A Secretaria Municipal de Saúde de Toledo informa à população que o fumacê é uma ação regulamentada (Resolução 459/2014 SESA) e considerada bastante agressiva. A iniciativa é regulada e executada pelo Estado do Paraná, sendo autorizado a municípios em que a situação atenda critérios mínimos, como a alta infestação de mosquito Aedes Aegypti (acima de 4%) e casos confirmados autóctones (quando se adquiriu a doença no próprio município) na proporção de 300 notificações por 100 mil habitantes contando o ano epidemiológico (agosto a julho).
O município de Toledo solicitou a 20ª Regional de Saúde o apoio da aplicação de Bomba Ultra Baixo Volume acoplado a veículo (UBV), conhecido como fumacê, no dia 09 de março, quando o registro apontava 1041 casos, sendo 739 autóctones, conforme o protocolo do Ministério da Saúde.
De acordo com a 20ª Regional de Saúde a ação foi autorizada, no entanto demora se justifica na entrega do inseticida por parte do Ministério da Saúde, em Nota Técnica Nº 77/2019 e 103/2019 do CGARB/DEIDT/SVS/MS, o Ministério informa que o mosquito Aedes Aegypti criou resistência ao inseticida antigo (Malathion) utilizado na aplicação do Fumacê e determinou a substituição do mesmo pelo Cielo (Praletrina + Imidacloprida). Esta medida atrasou o abastecimento junto aos estados e municípios em todo território nacional.
Em todo o Paraná, há falta de inseticida para o combate ao Aedes aegypti, transmissor da dengue, da chikungunya e da zika. Sendo assim não tem alternativa para o Município de Toledo, a não ser aguardar a chegada do produto, pois a compra é regulamentada pelo Ministério da Saúde.
O número de casos da dengue é preocupante em todo o Paraná, e não apenas em Toledo que de acordo com boletim desta quarta-feira (22) registra 3.486 autóctones lembrando que esses números são desde o fim de julho de 2019, quando teve início o atual período epidemiológico. O Paraná já registra 114 mil casos de Dengue, sendo a pior situação epidemiológica da história do Estado.
Conforme os dados da SESA, os números de óbitos por dengue são os maiores já registrados em toda a série histórica da Secretaria da Saúde, que investiga e monitora a doença desde 1991. No âmbito da 20ª Regional de Saúde, municípios menores estão com a situação epidemiológica mais crítica que Toledo, pois o índice infestação é calculado pela “regra de 3 simples”: divide-se o número de casos autóctones confirmados pelo número de habitantes e multiplica-se por 100 mil habitantes.
Sobre as ações
A Secretaria de Saúde esclarece que 82 agentes de endemias seguem vistoriando as residências e orientação ao combate ao mosquito. Além das caçambas da Secretaria do Meio Ambiente que são instaladas periodicamente para o descarte de resíduos. Campanhas educativas também estão sendo veiculadas no sentido de conscientizar a comunidade no cuidado com o mosquito transmissor.
No entanto, a Secretaria reforça ainda que a medida mais eficaz de prevenção da dengue, zika e chikungunya é a eliminação dos criadouros do mosquito em locais que acumulam água parada. A participação da população é de fundamental importância, já que mais de 90% dos criadouros estão nas residências e comércios habitados em lixos domésticos. Outra orientação importante é o uso de repelente. Reafirmamos que a doença mata e combate-la é uma responsabilidade de todos.
Fonte: Secom/Pref. de Toledo
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