Generic selectors
Exact matches only
Search in title
Search in content
Post Type Selectors
Fonte de dados meteorológicos: Wettervorschau 30 tage
Generic selectors
Exact matches only
Search in title
Search in content
Post Type Selectors

Programa Viva Saúde transforma a vida de pacientes crônicos e gera economia milionária em Londrina

h

Facebook
WhatsApp
LinkedIn
Além da economia milionária, pelo menos 108 vidas foram salvas pelo programa Viva Saúde, do Hospital Evangélico de Londrina. Foto: Shutterstock

Além de trazer mais qualidade de vida aos pacientes, Hospital Evangélico de Londrina conseguiu liberar mais leitos para urgências e cirurgia

Um paciente com diabetes, hipertensão ou obesidade pode custar até R$ 250 a mais por mês ao sistema de saúde. Em um ano, esse valor chega aos R$ 3 mil. Mas o Programa Viva Saúde, do Plano Hospitalar, ligado ao Hospital Evangélico de Londrina, no norte do Paraná, conseguiu virar esse cenário: reduziu em até 36% os custos com pacientes crônicos, melhorou a qualidade de vida dos participantes e ainda liberou leitos hospitalares para urgências e cirurgias.

Os dados do Programa Viva Saúde – que já chegou a gerenciar mais de 2 mil pacientes simultaneamente – tem resultados expressivos. No caso da hipertensão, que no momento tem 623 pessoas em atendimento pelo programa – o custo médio mensal caiu de R$ 423 mil para R$ 300 mil. Mesmo após incluir os investimentos no programa – que integra o Plano Hospitalar do Hospital Evangélico – (R$ 16,3 mil), a economia total foi de R$ 107,4 mil/mês, ou R$ 1,28 milhão ao ano.

Já com o atendimento a 350 pacientes com diabetes, o programa conseguiu a redução de 36,7% nos custos, com economia mensal de R$ 86,9 mil, projetando R$ 1,04 milhão em 12 meses. Os pacientes com obesidade, que hoje são 135 atendidos pelo programa, teve corte de 34,1% nos gastos, gerando economia anual de R$ 289 mil.

Somados, os números revelam uma previsão de R$ 2,6 milhões em economia em um ano.

Para chegar a estes resultados, o Hospitalar investiu em tecnologia: uma plataforma desenvolvida pela startup brasileira NAGIS Health para gerenciamento de pacientes com doenças crônicas graves.

“Implantamos um sistema, desenvolvido de acordo com as nossas demandas, que aprende protocolos de cuidados e estabelece agendas inteligentes para as equipes de saúde, garantindo que cada paciente receba atenção personalizada”, explica o responsável pelo projeto, o superintendente da Associação Evangélica Beneficente de Londrina (Aebel), que abrange o HE Londrina e o Plano Hospitalar, Eduardo Bistratini Otoni.

Saúde além dos números

Números são inquestionáveis. Porém, ganham mais sentido quando se cruzam com histórias de vida reais: pacientes com menos crises de saúde, internações e uso de medicamentos, mais disposição e o sabor de aproveitar a vida com mais qualidade e bem-estar.

Esse é o caso da guarda municipal Daiane da Silva Cardoso, que depois de seis meses traz resultados muito positivos. Por motivos que a vida lhe colocou, ela deixou de cuidar de si mesma. A inteligência artificial da plataforma Viva Saúde apontou Daiane como potencial participante do programa. A guarda municipal chegou ao Viva Saúde com pré-diabetes, artrose, fibromialgia, dores na coluna, depressão e crises de ansiedade.

Daiane passou a receber acompanhamento com médico de família, nutricionista e psicólogo. O diálogo frequente com uma das enfermeiras de referência do programa também a mantém dentro do foco, das metas e com boa evolução clínica. Com 6 Kg a menos, ela está mais motivada e disposta, focada no autocuidado e no bem-estar.

Já a diretora de escola municipal Dalva Regina Taniguchi, 66 anos, “vivia” no pronto-socorro com crises hipertensivas. Ia semanalmente ao hospital e já chegou a internar duas vezes num só mês. Após participar do Viva Saúde, passou a ser acompanhada por médico de família, nutricionista e psicóloga. Está se exercitando e se alimentando melhor.

Dalva reduziu apenas 3 kg em seu peso, no último semestre. Porém, todas as medidas juntas estabilizaram seus parâmetros clínicos, baixaram significativamente os riscos cardiovasculares e os metabólicos relacionados ao sedentarismo e ela tem mais qualidade de vida. E o principal: raramente vai ao pronto-socorro e não ficou mais internada.

Quem também conseguiu melhora expressiva foi a dona de casa Alessandra de Fátima Pinheiro. Ela ingressou no Viva Saúde com um quadro profundo de depressão, descompensações na pressão arterial, glicemia e saturação.

Num trabalho muito atento da enfermeira de referência do Viva Saúde, Alessandra passou a ter acompanhamento psicológico, em conjunto com orientação nutricional e de outros especialistas. A equipe do plano a ensinou também a fazer exercícios em casa. E assim, ela perdeu 5 Kg, está saindo da depressão, com a pressão e glicemia controladas e diz que tem muito mais energia e vontade para tudo.

Além das doenças crônicas

Porém, o Viva Saúde não tem só pacientes crônicos. O aposentado Reinold Strass, 89 anos, fez uma cirurgia para colocação de prótese no joelho e a cicatriz da cirurgia não fechava. Pela idade e pela natureza da cirurgia, os deslocamentos ao hospital estavam sendo difíceis. Através do Viva Saúde, a família recebia orientações online ou por telefone de médicos, enfermeiros, fisioterapeutas e nutricionistas e a ferida cicatrizou em pouco tempo.

Mas o atendimento ao idoso não parou por aí. Ele recebeu do Viva Saúde um relógio Smart Health, que monitora seus sinais vitais. A enfermeira de referência do programa monitora tudo a distância e já toma providências quando percebe alterações. Reinold vive bem de saúde, ativo e independente.

108 vidas salvas

O programa Viva Saúde funciona desde janeiro de 2023. Nos primeiros 18 meses, seus monitorados tiveram 81% de redução em riscos diversos de saúde, 19,92% diminuíram o índice de massa corporal (IMC) e 18,56% dos pacientes com IMC acima de 30 (considerada obesidade grave) reduziram o peso e as doenças crônicas associadas. Dezenas de pacientes com diabetes reduziram a glicemia e estão com a doença sob controle.

“É claro que números ajudam a enxergar a situação de forma mais clara e objetiva. Porém, mais importante que números são as pessoas. Nesse primeiro período do programa, nossa estimativa é que conseguimos salvar pelo menos 108 vidas com essa melhora geral no quadro de saúde dos pacientes”, estima Arnaldo Alves de Souza, gerente administrativo da Atenção Primária à Saúde (APS) no HE.

Fonte: Assessoria

Veja também

Publicações Legais

Edição nº2799 – 15/11/2025

Cotações em tempo real