Da Redação

O apresentador Silvio Santos morreu neste sábado (17/8), em São Paulo, aos 93 anos. Ele estava internado desde o dia 1º deste mês no Hospital Albert Einstein.

O dono do SBT estava afastado da televisão havia quase 2 anos, desde setembro de 2022. Silvio havia sido internado também em 16 de julho com H1N1. Recebeu alta em 21 de julho. A H1N1, também chamada de Influenza, é uma variante da gripe, que causa infecção no sistema respiratório. Em idosos, a doença é mais preocupante por causa dos sintomas mais agressivos e a alta possibilidade de complicações graves.

CARREIRA Silvio Santos era filho de 2 imigrantes judeus nascidos no Império Otomano, que deixou de existir em 1922. Seu pai, Alberto, era de uma região que hoje pertence à Grécia, e sua mãe, Rebecca, de uma cidade que atualmente fica na Turquia. O apresentador nasceu em 12 de dezembro de 1930, no bairro da Lapa, no Rio.

Aos 14 anos, Silvio iniciou a carreira como camelô. Vendia capas de plástico para guardar títulos de eleitor.

Seu talento para a comunicação logo o levou ao rádio, mas ele decidiu voltar a trabalhar como ambulante, onde ganhava mais. Foi convocado pelo Exército aos 18 anos e passou a servir na Escola de Paraquedistas. Como a carreira de camelô era incompatível com a de militar, trabalhou como locutor em uma rádio de Niterói nos dias de folga para complementar a renda.

Aos 20 anos, o comunicador começou a apresentar espetáculos e sorteios em caravanas de artistas em São Paulo, que acabou ganhando o nome de “Caravana do Peru que Fala”. Nessa época, formou-se como técnico em contabilidade Escola Técnica de Comércio Amaro Cavalcanti. Silvio decidiu seguir na carreira artística. Trabalhava como locutor de rádio na Rádio Nacional de São Paulo. Para complementar sua renda, criou a revista Brincadeiras para Você, que trazia palavras cruzadas, passatempos e charadas. Era vendida nos comércios da capital paulista.

Silvio Santos deixa a viúva Íris Abravanel, com quem era casado desde 1978 e teve as filhas Daniela Patrícia, Rebeca e Renata. Também deixa as filhas Cíntia e Silvia, do primeiro casamento, com Cidinha, que morreu em 1977.