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Frequência de queda cresce 23% e a duração de interrupções 40%

Alguns números apresentados na manhã da última sexta-feira (12/04), no Centro Popular de Cultura Arandurá, em Medianeira, mostram o drama vivido pelos consumidores de energia no Oeste do Paraná. A frequência nas quedas de abastecimento cresceu 23,6% nos últimos anos e a duração dessas interrupções, em comparação ao que se tinha no passado, aumentou em 40%.

Esses foram alguns dados repassados pelo diretor de Meio Ambiente da Caciopar, Rafael Gonzales, durante audiência pública da Comissão de Minas, Energia e Águas da Assembleia Legislativa do Paraná, presidida pelo deputado Luís Corti. O encontro contou com a participação de autoridades, de líderes associativistas e de empresários de cidades de toda a região.

Rafael destacou que, diante do que a região enfrenta no abastecimento de energia, é urgente pensar em soluções para combater problemas que, além de inúmeros prejuízos, tornam-se barreiras a novos investimentos. “Há falhas de manutenção. Por isso, recomendamos à audiência que peça à empresa responsável pelo abastecimento a adoção de melhores estratégias de manutenção de suas redes em todo o Oeste”. 

O Paraná Trifásico é importante e vai ser resolver muitos dos problemas apontados na audiência, mas é fundamental ter uma visão do planejamento desse investimento, alertou Rafael. O presidente da Caciopar, Lucas Eduardo Ghellere, comentou que, diante das constantes interrupções no abastecimento, a energia se torna um dos gargalos estruturais do Oeste. 

“Crescemos acima das médias estadual e nacional e os investimentos da Copel, infelizmente, não acompanham essa velocidade. Precisamos de mais recursos destinados a esse insumo tão básico, porque, do contrário, os obstáculos serão agravados com perdas ainda maiores à região e ao Paraná”, destacou Lucas. Outro desafio é trabalhar para melhorar normas de regulamentação do setor, com a adoção de olhar diferenciado, por exemplo, para setores econômicos de grande repercussão, como as atividades rurais e a cadeia do agronegócio.

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Fonte: Assessoria