A ação é desenvolvida com apoio da Itaipu Binacional por meio do Conselho dos Municípios Lindeiros ao Lago de Itaipu
Na manhã desta quarta-feira (18), a Escola Municipal Antônio Scain foi palco de uma oficina de Construção de Horta, como parte da programação do Junho Verde. A iniciativa, realizada a partir da parceria entre a Prefeitura de Toledo e a Itaipu Binacional, por meio do Conselho dos Municípios Lindeiros ao Lago de Itaipu, envolveu alunos, professores, pais e toda a comunidade escolar em uma experiência educativa e prática voltada para a sustentabilidade, a alimentação saudável e a conscientização ambiental.
A oficina é uma das quatro ações pedagógicas oferecidas pelo programa Linha Ecológica da Itaipu, que contempla 54 municípios da região, como explicou a gestora municipal de educação ambiental, Sandra Kopeginski. “Nesse projeto, os alunos não apenas aprendem na teoria, mas colocam a mão na terra, compreendendo a importância de cuidar do meio ambiente e de consumir alimentos naturais, livres de agrotóxicos. A construção dos canteiros e o plantio das hortaliças também envolvem toda a comunidade escolar, como os pais, cozinheiras e professores, fortalecendo essa relação entre teoria e prática”, destacou Sandra.
Além de proporcionar uma experiência prática, o projeto dialoga diretamente com os conteúdos escolares, incluindo disciplinas como ciências, geografia, português e matemática. A continuidade do cuidado com a horta será responsabilidade da escola, como explicou a diretora Silvia Felizardo Schutz. “Estamos muito felizes com o envolvimento das crianças e da equipe. A horta será mantida com a ajuda dos alunos, principalmente das turmas do período integral, que terão mais tempo para se dedicar ao cuidado diário. A expectativa é colher o que estamos plantando, literalmente e simbolicamente, pois o projeto traz muitos ensinamentos sobre responsabilidade e trabalho em equipe”, explica a diretora.
Participação da comunidade – Os canteiros, elaborados em formato de mandala, foram desenvolvidos com a participação direta dos pais dos alunos, como relatou o presidente do Conselho Escolar, Marcos Gatti: “Nós limpamos o terreno e ajudamos na construção dos canteiros. Eu acredito que essa experiência agrega muito para as crianças, ensinando-as a dar valor à alimentação saudável e ao cuidado com o meio ambiente. Nós pais nos envolvemos pensando no futuro dos nossos filhos, pois essa vivência com certeza fará diferença na formação deles”, avalia o presidente do Conselho Escolar.
Plantio – A escolha das hortaliças seguiu critérios específicos, como explicou o engenheiro agrônomo Maicon Tavares, responsável por ministrar a oficina. “Optamos por plantas que se desenvolvem melhor no clima de inverno, como rúcula, alface, cenoura, couve e beterraba. Em 45 dias, essas hortaliças já poderão ser colhidas e consumidas. Quando o clima mudar, será possível introduzir opções de verão mais diversificadas. A ideia é ensinar o ciclo das hortas e como cuidar delas de acordo com as estações do ano”, explica Tavares.
A secretária de Meio Ambiente, Luciana Fogaça, reforçou a importância das parcerias para viabilizar projetos como esse. “Essa ação vai muito além de ensinar a plantar. Ela mostra para as crianças e suas famílias que o alimento não vem pronto, é algo que exige cuidado e respeito pelo meio ambiente. A horta também abre um leque de possibilidades, como a prática de compostagem em casa, diminuindo o desperdício e fortalecendo a relação com a reciclagem. Esses valores, aprendidos desde cedo, impactam não só as crianças, mas também os adultos envolvidos no projeto”, salienta Luciana.
Educação Ambiental – A oficina ainda plantou uma importante semente de reflexão para o futuro, ampliando o contato dos alunos com práticas de sustentabilidade e estimulando o diálogo sobre ações ecologicamente responsáveis no ambiente escolar e familiar.
Sobre a Linha Ecológica – O programa Linha Ecológica faz parte das ações da Itaipu Binacional e oferece oficinas relacionadas à preservação ambiental e ao desenvolvimento sustentável para os municípios da Bacia do Paraná 3. Cada cidade parceira pode escolher 4 entre 15 oficinas, a de Recuperação de Nascentes (obrigatória) e mais três, como a Construção de Hortas, adaptando as ações conforme as necessidades da comunidade local.
Em Toledo, o projeto conta com o suporte dos gestores municipais de educação ambiental (GMEAs), que atuam como pontes entre a prefeitura e a Linha Ecológica, coordenada a partir de Santa Helena. As oficinas têm como objetivo reforçar práticas ecológicas, promover o respeito à natureza e incentivar uma alimentação livre de agrotóxicos, além de envolver a comunidade escolar em ações transformadoras e educativas.
O trabalho realizado na Escola Antônio Scaim é um exemplo de como as parcerias podem transformar o espaço escolar em um ambiente de aprendizado prático e significativo. Que venham outras colheitas, tanto no campo quanto no despertar da consciência ambiental.
Fonte: Secom/Pref. de Toledo