Paralisação e protesto

Servidores do município de Toledo irão paralisar suas atividades dia 22 de novembro. A paralisação foi aprovada em Assembleia Geral Extraordinária realizada nessa sexta-feira, 05, foi deliberado pelos servidores públicos municipais presentes no auditório do Sindicato SerToledo. A motivação da paralisação será em protesto ao   Projeto de Lei Complementar Nº 5/2021 – a reestruturação do regime próprio de previdência social do município de Toledo. “Vamos para frente da prefeitura e o nosso foco será o prefeito Beto Lunitti.

Paralisação e protesto I

 As escolas irão atender até o intervalo de manhã e a tarde, e depois todos vão para a prefeitura. Antes, mais cedo, por volta das 7h, os servidores aposentados podem fazer parte da mobilização, e também outros servidores que queiram participar da paralisação neste horário. Nós somos totalmente contra a reforma da previdência. O problema não está na contribuição, está no governo, não temos que pagar duplamente pela dívida do Fapes”, diz a Secretária-Geral do SerToledo, Marlene da Silva. Ela confirma também que nesta segunda-feira, 08, os servidores inativos estarão presentes da Sessão da Câmara Municipal para pressionar os vereadores. Na Assembleia, Marlene disse ainda que camisetas e faixas estão sendo confeccionadas para a campanha contra a reestruturação da previdência.

[bsa_pro_ad_space id=17] [bsa_pro_ad_space id=15]

Paralisação e protesto II

Durante a Assembleia alguns servidores tiveram a oportunidade de se expressarem, e o discurso foi uníssono: pela necessidade de um protesto mais firme, do resgate da garra e espírito de luta, informações claras sobre os malefícios dessa reforma para o servidor e visitas aos locais de trabalho.  “O trabalhador acredita que não vai haver mudanças. Precisamos fazer algo para voltar essa crença; de que se nos unirmos vamos conseguir fazer mudanças, sim. Temos provas que já conseguimos mudanças quando todos se uniram”, desabafa a professora Marta Ruchel.

Paralisação e protesto III

O PLC está tramitando na Câmara, que criou uma comissão especial para analisar o projeto. A comissão é presidida pela vereadora Olinda Fiorentin (PSD) e o relator é o vereador Chumbinho Silva (PP). Eles estiveram presentes na Assembleia. Olinda relata que mesmo com toda a pressão que vem recebendo para a aprovação da reforma ainda em 2021, ela quer agendar uma audiência pública para debater com todos os servidores o PLC. “Vamos fazer uma audiência pública depois do parecer jurídico da Câmara, mas diferente do que a realizada pelo Fapes. Fazer uma audiência baseada no grito do querer, porém com educação. Conte comigo com o que é correto, e temos 14 dias para as emendas e mais 14 dias para analisar o projeto”. Segundo ela, a audiência pública precisa ser no Teatro Municipal, à noite, para que todos os servidores possam comparecer. 

Paralisação e protesto IV

Os assessores jurídicos do SerToledo, os advogados Márcio Gnoatto e Fabrício Rios esclareceram aos presentes na Assembleia, as novas regras da reforma da previdência. “Toledo já vez a devida reforma que poderia fazer na previdência, agora com todo o respeito, o que cabe é gerenciar com responsabilidade. Para diminuir o déficit do Fapes, o município tem que pagar o que deve, ou reduzir o vencimento dos servidores, mas assim o trabalhador vai se aposentar ganhando menos.

Paralisação e protesto V

Quem paga na verdade é o servidor. Essa reforma é desnecessária, se há um déficit, é preciso atacar a ferida e não fazer um curativo, por mais que se faça a reforma não vai acabar com a dívida”, diz Dr. Márcio. O Fundo de Aposentadoria e Pensões dos Servidores Públicos Municipais de Toledo (Fapes), tem aproximadamente R$ 640 milhões de déficit.

Da assessoria – Ser Toledo/jornalista Marcos Antônio