O clima esquentou nos bastidores da Câmara de Toledo depois do protocolo do pedido de suspensão dos subsídios dos vereadores Dudu Barbosa e Valdomiro Bozó, afastados judicialmente. O requerimento foi apresentado no dia 6 de agosto e assinado por dez vereadores:
Bruno Radunz, Chumbinho Silva, Marcos Zanetti, Odir Zoia, Ricardo Santos, Valtencir Careca, Genivaldo de Jesus, Jairo Cerbaro, Professor Ozéias e Luiz Fritzen.
A base do pedido? Simples e direta: princípios constitucionais da legalidade, moralidade e economicidade — conforme o artigo 37 da Constituição Federal. E mais: decisões já consolidadas do STF e do Tribunal de Contas do Paraná (TCE-PR). Tudo apontando que não se deve pagar salários a agentes políticos afastados judicialmente e impedidos de exercer o mandato.
O documento é claro: não há exceção legal ou judicial que justifique continuar pagando os subsídios, e isso pode até configurar ato lesivo ao erário — ou seja, dinheiro público indo pro ralo com risco de improbidade administrativa.
A base arregou?
Se por um lado o pedido trouxe alívio a eleitores indignados, por outro escancarou quem teve coragem e quem se escondeu. Nas redes sociais, o silêncio de alguns vereadores — e as desculpas esfarrapadas de outros — viraram combustível para revolta popular. Em tempo, a vereadora Olinda, que afirmou não ter sido “consultada”, faltou com a verdade. Foi e disse que não assinaria. Mas, no dia de hoje, creio que, devido a alta “pressão”, aderiu ao pedido.
“MP e Judiciário são fakes agora?”
Uma leitora escreveu:
“É inacreditável. Ler um texto de assessor dizendo que o afastamento dos vereadores ‘não tem embasamento jurídico’ é de cair o queixo! Estamos falando de decisões fundamentadas do Ministério Público e do Judiciário, não de opinião de internet.”
E ela tem razão. Negar a legitimidade do afastamento judicial é flertar com o negacionismo institucional. Mais do que desinformação, soa como desrespeito à democracia.
“É inconstitucional pedir decência?”
Outra cena tragicômica: uma assessora de vereador veio a público justificar que não assinaram o pedido porque ele era inconstitucional. O quê?
“Era só um pedido político-administrativo, não uma PEC!”.
A tal justificativa virou piada entre servidores: “Desse jeito, logo vão exigir parecer jurídico até pra desejar bom dia no gabinete.”
Enquanto isso, os vereadores afastados seguem recebendo salário normalmente. E os que não assinaram o pedido continuam escondidos atrás de pareceres jurídicos — como se para pedir o óbvio fosse preciso autorização.
Coragem, pelo visto, não está no Regimento Interno da Câmara.
Durma com um barulho desses
A Câmara Municipal de Toledo parece ter trocado a Constituição pelo roteiro de uma série de escândalos que nem os roteiristas de “House of Cards” ousariam escrever.
O inferno astral se instalou com força total: afastamento de vereadores, pedido para cortar salários, denúncias de assédio sexual, fake news descaradas, propina, e farra de diárias com empresa caloteira. Se alguém acender um incenso por ali, pega fogo.
Sim, senhores. O caos é tanto que até meu Urubu-Copa, aquele observador cínico dos bastidores políticos, teve um surto nervoso e quase voou pra Brasília.
Afastamentos, covardias e “pareceres salva-pele”
Começou com o afastamento judicial dos vereadores Dudu Barbosa e Valdomiro Bozó. Em resposta, dez colegas tiveram a ousadia de pedir que seus salários fossem suspensos. A justificativa? A Constituição. O STF. O TCE-PR. Nada demais, só a lei.
Mas aí vieram os que “arregaram”, alegando que o pedido era “inconstitucional”. Ora, senhores! Era só um pedido — não uma PEC, nem um AI-5. Alegar inconstitucionalidade pra não assinar o óbvio é, no mínimo, covardia com nota fiscal.
Enquanto isso, os afastados seguem recebendo seus vencimentos em dia. Já os que ficaram, correm das responsabilidades como o diabo foge da CPI.
Voo rasante do Urubu-Copa
Como se não bastasse, meu Urubu-Copa, possesso, desceu em rasante:
“Grunhiii! Tem estagiária dizendo que sofreu assédio sexual dentro da própria Câmara! E o suspeito já teria até outro processo parecido nas costas!”
Se confirmado, não é só vexame: é crime em série com leniência institucional. E o silêncio até aqui é ensurdecedor.
O Urubu já alertou: ou vem mais um afastamento por aí, ou a conta da impunidade vai explodir — e o povo é que vai pagar o pato, o urubu, e o gabinete.
E ainda tem mais…
Nos bastidores, pipocam notícias falsas, espalhadas por assessores que parecem ter trocado o bom senso por curtidas.
E enquanto o povo engole a indignação, tem vereador batendo ponto em cursos pagos com diárias generosas, contratados com empresa já conhecida por calotes à praça. Nem as figurinhas carimbadas do escândalo têm mais vergonha na cara.
Entrevistas para sábado, 09 de agosto
Antes e depois: Toledo em transformação!
Toledo vive um novo tempo? Neste sábado, duas figuras que despontam como protagonistas da renovação política local estarão ao vivo em uma conversa que promete agitar o cenário.
Natan Sperafico, agrônomo, produtor rural, gestor do agro e autor da lei que consolidou Toledo como Capital do Agro do Paraná, agora mira um novo desafio: é pré-candidato a deputado estadual e quer levar a força do Oeste para a Assembleia Legislativa.
Ao seu lado, Rogério de Lima, o atual secretário de Segurança e Mobilidade, que encarou o abandono dos espaços públicos, organizou equipes, recuperou a autoestima dos servidores e vem redesenhando paisagens urbanas com respeito e ordem.
O fato é que, para muitos, Toledo está mudando – e esses nomes estão no centro dessa transformação.