Novo frigorífico da Frimesa é o maior investimento do cooperativismo paranaense

Considerado como “o maior projeto de sua história”, a Frimesa Cooperativa Central inaugurou, na noite desta terça-feira (13/12), no município de Assis Chateaubriand, região Oeste do Paraná, a sua mais nova planta industrial, representando o maior investimento realizado pelo cooperativismo paranaense até o momento. Com previsão inicial de abater 4 mil cabeças de suínos ao dia, a central investiu R$ 1,24 bilhão e as cinco cooperativas filiadas – Copagril, Lar. C.Vale, Copacol e Primato -, investiram R$ 2 bilhões, totalizando R$ 3,24 bilhões.

Orgulho e força – Segundo o presidente da Frimesa, Valter Vanzella, a obra, “além de ser motivo de muito orgulho para o cooperativismo brasileiro, representa a força que o setor tem em agregar cada vez mais valor à produção e, ainda, está gerando milhares de novos empregos diretos e indiretos”. De acordo com ele, o frigorífico é atualmente a maior planta industrial para suínos da América Latina, cujo início das obras ocorreu em 2017, numa área construída de 148 mil m².

Empregos – O novo frigorífico vai gerar 8,5 mil empregos diretos e indiretos. A meta é atingir a capacidade de abate de 15 mil suínos por dia até 2032. O diretor-executivo da Frimesa, Elias José Zydek, reforça que, para sustentar o plano de expansão, haverá mais investimentos em ampliação de fábricas de ração, fornecimento de máquina e equipamentos aos terminadores. Dessa forma, a expectativa é que a Frimesa aumente o seu plantel em 166% até 2023. Assim, irá pular das atuais 90 mil para 240 mil fêmeas.

Oportunidades – Em seu pronunciamento, o presidente do Sistema Ocepar, José Roberto Ricken, em nome do cooperativismo paranaense, parabenizou inicialmente a Frimesa pela passagem do aniversário de 45 anos, celebrado também nessa terça-feira. “Esse sorriso na marca Frimesa mostra que, além dos produtos que processa, ela traz felicidade para as pessoas”, afirmou. Ricken lembrou ainda que atualmente o setor abrange 225 cooperativas registradas no Sistema Ocepar, em sete ramos de atividades, com mais de 3,1 mil cooperados, que já empregam 140 mil pessoas de forma direta e mais de um milhão de pessoas de forma indireta. E acrescentou: “O cooperativismo que honra o Paraná tem uma especialidade. Nós geramos oportunidades. E gerar oportunidade é muito diferente de distribuir benefícios. Porque quando uma pessoa recebe um benefício em doação, ela até fica feliz, agradecida, mas não se sente realizada. E quando ela recebe uma oportunidade, ela se realiza, pois o cooperativismo gera renda, bem-estar social e felicidade. Então, a grande missão nossa é gerar felicidade para as pessoas.”

Sucesso – Ricken também falou em nome do presidente do Sistema OCB, Márcio Lopes de Freitas, que não pode estar presente à solenidade. “Eu quero transmitir os parabéns de uma forma especial à Frimesa e desejar muito sucesso. São pouquíssimas as empresas que chegam aos 45 anos de existência de forma bem-sucedida. E chegar quatro décadas e meia com essa bela inauguração é uma garantia de mais 45 anos pela frente e eu espero que nós estejamos todos aqui para comemorar”, finalizou.

Impacto positivo – Os impactos da nova Frimesa serão sentidos em todas as esferas. De acordo com o prefeito de Assis Chateaubriand, Valter Aparecido Correia, os primeiros resultados na economia do município já foram observados. “Sentimos esses impactos desde que a Frimesa começou a ser projetada. Pessoas começaram a vir pra cá, o município já vem se organizando. E a partir de 2023, quando começar a operação de fato, teremos um aumento em média de 30% a 40% na arrecadação do município”, comemorou.

