Foto: Jefferson Christofoletti/Embrapa

A recente abertura do Egito para importação de peixes e pescados brasileiros gera mais uma oportunidade de negócios para o setor, avalia o CEO e secretário-geral da Câmara de Comércio Árabe Brasileira, Tamer Mansour. A abertura daquele mercado foi anunciada em comunicado conjunto pelo Ministério da Agricultura e Pecuária do Brasil (MAPA) e pelo Ministério das Relações Exteriores, o Itamaraty. Recentemente, o Egito abriu também o mercado para algodão em pluma do Brasil (na imagem acima, pescador lança rede de pesca em rio).

Mansour afirma que o anúncio é uma “grande notícia”, pois, apesar de ser banhado pelos mares Mediterrâneo e Vermelho, o Egito tem uma diversidade limitada de peixes para consumo.

“O Brasil certamente consegue exportar com mais quantidade do que qualquer outro país da região”, diz Mansour. Ele observa que essa abertura amplia a cada a dia a relação econômica entre os países e cita, como exemplo dessa reaproximação a recente abertura do mercado egípcio para algodão em pluma. O Egito também abriu seu mercado para gelatina e colágeno de origem brasileira.

“Espero que isso [a importação de pescados] aumente a balança comercial do lado brasileiro para o mercado egípcio. Também poderíamos pensar muito bem para que a indústria egípcia utilize esses peixes para reindustrializá-los e reexportá-los para o mercado africano e o mercado árabe vizinho”, avalia.

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De acordo com informações do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio (MDIC), no acumulado deste ano as exportações do Brasil para o Egito somam US$ 2,08 bilhões até novembro. A corrente de comércio entre os dois países até novembro atingiu US$ 2,5 bilhões, com importações de US$ 468 milhões no acumulado do ano.

Os principais produtos exportados ao Egito são açúcar, milho, minério de ferro, carne bovina, carne de frango e óleo combustível. Os principais produtos importados são fertilizantes.

Fonte: ANBA – Agência de Notícias Brasil-Árabe