custo da cesta básica de Cascavel (R$634,50) foi 0,65% maior que o custo da cesta de Toledo (R$630,43). A diferença entre o custo da cesta básica de Toledo e de Cascavel apresentou aumento em relação a fevereiro, pois o custo da cesta básica de Cascavel aumentou mais do que a de Toledo no mês de março.

A metodologia utilizada na pesquisa da cesta básica de alimentos de Toledo está baseada nos pressupostos metodológicos do DIEESE.

Para o cálculo da cesta básica, são coletados os preços de 13 produtos: carne (patinho, coxão mole e coxão duro), leite integral, arroz parboilizado, feijão preto, farinha de trigo, batata monalisa, tomate longa vida, pão francês, café em pó, banana caturra, açúcar cristal, óleo de soja e margarina.