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Por Enrico Milani*

Anualmente, o Dia do Agricultor é celebrado em 28 de julho, data que homenageia os profissionais envolvidos em uma imensa cadeia que vai desde a concepção e o cultivo de produtos da terra até a participação na sustentação econômica de um país.

Coincidentemente, o número 28 é quase a porcentagem que o agronegócio representou para o Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil em 2020. De modo preciso, a participação do setor foi de 26,6% de toda a soma de bens e serviços produzidos na economia do país no ano passado. Em comparação com 2019, o agronegócio avançou 24,31% e chegou a quase dois trilhões de reais (enquanto o valor total nacional foi de R$7,45 trilhões). Os dados foram calculados pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), da Esalq/USP, em parceria com a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA).

Além da macroeconomia, é preciso salientar a importância individual de cada agricultor, ou seja, aquele que independentemente do tamanho é um braço forte em todas as instâncias econômicas, até mesmo dentro do próprio lar. Nesse tópico, trago a Lei 11.326/2006, que estabelece as diretrizes para a formulação da Política Nacional da Agricultura Familiar e Empreendimentos Familiares Rurais.

A legislação considera que um agricultor familiar é aquele que pratica atividades no meio rural atendendo a alguns requisitos como: “utilizar predominantemente mão-de-obra da própria família nas atividades econômicas do seu estabelecimento ou empreendimento e ter renda familiar predominantemente originada de atividades econômicas vinculadas ao próprio estabelecimento ou empreendimento”. 

Ou seja, agricultura familiar é aquela que envolve membros de uma mesma família na atividade econômica que gera emprego e renda a todos. O Censo Agropecuário, realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em 2017 e divulgado em 2018, destaca que 73% das pessoas que trabalham na produção agropecuária têm parentesco com o produtor, ou seja, se enquadram à Lei 11.326/2006. Ainda de acordo com estimativa do IBGE, 70% da produção de alimentos consumidos no país vem da agricultura familiar.

É com essas afirmações que volto ao primeiro parágrafo para reforçar a importância do agricultor para toda uma cadeia. Da economia micro à macro e do menor ao maior produtor, é graças a esse profissional e ao trabalho que presta que é inegável sua relevância não só econômica, mas para a alimentação do brasileiro e todo o escopo social. Não há dúvida, portanto, sobre o quanto a agricultura precisa ser valorizada, atitude que é praticamente um pilar da Vapza Alimentos.

A empresa, que está há mais de 25 anos no mercado, trabalha com alimentos embalados a vácuo e cozidos a vapor. Esses itens são fornecidos por mais de 20 agricultores ou produtores locais, que ao fornecerem toneladas de alimentos por mês, sendo grande parte orgânicos, favorecem toda uma economia circular, que inclui a geração de emprego e renda para a comunidade em que vivem. Esses alimentos são comercializados para mais de cinco mil estabelecimentos em todo o Brasil e exportados para o exterior, enriquecendo ainda mais a cadeia produtiva e trabalhista direta e indireta.

É por toda essa relevância que a valorização da atividade é um compromisso social em que empresas de alimentos e da agroindústria ajudam a reforçar ao darem oportunidade para que agricultores, de todos os portes, exerçam seu trabalho. E é por isso que no dia 28 de julho, eu não só desejo feliz dia ao agricultor, mas também sucesso e condições melhores para esse profissional e para o segmento, progredindo na qualidade do alimento e alcançando resultados econômicos e sociais ainda mais promissores.

*Enrico Milani é formado em Engenharia de Produção pela PUC-PR, tem MBA em Finanças e Controladoria pelo Centro Universitário Positivo e fez Programa de Gerenciamento Avançado pela Esade, instituição de ensino espanhola.

Enrico Milani. Foto: Arquivo pessoal