Toledo é uma cidade que aspira ser referência em qualidade de vida e bem-estar, no entanto, o que tenho testemunhado é alarmante: a negligência e o descaso com a coleta e destinação adequada do lixo depositado nas lixeiras públicas instaladas tanto nas vias quanto nos pontos turísticos, especialmente os mais afastados da área central.
Descaso na coleta do lixo
Há poucos dias, um dos meus leitores nos enviou imagens da irresponsabilidade dos gestores, que permitem o despejo dos resíduos recicláveis nas células de aterro, sem passarem pela triagem e reciclagem. Mesmo com um investimento considerável, aproximadamente R$ 14 milhões, os problemas no aterro sanitário do município de Toledo persistem, destacando-se principalmente a inadequada separação entre lixo orgânico, reciclável e resíduos sólidos e volumosos
Descaso na coleta do lixo I
Filmei e fotografei nos últimos três finais de semana (28 de janeiro, 04 e 11 de fevereiro) algumas lixeiras instaladas no Parque do Povo, Luiz Claudio Hofmann. Neles, os mesmos resíduos, nas mesmas posições e com volumes crescentes, como mostram as imagens. Para piorar, os sacos plásticos são levados pelo vento para dentro do lago, poluindo e criando um ambiente desagradável de se ver.
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O resultado dessa inação das autoridades municipais é desastroso:
o acúmulo de resíduos em outros pontos da cidade está fora de controle, diversos contêineres estão sem tampas e danificados, criando um ambiente propício para a proliferação de moscas, insetos e outros vetores de doenças. A coleta de lixo é um serviço público essencial para a manutenção da limpeza urbana e para a saúde da população.
O não cumprimento dessa tarefa básica demonstra uma falha grave na gestão municipal, que coloca em risco a saúde e o bem-estar de todos os cidadãos. Não podemos mais aceitar essa situação como algo corriqueiro. É preciso que medidas sejam tomadas de forma urgente, tanto pelos gestores como pelas autoridades ligadas ao Conselho de Meio Ambiente, que devem fiscalizar não apenas as autuações, mas também as ações da Secretaria de Meio Ambiente de Toledo, que está demonstrando pura incompetência.
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Em tempo
Enquanto eu estava concluindo esta coluna, um caminhão coletor parou em frente ao jornal. Não pude determinar se era destinado ao lixo reciclado ou ao orgânico. No entanto, observei que apenas alguns sacos de lixo foram recolhidos da casa em frente ao jornal, deixando uma grande quantidade para trás. Além disso, não foram coletados resíduos nas próximas duas quadras que pude observar. É preocupante notar que ambos os tipos de lixo estavam devidamente separados nas lixeiras. Será que o caminhão teve algum problema? Irão retornar para fazer a coleta? Quem é responsável por supervisionar essas operações de coleta? Existem fiscais encarregados de monitorar os contratos? Onde estão nossos nobres vereadores para abordar essas questões? EITA, ESQUECI QUE HOJE É TERÇA-FEIRA DE CARVAVAL – DIA DE VADIAGEM NO BRASIL
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O lixo do “meio ambiente”
Em uma cidade que busca a excelência em qualidade de vida, um problema crescente mina essa aspiração: a negligência na coleta e destinação adequada do lixo. Em Toledo, os coletores de lixo se tornaram fantasmas, ausentes onde deveriam estar, deixando para trás montanhas de resíduos e um rastro de preocupação.
Recentemente, imagens chocantes revelaram o descaso dos gestores, permitindo que os resíduos recicláveis fossem despejados sem triagem, comprometendo os esforços de reciclagem. Mesmo com investimentos vultosos, os problemas persistem, refletindo-se em lixeiras públicas transbordando e em sacos plásticos dançando ao vento nos parques.
O resultado é alarmante: lixo acumulado, contêineres danificados e um ambiente propício para a proliferação de doenças. A coleta de lixo é um serviço essencial, e sua falha revela uma gestão municipal que coloca em risco a saúde e o bem-estar da população.
Enquanto redigia estas palavras, um caminhão coletor passava, recolhendo apenas parte do lixo, deixando dúvidas no ar. Onde estão os responsáveis por supervisionar essa operação? Onde estão os líderes que deveriam abordar essas questões? O silêncio do lixo clama por respostas.