Foto: Aleksandar/Freepik

As atividades de colheita da primeira e segunda safras de milho seguem avançando no Brasil, mas agentes continuam incertos quanto à produção da segunda safra em algumas regiões, de acordo com pesquisadores do Cepea. O clima ao longo de maio não amenizou a situação das lavouras, especialmente as do Sul, Sudeste e de partes do Centro-Oeste.

Quanto aos preços, levantamentos do Cepea apontam que os movimentos são distintos dentre as praças acompanhadas, refletindo as condições de oferta e de demanda. Em regiões consumidoras, como partes de São Paulo, os valores recuaram, sobretudo devido à retração de compradores. De modo geral, pesquisadores do Cepea explicam que o que prevalece é comprador sinalizando ter estoques e no aguardo de um maior volume para negociar. Do lado vendedor, a maioria analisa a situação local para disponibilizar novos lotes.

SOJA – As cotações da soja caíram no encerramento de maio, devolvendo parte dos ganhos registrados ao longo do mês. Segundo pesquisadores do Cepea, a pressão esteve atrelada à maior oferta da oleaginosa na América do Sul e ao bom ritmo de cultivo nos Estados Unidos. Além disso, apesar da queda na produção brasileira nesta temporada, a reta final da colheita e os preços atrativos têm levado vendedores a aumentarem a disponibilidade de soja no spot nacional, conforme pesquisadores do Cepea. No Hemisfério Norte, agentes estão otimistas com a safra 2024/25. Apesar das recentes baixas, levantamentos do Cepea apontam que os valores médios de maio continuaram como os maiores do ano, tanto para o Indicador ESALQ/BM&FBovespa – Paranaguá como para o Indicador CEPEA/ESALQ – Paraná, em termos reais (IGP-DI, de abril/24). 

SUÍNOS – Os preços do suíno vivo caíram com força neste encerramento de maio, em todas as regiões acompanhadas pelo Cepea. Dentre as praças monitoradas, as de Minas Gerais registraram as desvalorizações mais intensas. Segundo pesquisadores do Cepea, a pressão vem da oferta elevada e da demanda enfraquecida. Além disso, o feriado de Corpus Christi nessa quinta-feira, 30, reforçou a baixa liquidez – o menor número de dias úteis na semana reduz as escalas de abate de frigoríficos, resultando em diminuição das compras de novos lotes de animais. No mercado de carnes, pesquisadores do Cepea explicam que, diante da fraca procura, frigoríficos adotaram a estratégia de diminuir os preços, em busca de melhorar as vendas.

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Fonte: Cepea