Da Redação

Após oito anos de espera, a o Tribunal de Justiça do Paraná (TJPR) julgou – e condenou – o homem apontado como responsável pela morte de sua companheira em Curitiba.

O que inicialmente aparentava ser um caso de suicídio, terminou com um contundente caso de feminicídio, ao qual foi imposta uma expressiva pena ao autor.

Raphael Suss Marques foi condenado, na madrugada desta sexta-feira (10), a 31 anos de prisão pela morte da fisiculturista Renata Muggiati, ocorrida em setembro de 2015. Ele foi acusado de ter matado, por asfixia, a então companheira, que era fisiculturista, e jogado o corpo dela pela janela do 31º andar do prédio em que moravam, no Centro da capital.

O julgamento durou dois dias e foi encerrado por volta das 01h30, no Tribunal do Júri de Curitiba.

Raphael Suss Marques foi julgado por homicídio quadruplamente qualificado: motivo torpe, emprego de asfixia, recurso que dificulte ou torne impossível a defesa da vítima e feminicídio.

Na sessão de julgamento, o Conselho de Sentença acolheu os argumentos do Ministério Público do Paraná (MPPR), que sustentou a prática do crime com uso de meio cruel.

O réu também foi condenado pelos crimes de lesão corporal e fraude processual – após cometer o homicídio, o denunciado teria tentado alterar informações no celular e no computador da vítima, para simular que ela teria tirado a própria vida.

Pelo Ministério Público do Paraná, atuou na sessão de julgamento a Promotoria de Justiça de Crimes Dolosos contra a Vida. Raphael, que está preso desde 2019, cumprirá a pena em regime fechado e segue detido.