Comparativo entre atividades revela vantagens e cuidados de cada prática na perda de peso e no bem-estar físico e mental
No último ano, as buscas na internet relacionadas à prática de atividades físicas como forma de emagrecimento dispararam. Um estudo conduzido pela agência Conversion, que analisou as pesquisas realizadas no Google entre abril de 2024 e abril de 2025, revela que o interesse pelo termo “corrida ou caminhada para emagrecer” cresceu impressionantes 1.000% no período.
Ademais, “caminhar 3 vezes por semana emagrece” registrou um avanço de 88,89%, enquanto “caminhar todos os dias faz mal” teve aumento de 84,62%.
Diante desse cenário, a corrida aparece frequentemente como opção para quem deseja emagrecer de forma mais rápida. Isso porque, em termos calóricos, a atividade apresenta alto gasto energético.
Afinal, trata-se de um exercício aeróbico de alta intensidade, capaz de acelerar o metabolismo mesmo após o fim da atividade, o que aumenta o gasto calórico total diário. Por exemplo, em uma hora de corrida moderada, uma pessoa pode gastar entre 500 e 800 calorias, a depender do peso corporal e da intensidade da prática. No entanto, não perde-se muita gordura.
Além do emagrecimento, proporciona benefícios cardiovasculares, melhora da resistência cardiorrespiratória e fortalecimento da musculatura, especialmente de pernas, abdômen e glúteos.
Outro aspecto relevante é o impacto na saúde mental. Isso porque a prática regular desse tipo de exercício promove a liberação de endorfina e serotonina, neurotransmissores relacionados ao bem-estar, ajudando a combater sintomas de depressão leve e ansiedade.
Apesar dos efeitos positivos, não é isenta de riscos. Por ser uma atividade de alto impacto, pode sobrecarregar articulações como joelhos e tornozelos, especialmente em pessoas iniciantes ou com sobrepeso. Por isso, é ideal que a introdução à corrida seja feita de forma gradual, começando por caminhadas rápidas e alternando com trotes leves.
A avaliação médica prévia, o uso de calçados adequados e a escolha de terrenos planos também são indicados para prevenir lesões comuns, como tendinites, estiramentos e dores lombares.
Por outro lado, a caminhada tem ganhado espaço não apenas como forma de emagrecimento, mas também como atividade segura e de baixo impacto, recomendada para diferentes faixas etárias.
Embora seu gasto calórico seja inferior ao da corrida, quando praticada regularmente, promove um maior metabolismo de gordura, bem como gera mais intensidade na oferta de energia. Ademais, melhora a circulação, a disposição e o controle da pressão arterial.
Além disso, pode auxiliar no tratamento de doenças musculoesqueléticas, como a fascite plantar – inflamação da fáscia, tecido fibroso que liga o osso do calcanhar aos dedos do pé. Essa condição provoca dor na região e é bastante comum em pessoas que passam longos períodos em pé, usam calçados inadequados ou praticam atividades de impacto sem o devido preparo.
Quando realizada com os devidos cuidados, a caminhada ajuda a fortalecer os músculos e tendões dos pés, além de melhorar a mobilidade e a circulação na região, contribuindo para o alívio da dor e a prevenção de novos episódios.
A disciplina exigida por um plano de treinos, tanto de corrida quanto de caminhada, também estimula o comprometimento e a autoconfiança, o que pode influenciar positivamente outros hábitos de vida, como a alimentação equilibrada e o sono de qualidade. Apesar dos benefícios, é essencial considerar o perfil físico e as condições de saúde antes de iniciar qualquer prática.
Assim, o acompanhamento de profissionais qualificados, como médicos e educadores físicos, permite não apenas a escolha do exercício mais adequado, mas também o planejamento de uma rotina segura e progressiva, que respeite as necessidades do corpo e minimize riscos. Afinal, é necessário considerar fatores como idade, condição física, histórico de lesões e objetivos pessoais.
Fonte: Assessoria