A ministra Tereza Cristina participou nesta segunda-feira (08/07) do lançamento do Plano Safra 2019/2020 do Banco do Brasil, em Campo Grande (MS). Segundo ela, “se Deus quiser”, no próximo Plano Safra o governo vai disponibilizar R$ 2 bilhões para o Seguro Rural, o dobro do que foi liberado para 2020.

Modernidade e inclusão – “Esse é o caminho da modernidade e da inclusão de outras instituições de crédito para estarem juntos conosco também no crédito rural e fazer uma parte desse papel tão importante que o Banco do Brasil sempre desenvolveu na agropecuária brasileira. Mas está na hora de outros contribuírem. A nossa agropecuária cresceu muito, e pode crescer muito mais”, disse a ministra.

Valor – Para 2020, será destinado R$ 1 bilhão para subvencionar a contratação de apólices do seguro rural em todo o país. Com esse valor, cerca de 150,5 mil produtores rurais poderão ter a safra segurada. Devem ser contratadas 212,1 mil apólices, com a cobertura de 15,6 milhões de hectares e valor segurado de R$ 42 bilhões.

Unificação – Para a ministra, o grande ganho do Plano Safra 2019/2020 foi a unificação do financiamento. “A pedido do presidente Bolsonaro, temos agora uma só agricultura. Não temos mais pequenos, médios e grandes agricultores, temos uma política agrícola. É claro que os pequenos, aqueles que precisam ser ajudados vão continuar sendo, e outros estão sendo ‘desmamados’ aos poucos”, disse a ministra.

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Principais números – O secretário de Política Agrícola do Ministério, Eduardo Sampaio Marques, apresentou os principais números do Plano Safra 2019/2020, que prevê R$ 225, 59 bilhões para apoiar a produção agropecuária nacional. Do total, R$ 222,74 bilhões são para o crédito rural (custeio, comercialização, industrialização e investimentos), R$ 1 bilhão para o Programa de Subvenção ao Prêmio do Seguro Rural (PSR) e R$ 1,85 bilhão para apoio à comercialização.

Destinação – O Banco do Brasil destinará R$ 103 bilhões em crédito para a safra 2019/2020, valor 20% superior ao realizado na safra anterior. Para o Mato Grosso do Sul, serão R$ 9,5 bilhões (R$ 4,4 bilhões para custeio, comercialização e industrialização e R$ 5,1 bilhões para investimentos).

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Moderfrota – Sobre o Programa Moderfrota, a ministra explicou que , como o “cobertor é curto”, teve ordem expressa do presidente de atender primeiro os pequenos e os médios. “Eles receberam um valor um pouco maior do que no ano passado. Fizemos outras ferramentas de crédito para que eles possam vender equipamentos, mas que outros bancos e não só o governo brasileiro coloque dinheiro nesses programas”, explicou a ministra.

Participações – Também participaram do evento os secretários do Ministério Orlando Ribeiro (Comércio e Relações Internacionais), Jorge Seif Jr. (Aquicultura e Pesca) e José Guilherme Leal (Defesa Agropecuária). Também participaram o Diretor de Agronegócios do BB, Marco Túlio Moraes da Costa, e o superintendente Banco do Brasil em Mato Grosso do Sul, Sandro Grando.

Patrulhas – A ministra também participou em Campo Grande da entrega de 101 patrulhas mecanizadas em 14 municípios, além de implementos agrícolas. Os recursos são estaduais e federais, provenientes de emendas parlamentares da bancada de Mato Grosso do Sul. “Sabemos o que isso traz de benefício para os pequenos agricultores, para os agricultores familiares, para os assentamentos e para os prefeitos, que podem organizar a produção nos seus municípios”, disse.

Acordo – A ministra também lembrou o acordo Mercosul-União Europeia, fechado recentemente. “O Brasil foi decisivo e a agricultura brasileira foi quem bateu o martelo para fechar esse acordo. Vamos ter muitos benefícios, mas vamos ter que fazer a lição de casa. Tenho certeza que o Brasil será competitivo, vamos poder atingir mais de 600 milhões de pessoas com esse acordo”

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Competitividade – Segundo ela, agora toda a agricultura brasileira terá que ser mais competitiva ainda, principalmente os pequenos produtores. “Eu recebi aqui uma pimenta, então por que não exportar pimenta? Vamos ver o que temos de bom: mel, pimenta, rapadura, uma série de produtos que eles não conhecem lá e que vamos poder jogar de igual para igual com outros países que hoje já acessam esse mercado”, disse.

Regularização de títulos – A ministra anunciou que, a partir de agosto, o governo vai regularizar o maior número possível de títulos. “Estamos preparando os cadastros e fazendo tudo da melhor maneira para que possa ser entregue o maior número possível de títulos, pra que vocês possam fazer das suas propriedades o que bem entenderem. Aí vocês vão ser donos do seu nariz., poderão pegar crédito e poder empreender”, disse.

Defensivos – Em entrevista à imprensa, a ministra também comentou sobre o que chamou de “desinformação para deixar o consumidor brasileiro aterrorizado”, em relação à liberação de defensivos agrícolas no país. Ela explicou que o que houve nos últimos meses foi uma mudança na metodologia de registros que ficavam parados ideologicamente

Revisão – “O Brasil está liberando produtos mas também está revendo outros produtos que poderão ser banidos ou requisitados para ver a forma de uso”, disse Tereza Cristina, lembrando que, mesmo com a liberação de mais registros, não aumentou o número de produtos comercializados no país.

Seguros – A ministra garantiu que os alimentos produzidos no Brasil são seguros. “Vocês acham que teríamos todos esses países recebendo os nossos produtos se estivéssemos acima do Codex Alimentarius, que diz o quanto cada produto pode ter de resíduos? O que temos que ter é acompanhamento do pequeno agricultor, que precisa se proteger quando passa esse defensivo, porque ele é o mais prejudicado se não tomar os devidos cuidados”, concluiu. (Mapa)

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