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Colheita de trigo: Prejuízos na Regional de Toledo podem ultrapassar R$ 13 mi

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Por Marcos Antonio Santos

Toledo e a região enfrentam perdas significativas na safra de trigo de 2024 devido a condições climáticas desfavoráveis. A seca prolongada e alguns dias de frio, que ocorreram em momentos críticos do ciclo de desenvolvimento das plantas, prejudicaram o potencial produtivo das lavouras. De acordo com informações preliminares dos órgãos de agricultura, as perdas na produção podem impactar tanto o volume colhido quanto a qualidade do trigo, afetando a renda dos produtores rurais e o abastecimento local.

Esses fatores climáticos adversos têm causado preocupação entre os agricultores, que agora aguardam as previsões meteorológicas para avaliar o impacto total nas plantações de trigo. Além disso, há um esforço para mitigar os prejuízos por meio de programas de assistência técnica e crédito rural.

Estima-se que, na Regional de Toledo, essa perda chegue a aproximadamente R$ 13 milhões. O técnico do Deral em Toledo, Paulo Oliva, confirma para a região uma queda de 30% em relação à produção inicial. “A área de trigo no Núcleo Regional de Toledo corresponde a 10.367 hectares, com uma projeção inicial de colher 30.064 toneladas. Em virtude das adversidades climáticas, estiagem e também geadas, que afetaram não somente o desenvolvimento vegetativo, mas também o potencial produtivo, trabalhamos com uma queda de 30% em relação à produção inicial. Ou seja, devemos concluir na próxima semana os trabalhos de colheita, nos 10.367 hectares plantados a nível regional, com uma produção de 21.894 toneladas. A área do núcleo regional de Toledo corresponde a 1% da área total do estado”, afirma.

Segundo o Deral, há 10 anos a área vem diminuindo na Regional. Antes, era uma área de 100.000 hectares. O produtor tem avaliado se deve continuar ou não plantando trigo, ainda mais diante de produções ruins e preços não satisfatórios.

PRODUTOR – O agricultor Leonir Carraro, que tem uma propriedade de 20 hectares localizada entre a Linha Santo Antônio e Três Bocas, no município de Toledo, disse que, no início do plantio do trigo, ele tinha uma janela bem apertada para o plantio dessa safra e, portanto, escolheu uma variedade de semente que coubesse dentro dessa janela, de aproximadamente 100 dias. A variedade estava determinada para 95 dias, o que garantiria a colheita para cerca de 20 de setembro.

“Isso foi feito, mas tivemos uma seca nos primeiros 15 dias do plantio do trigo, forçando a semente a nascer em duas etapas. No entanto, uma geada prejudicou muito, pois o trigo estava no estágio de soltura do cacho, e as temperaturas próximas de zero fizeram com que os cachos ficassem brancos em uma porcentagem muito elevada. Por esse motivo, decidi eliminar o que sobrou. Claro que o prejuízo é grande, mas, por outro lado, fiz uma cobertura de solo com a palhada do trigo. Alguns colegas fizeram a cobertura com aveia, outros com outro tipo de mistura para cobertura de solo, o que também é necessário no plantio direto. Com tudo isso, fiz um plantio antecipado da safra de soja 2025, plantei por volta dos dias 16 e 17 de setembro e estou com a terra agora com bastante matéria orgânica. Todo o trabalho que tive no plantio do trigo acabou me deixando com bastante matéria orgânica na terra. É claro que tivemos bastante prejuízo, mas é assim mesmo, tem que tocar o barco”, ressalta Leonir Carraro.

Foto: José Fernando Ogura/AEN

Paraná

A produção de trigo no Paraná é uma das mais importantes do Brasil, sendo o estado o maior produtor do cereal no país. O clima temperado, com invernos frios e verões moderados, favorece o cultivo, especialmente nas regiões Oeste, Sudoeste e Norte do estado. O solo fértil também contribui para os altos níveis de produtividade.

O Paraná responde por aproximadamente 50% a 60% da produção nacional de trigo, com safras que, em anos favoráveis, podem ultrapassar 3 milhões de toneladas. O plantio ocorre geralmente entre abril e maio, com colheita concentrada nos meses de setembro e outubro. A cultura do trigo é de extrema relevância para a economia paranaense, movimentando a cadeia produtiva local, que inclui a produção de farinha, alimentos processados e rações.

No entanto, a produção de trigo no Paraná enfrenta desafios, como variações climáticas que podem impactar negativamente as colheitas, como geadas tardias e excesso de chuvas. A competição com produtos importados também é um fator a ser considerado, especialmente com a entrada de trigo da Argentina.

Nos últimos anos, o governo estadual, em conjunto com cooperativas e instituições de pesquisa, tem investido em novas tecnologias, como o desenvolvimento de cultivares mais resistentes e de maior rendimento, além de práticas de manejo sustentável para otimizar a produção e aumentar a competitividade do trigo paranaense no mercado nacional e internacional.

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