Da Redação
Mãe, irmã, avó, amiga inestimável e mulher de luta, Rosa Lewandowski era alegre, solidária, gostava de dançar e se sentia feliz. Porém, um crime de feminicídio cruel e covarde tirou sua vida.
Em memória de Rosa, clamando por justiça e maior esforço na defesa da vida das mulheres, o Coletivo Mariellas, pessoas da comunidade que eram próximas a Rosa e todos aqueles que se revoltam e se comovem com essa tragédia estão convidados a participar, nesta quarta-feira, 27, de uma vigília. A concentração será na Igreja do Jardim Maracanã, às 19h.
O evento contará com uma caminhada de oração, seguida de uma homenagem e um ato por justiça para Rosa e pelo enfrentamento ao feminicídio.
O CASO
Na manhã de 20 de novembro, um feminicídio chocou a cidade de Toledo. Rosa Lewandowski, de 61 anos, foi brutalmente assassinada em sua residência, na Rua Hermínio Nichetti, na Vila Pioneiro. O autor do crime, um homem de 49 anos, era conhecido da vítima e demonstrava obsessão por ela, segundo relatos de uma vizinha próxima.
Rosa estava em recuperação de um acidente ocorrido no dia 12 de outubro, que a deixou dependente de uma cadeira de rodas. O homem costumava visitá-la, mas ela reiterava que não desejava um relacionamento amoroso. Na noite anterior ao crime, a vizinha esteve cuidando de Rosa até as 23h, momento em que ambas conversaram sobre a necessidade de instalar um cadeado no portão para evitar visitas indesejadas.
Durante a madrugada, o homem invadiu a casa, possivelmente entrando por uma janela. Ele teria espancado Rosa até deixá-la inconsciente. Em seguida, deu-lhe um banho e continuou as agressões, levando-a à morte sobre a cama.