Por Fernando Braga
Em nova mobilização contra a instalação de uma praça de pedágio entre Toledo e Cascavel, lideranças se uniram, nesta quarta-feira (17), no distrito cascavelense de Sede Alvorada para repudiar a iniciativa, que poderá causar impacto negativo em toda a região. Apesar de toda a preocupação que o assunto vem gerando, uma possível solução foi apontada hoje.
Com a presença de políticos das duas cidades, de agricultores e representantes de entidades ligadas ao agronegócio, além de empresários do ramo de transporte e de outros setores da economia, a manifestação, que teve início ainda pela manhã, foi organizada pelo “Movimento Sem Pedágio”.
Estiveram presentes no ato, que foi realizado no Posto Turatto, às margens da BR-467, o presidente da Câmara Municipal de Cascavel, vereador Alécio Espínola, e os vereadores de Toledo Leoclides Bisognin, Gabriel Baierle, Pedro Varela, Marcelo Marques, Elton Welter, Genivaldo Paes, Jozimar Polasso, Geraldo Weisheimer, Professor Oséias, Beto Scain e Valdomiro Bozó. O prefeito de Toledo, Beto Lunitti, também marcou presença, enquanto o chefe do Executivo de Cascavel, Leonaldo Paranhos, não pôde comparecer, já que encontra-se em viagem no momento.
Representante da Frente Parlamentar do Oeste, composta por vereadores de 15 cidades da região para discutir a implantação do pedágio, Gabriel Baierle lembrou que a manifestação ocorreu com a devida segurança para a proteção contra a Covid-19. Ele também ressaltou que essa nova praça pode travar o desenvolvimento da região e deixar os municípios de Toledo e Cascavel isolados.
Lembrando os investimentos – e retornos – que o Biopark traz – e faz – em Toledo, o prefeito Lunitti disse que se o projeto de instalação do pedágio não tiver razoabilidade, o prejuízo será grande. “As futuras gerações vão sofrer, o Paraná vai sofrer e [em nossa região] nós vamos de um estado que se aponta como o maior na economia do Paraná, para uma situação em que podemos perder nossas posições e termos afugentados, os investimentos importantes que poderiam vir para cá”, avaliou.
Apesar de diversas autoridades se manifestarem, o pronunciamento que marcou o ato foi feito pelo presidente da Câmara de Toledo, vereador Leoclides Bisognin. Por sua sugestão, as Casas Legislativas de Toledo e Cascavel poderão viabilizar uma alternativa à rodovia pedagiada: a transformação do trecho entre as duas cidades em avenida. Bisognin chegou até a batizar essa alternativa, que se chamaria “Avenida da Integração”.
Após evidenciar que o Oeste o tem o maior PIB agropecuário do planeta, o vereador apresentou sua sugestão. “Precisamos apresentar projetos na Câmara de Toledo e na Câmara de Cascavel criando a Avenida da Integração Toledo-Cascavel e aí não terá pedágio”, defendeu ele.
Se for possível, dentro das questões técnicas e jurídicas, criar esse caminho, o trecho seria municipalizado, e as cidades teriam autonomia sobre essa “grande avenida”, podendo assim transpor a questão do pedágio.





