Foto: DPF/Dourados

Armas também foram apreendidas em Palotina, onde uma pessoa foi presa

Por Fernando Braga

Nesta quarta-feira (21), a Polícia Federal está mobilizada para dar cumprimento à mandados de busca e apreensão e de prisão na região Oeste do Paraná e no Rio Grande do Sul.

A partir de Dourados (MS), a Polícia Federal deflagrou, na manhã desta quarta, a Operação “Agropoison”, com o objetivo de neutralizar organização criminosa responsável pela aquisição e logística de transporte de agrotóxicos contrabandeados do Paraguai.

A investigação iniciou a partir de um flagrante de contrabando de agrotóxicos ocorrido em 03 de julho de 2021, lavrado na Delegacia de Polícia Federal de Dourados. No decorrer das investigações, foram lavrados outros dois flagrantes, um em Dourados (MS) e outro em Sinop (MT).

Foto: DPF/Dourados

As investigações evidenciaram a existência de uma organização criminosa bastante estruturada, que se utiliza de pessoas jurídicas criadas exclusivamente para o crime, os chamados “laranjas”, além de cooptação de pessoas para o transporte e ocultação de cargas ilícitas. Estima-se que a organização tenha movimentado valores superiores a R$ 2 milhões somente durante o período em que era investigada.

A Operação Agropoison consiste na execução de sete mandados de busca e apreensão e dois de prisão temporária para os líderes da organização criminosa, todos expedidos pelo Justiça Federal de Dourados, além do bloqueio patrimonial de todos os bens imóveis, veículos, contas bancárias dos alvos e pessoas jurídicas identificadas no esquema, o que motivou o bloqueio patrimonial de todos os bens imóveis, veículos e contas bancárias dos alvos.

Os mandados foram cumpridos nas cidades de Palotina e Toledo, e em Porto Alegre (RS) e contou com a participação de 21 policiais federais.

Os investigados respondem pelos crimes de ‘Organização Criminosa’ e ‘Descaminho’ (contrabando), em que as penas somadas podem chegar a 13 anos de reclusão.

Foto: DPF/Dourados

O nome da operação faz alusão ao veneno utilizado no campo representado pelo agrotóxico contrabandeado do Paraguai, que não possui certificação legal e não pode ser utilizado no Brasil, trazendo risco a saúde e plantações.

Nos endereços que foram alvos da operação, em Toledo e em Palotina, foram apreendidas sete armas, entre espingardas, carabinas e revólveres, além de munições e muitos apetrechos para fabricação artesanal de armas. Uma pessoa responsável por parte do armamento foi presa em Palotina.