O vice-governador do Paraná, Darci Piana, também destacou os impactos positivos que resultarão a partir do funcionamento do novo frigorífico. “Eu gostaria de falar daquilo que vai acontecer no futuro. Agora é que vem o melhor de tudo isso. Vocês já imaginaram quanta mão-de-obra será gerada, não somente trabalhando aqui, mas de forma indireta? Quantos caminhões irão transportar alimento para os suínos que serão processados, da fábrica de ração à pocilga, da pocilga para o frigorífico, do frigorífico para o consumo do mercado interno, do frigorífico para ser exportado pelo porto? Quantos motoristas trabalharão por conta desse empreendimento, quantas oficinas mecânicas terão que atender aos caminhoneiros, quantas lojas de autopeças, pensões, hotéis, postos de gasolina… Isso é muito maior do que o frigorífico em si. Claro que essa obra é extraordinária e maravilhosa, sem isso não teríamos o restante”, frisou.

Agradecimento – Para Piana, essa é uma demonstração do que o Paraná é capaz de fazer, por meio do setor produtivo, com apoio do Governo do Estado. “Eu estou aqui, em nome do governador Rainho Junior, para agradecer ao sistema cooperativista do Paraná, que é um orgulho para nós. Quando estou em outro estado e cito que temos sete das 10 maiores cooperativas deste país e da América Latina, e do montante que elas geram, as pessoas constatam que aqui a gente trabalha com seriedade e responsabilidade, como é o caso do Vanzella, com toda a sua equipe, de fazer a toda essa transformação”, pontuou. “É uma alegria estar presente num dia muito especial para o cooperativismo do Paraná, para cooperativismo do Brasil, que orgulha a nossa gente, que faz bem-feito, com amor, com dedicação e, acima de tudo, com responsabilidade social. Meus parabéns por essa iniciativa. Meus parabéns a todos que ajudam esse sistema chegar aonde chegou”, complementou.

Presenças – A inauguração contou com a presença dos secretários estaduais da Agricultura, Norberto Ortigara, e do Desenvolvimento Sustentável e do Turismo, Everton Souza; do ex-governador e deputado federal eleito Beto Richa; do deputado federal Luiz Nishimori; do deputado federal eleito Dilceu Sperafico; do deputado estadual Marcel Micheletto (líder do Governo); do superintendente federal do Ministério da Agricultura no Paraná, Cleverson Freitas; dos diretores-presidentes do BRDE, Wilson Bley Lipski; da Copagril, Ricardo Sílvio Chapla; da C.Vale, Alfredo Lang; da Copacol, Valter Pitol; da Primato, Anderson Sabadin, e da Lar, Irineo da Costa Rodrigues; além do diretor executivo da Frimesa, Elias José Zydek e autoridades da região, dos diretores da Ocepar, Frans Borg, Paulo Roberto Faria, Wellington Ferreira, do superintendente, Robson Mafioletti, do gerente de Desenvolvimento Cooperativo, Flávio Turra, da coordenadora de Relações Parlamentares, Daniely Andressa da Silva, e do jornalista e coordenador de Comunicação Social, Samuel Milléo Filho.

Sobre a Frimesa – A Frimesa é uma central formada por cinco cooperativas agropecuárias: Copagril, C.Vale, Copacol, Lar e Primato. Ela é a 1ª colocada no Paraná em abate de suínos, a 4ª maior empresa do Brasil nesse segmento, e está entre as 10 maiores indústria de lácteos no país. A Frimesa é a 194ª maior empresa e a 11ª maior cooperativa do Brasil. É 14ª maior empresa do Paraná, e está em 23º lugar no ranking do sul, conforme dados da Revista Exame, em estudo fundamentado em informações de 2020. Presente no mercado brasileiro de alimentos há 44 anos, a Frimesa industrializa carne suína e derivados de leite, com foco na produção de alimentos de valor agregado. São mais de 9.000 colaboradores e mais de 20.000 pessoas envolvidas na cadeia produtiva.

Da Redação, com informações da Frimesa e da Agência Estadual de Notícias.