Toledo sediou, nesta sexta-feira, a IV Conferência Municipal de Políticas para as Mulheres — um evento de grande relevância que trouxe à tona discussões urgentes: igualdade de direitos, combate à violência e participação ativa das mulheres na construção de políticas públicas.

Mais do que um encontro institucional, o que se viu foi a reafirmação de um compromisso com as mulheres — agora respaldado por ações concretas. A reativação da Secretaria da Mulher não é apenas simbólica, é estrutural. E quem lidera essa retomada é o prefeito Mario Costenaro, que, com firmeza, afirmou: “Mais ação, menos discurso.”

Recado direto

A fala do prefeito, embora dirigida a todos, para mim, soou como um recado direto àquelas e àqueles que, em passado recente, extinguiram a própria secretaria que agora reivindicam de volta. Tinham a caneta, mas não assinaram. E agora, sem tinta, gritam por valorização. Ironias da política.

Durante o evento, o prefeito reafirmou seu compromisso com a equidade de gênero, destacando que a reestruturação da Secretaria da Mulher integra um conjunto de ações que inclui também a retomada das conferências, a construção da Casa Abrigo Regional e da Casa da Mulher Paranaense, em parceria com o Governo do Estado.

Toledo dá sinais de que voltou a ouvir — e a agir — por suas mulheres.

As 12 mulheres

O vice-prefeito Lucio de Marchi, em seu discurso, lembrou que Toledo já foi referência no Paraná em participação feminina na administração pública. Em sua gestão como prefeito, em 2017, nomeou 12 mulheres como secretárias municipais — um gesto que traduz política pública com recorte de gênero e compromisso real com a equidade.

Lucio também rememorou que participou da criação da Secretaria da Mulher em 2005, durante o governo Schiavinato. Um histórico que reforça a importância de decisões que vão além do simbolismo. Para refrescar a cabeça dos da “bolha”, a secretaria das mulheres foi enterrada na gestão do Beto Lunitti em 2021, juntamente com a da agricultura, da comunicação e da juventude.

As famigeradas páginas sociais fakes

Logo após o término das eleições, Toledo foi invadida por uma enxurrada de páginas falsas nas redes sociais. Criadas por figuras ligadas às “viúvas” políticas do ex-prefeito Beto, essas páginas tinham um objetivo claro: tentar desestabilizar um novo governo que sequer havia assumido oficialmente.

Mesmo depois da posse — recebendo a caneta, é verdade, mas sem tinta, diante de uma máquina pública esvaziada e abandonada — os ataques continuaram de forma sistemática. Críticas rasas, acusações infundadas e desinformação tomaram conta do ambiente digital, fomentando um clima de desconfiança que em nada contribui para o debate público.

Agora, muitos dos responsáveis por essas páginas começam a colher o que plantaram. Estão chegando as notificações judiciais, exigindo a exclusão de conteúdos caluniosos, ofensivos ou que configuram fake news. A Justiça, como se vê, está agindo — e tardiamente, segundo muitos.

Aliás, é de conhecimento nos bastidores que um dos administradores dessas páginas — ou, melhor dizendo, um dos irresponsáveis — atua como assessor parlamentar de um vereador. A revelação só reforça a urgência de repensarmos a ética na política e o uso responsável das redes social.

Camarote dos shows: quem era contra agora manda convite VIP

Diz o ditado que política é como nuvem: muda o tempo todo. Mas, em Toledo, parece que além de mudar, ela também tem memória curta — seletivamente curta. Soube, por fontes tão bem-informadas quanto discretas (meu clássico “urubu-comemoração”), que um conhecido promoter da cidade — que foi abertamente contra o atual prefeito durante a campanha — hoje estaria atuando como interlocutor direto na contratação de shows e eventos ligados à gestão municipal.

Até aí, tudo bem. Após as eleições, é natural que se busque construir pontes, reunir talentos e deixar de lado algumas rusgas do passado. Governar exige amplitude, diálogo e pragmatismo. O que me incomoda, no entanto, é ver quem lutou contra agora ocupando os camarotes mais privilegiados, enquanto quem suou a camisa, defendeu com convicção e enfrentou o desgaste de estar ao lado do então candidato, é solenemente ignorado. E isso, convenhamos, não é ingratidão — é cegueira política.

Sim, sou do tipo que acredita que lealdade ainda deve valer alguma coisa. Não prego caça às bruxas, nem defendo que o governo se transforme em trincheira de vinganças, mas também não consigo aplaudir de pé quem bateu e agora sobe ao palco para receber os louros como se nada tivesse acontecido. A política tem dessas ironias. Mas o eleitor — e principalmente quem esteve ao lado no momento mais difícil — observa. E cobra. Na política, nem sempre, os responsáveis pelas contratações devem ser “técnico”, sim, político.

Assembleia prestigiada na AMOP reúne lideranças regionais com governo estadual.

Participei, nesta sexta-feira, da Assembleia Geral Ordinária da Associação dos Municípios do Oeste do Paraná (AMOP), um encontro marcante que reuniu prefeitos de mais de 50 cidades da região. O evento contou ainda com expressiva presença das primeiras-damas, lideradas por Ângela Schanoski, esposa do presidente da entidade, Rodrigo Schanoski.

Em seu pronunciamento, Rodrigo foi enfático ao afirmar que sua gestão é pautada pela resolutividade e proximidade com os municípios. Por isso, fez questão de convidar representantes do Governo do Estado para estarem presentes, promovendo diálogo direto com os gestores municipais.

O primeiro a se manifestar foi Santin Roveda, presidente do Detran-PR. Em uma apresentação abrangente, ele detalhou as mudanças implementadas no órgão e se colocou à disposição dos prefeitos para colaborar com as demandas locais relacionadas ao trânsito e à mobilidade urbana.

Outro destaque da assembleia foi a participação do secretário estadual do Desenvolvimento Social e Família, Rogério Carboni, que fez uma importante explanação sobre os programas e ações que a pasta irá implementar nos próximos meses. A apresentação evidenciou o compromisso do Estado com o fortalecimento das políticas públicas voltadas às famílias paranaenses.

Também tivemos uma excelente apresentação de Eduardo Ramos Silveira, especialista em Tecnologia de Cidades Inteligentes do Paraná, que abordou soluções tecnológicas personalizadas para atender diferentes perfis de municípios e empresas. Ele destacou que o compromisso com a excelência passa por uma análise profunda das demandas específicas de cada localidade, garantindo a aplicação de inovações capazes de otimizar processos e gerar resultados concretos.

Por fim, o engenheiro civil Samir Jorge, assessor de Gestão de Políticas Públicas do Crea-PR, apresentou o Programa Mais Energia, que visa fomentar o uso consciente e eficiente da energia elétrica nos municípios paranaenses, promovendo sustentabilidade e economia aos cofres públicos.

Foi uma agenda produtiva, que reforça o papel estratégico da AMOP como articuladora de políticas públicas e parceira dos municípios em busca de desenvolvimento regional.