Aqui nascem as interrogações que ecoam entre os 150.470 habitantes de Toledo: Por que o ônus recai exclusivamente sobre nossa cidade? Qual é o compromisso dos prefeitos dos outros 17 Municípios? Estariam eles apenas buscando os benefícios das instalações físicas e profissionais, sem assumir a responsabilidade financeira?
R$ 4,7 milhões ao Hospital Regional de Toledo
Um montante expressivo de R$ 4,7 milhões foi destinado ao Hospital Regional, que, vale ressaltar, atende não apenas a população de Toledo, pouco mais de 75 dias após a sua ‘inauguração’. Esse valor significativo, proveniente tanto de mobilizações locais quanto de recursos públicos, reflete o esforço coletivo para garantir a manutenção da instituição, embora tal esforço não tenha sido completamente compartilhado.
R$ 4,7 milhões ao Hospital Regional de Toledo I
Do total, R$ 2 milhões foram repassados por meio de emendas dos dois deputados que representam Toledo na Câmara Federal, enquanto R$ 2,7 milhões foram provenientes exclusivamente dos contribuintes de Toledo, via cofres públicos locais, sem qualquer contribuição dos demais 17 Municípios.
R$ 4,7 milhões ao Hospital Regional de Toledo II
Minha interrogação, e creio que também dos demais 150.470 mil habitantes de Toledo: Por que o ônus recai exclusivamente sobre nossa cidade?
Qual é o compromisso dos prefeitos desses outros 17 Municípios?
Seria apenas usufruir das instalações físicas e profissionais, ou seja, obter o bônus sem arcar com o ônus?
Além disso, questiono o porquê de nossos gestores locais e demais autoridades decidirem que o Hospital Regional de Toledo deveria cobrir 100% dos custos do SUS sozinho.
Onde estão os legisladores que aprovaram o repasse mensal de R$ 1,5 milhão sem exigir a participação financeira dos demais 17 Municípios no contrato com a empresa IDEAS?
Vou mais além: Qual foi a competência da secretária de Saúde de Toledo nesse processo todo? A expressão “divisão equitativa”, será que existe em seu vocabulário profissional?
Onde estão os gestores da 20ª Regional de Saúde, que parecem apenas receber salários robustos do Estado e do Município, sem assumir um papel ativo nessa questão?
Divisão perceptas seria o mais correto
Realizei um estudo, com base no censo do IBGE, sobre os 418.589 mil habitantes que compõem a região dos 17 Municípios de atendimento do HRT. Com base nos números, segue a tabela de distribuição:
![](https://gazetadetoledo.com.br/wp-content/uploads/2024/01/tabela_equitativa.jpg)
Reflexões sobre o destino financeiro do Hospital Regional
Havia uma expectativa palpável quando o Hospital Regional de Toledo abriu suas portas, em um evento marcado por esperanças e promessas de cuidados de saúde excepcionais para toda a região. Contudo, pouco mais de 75 dias após sua tão aclamada ‘inauguração’, surge uma narrativa financeira que levanta questionamentos e reflexões.
Um montante considerável, R$ 4,7 milhões, foi destinado a essa instituição crucial. Um esforço coletivo notável, proveniente tanto de mobilizações locais quanto de recursos públicos, demonstrou a dedicação da comunidade em garantir a manutenção do hospital. Entretanto, vale destacar que esse esforço não foi compartilhado igualmente por todos.
Dos R$ 4,7 milhões, R$ 2 milhões foram gentilmente repassados por meio de emendas dos dois deputados que representam Toledo na Câmara Federal. Outros R$ 2,709 milhões vieram exclusivamente dos contribuintes de Toledo, via cofres públicos locais, sem qualquer contribuição dos demais 17 Municípios.
Aqui nasce a interrogação que ecoa entre os 150.470 habitantes de Toledo: por que o ônus recai exclusivamente sobre nossa cidade? Qual é o compromisso dos prefeitos dos outros 17 Municípios? Estariam eles apenas buscando os benefícios das instalações físicas e profissionais, sem assumir a responsabilidade financeira?
Além disso, surge a questão sobre a decisão dos gestores locais e demais autoridades, que optaram por colocar sobre os ombros do Hospital Regional de Toledo a responsabilidade de cobrir 100% dos custos do SUS. Onde estão os legisladores que aprovaram o repasse mensal de R$ 1,5 milhão, sem exigir que os outros Municípios também participassem financeiramente do contrato com a empresa IDEAS?
Estendendo as reflexões, questiona-se sobre a competência da secretária de Saúde de Toledo. Será que ao menos foi sugerida uma divisão mais equitativa? E quanto aos gestores da 20ª Regional de Saúde? Parecem destinados apenas a receberem salários robustos, sem assumirem um papel ativo nas complexidades financeiras desse projeto que contempla os Municípios ligados a autarquia?
À medida que as perguntas se acumulam, a comunidade de Toledo busca não apenas respostas, mas também uma compreensão mais profunda sobre como a responsabilidade financeira pode ser verdadeiramente compartilhada por todos os Municípios envolvidos. No coração dessas questões reside a busca por uma solução equitativa, onde cada cidade contribua de acordo com suas capacidades, garantindo assim a sustentabilidade e o sucesso contínuo do tão vital Hospital Regional.