Operação investiga uma organização criminosa responsável por distribuir drogas da região Oeste. Foto: assessoria Gaeco

Da Redação

As delegadas de Polícia da Denarc, Franciela Alberton, Ana Cristina, os promotores de Justiça Tiago Vacari e Sandres Sponholz falaram da Operação Carga Fria desencadeada no Paraná, nesta terça-feira, 08.

A operação investiga uma organização criminosa responsável por distribuir drogas da região Oeste do estado para outras regiões do país, a exemplo de Minas Gerais, Rio de Janeiro e estados do Nordeste. O grupo tinha como base de distribuição em Toledo, onde estavam dois líderes do tráfico, e comprava de bens e imóveis de luxo, principalmente em Balneário Camboriú (SC), para mascarar o dinheiro do tráfico. Um policial civil de São Paulo é suspeito de integrar o grupo.

Foram cumpridos 45 mandados de busca e apreensão em Toledo, Pato Bragado e Curitiba, no Paraná, em Balneário Camboriú, Camboriú e Içara, em Santa Catarina, e em Jaboatão dos Guararapes, em Pernambuco.

[bsa_pro_ad_space id=17] [bsa_pro_ad_space id=15]

Oito mandados de prisão preventiva foram cumpridos e dois ainda estão em andamento, além de sete prisão em flagrante por porte ou posse de arma. Ao todo foram apreendidas 10 armas entre elas uma metralhadora utilizada pelo segurança.

Foram presos preventivamente 10 investigados. Houve ainda o sequestro de 20 veículos (carros e caminhões) e 8 imóveis. Também foram bloqueadas 17 contas-correntes de investigados. Um policial civil de São Paulo foi afastado das funções.

A polícia civil descobriu que os traficantes compravam imóveis de luxo, terrenos e móveis. Uma empresa de transporte de Toledo também era utilizada para lavagem de dinheiro. “Neste caso não transportavam a droga, apenas usavam mesmo a empresa para lavar”, informa a delegada Franciela Alberton.

Como a polícia chegou ao grupo

Segundo a polícia, as investigações começaram em março após as polícias Civil e Rodoviária Federal apreenderem cerca de duas toneladas de maconha no fundo falso de um caminhão frigorífico. O motorista foi preso.

A partir da prisão e da apreensão, a polícia chegou até uma chácara em Toledo onde encontrou um segundo caminhão frigorífico com fundo falso. No veículo foram encontros grande quantidade de munição de fuzil e um bunker sob um chiqueiro de porcos, onde a droga era armazenada.

Caminhão apreendido em ação do MP e da PC no Paraná — Foto: Divulgação

Segundo a polícia, a distribuição dos entorpecentes era feita em caminhões carregados com cargas frigorificadas, escolhidas pela dificuldade de fiscalização já que o rompimento do lacre pode comprometer o produto.

O caminhão seguia para o carregamento nas empresas com a droga em fundos falsos, fato desconhecido do embarcador. Com as notas fiscais do produto lícito, seguia até o destino.

Ao longo dos quatro meses, as autoridades afirmam que mais de R$ 20 milhões em bens foram sequestrados e aproximadamente R$ 700 mil em bens apreendidos. Os valores bloqueados em contas correntes e os bens apreendidos nesta terça-feira ainda serão contabilizados.