Em pronunciamento na sessão da Câmara Municipal de Toledo, o vereador Ozeias fez um discurso repleto de relatos pessoais e referências históricas para defender a importância do Ministério Público e a necessidade de preservar o decoro parlamentar diante das recentes denúncias contra vereadores.
O parlamentar iniciou citando uma experiência pessoal nas redes sociais, quando foi repreendido por uma moradora por não valorizar adequadamente seus vínculos pessoais. Usando a história do imperador romano Marco Aurélio, lembrou que líderes precisam de humildade para não cair na soberba. “Talvez tenha faltado um ‘escravo na biga’ para lembrar que todos somos mortais”, disse, em referência à frase latina memento mori.
Ozeias criticou a tentativa de reduzir a participação do Ministério Público e recordou decisões do Supremo Tribunal Federal que asseguram o papel da instituição. Ele lamentou menções a uma “honrada mesa da presidência” em contexto de supostas negociações ilícitas e afirmou que “a honra só existe quando o povo reconhece”.
O vereador também revisitou episódios de votações polêmicas no Legislativo, como a discussão sobre o percentual de terrenos institucionais no Plano Diretor, alegando que sofreu pressão do Executivo por manter seu voto contrário a mudanças que, segundo ele, prejudicariam o município.
Por fim, ressaltou que o julgamento político pelo decoro não depende da Justiça, mas da própria Câmara. “O decoro nasceu para avaliar a conduta, a honra e a dignidade do legislativo. É isso que a sociedade espera de nós”, concluiu.
O radialista guru das Fake News que ainda inspira derrotados de Toledo
Durante a campanha política, o radialista sem escrúpulos — e comandante de dois “institutos de pisquisa” de fachada, convenientemente registrados no nome dos filhos — usava o microfone da rede massa como se fosse altar e ele, o sumo sacerdote da manipulação. A cada dia, defendia com unhas, dentes e saliva quem sempre lhe encheu os bolsos.
Anunciava a vitória de Beto Lunitti em Toledo com a convicção de uma Mãe Diná de quinta categoria. Mostrava “números” produzidos pelos filhotes para tentar induzir o eleitor a desistir de votar em Mario Costenaro e Nlesi Welter dizendo que seriam “voto perdidos”. Felizmente, Toledo não é cidade só de alguns quadrúpedes políticos — e o povo, com mais inteligência do que ele supôs, jogou por terra essa manobra antiética, que rasgou a verdadeira função do jornalismo: informar com fatos, e não com falsidades.
Relembro isso porque o sujeito voltou nessa semana, repetindo o mesmo modus operandi. Agora, para defender o indefensável: impedir a cassação dos vereadores Dudu Barbosa e Bozó. Com a mesma cara de derrotado moral, pede à sociedade de Toledo: “Não atropelem, não cometam ato político agora” — como se Ministério Público e Judiciário fossem compostos só por incompetentes, e como se ainda houvesse uma “defesa brilhante” capaz de provar que os dois não pediram propina.
Vergonha é pouco. Pior ainda é ver que esses déspotas políticos derrotados ainda se agarram a um verdadeiro amebão da comunicação, este ordinário que hoje ostenta o título de diretor da Massa FM de Cascavel. Uma parceria perfeita: de um lado, quem não tem honra; do outro, quem não tem vergonha.
O Escritório de Advocacia “Circo Australiano”
Lembram da célebre frase do “ex-vice-machão”, natural da Jóia do Oeste? Aquele que prometeu: “Em breve, o maior escândalo político do PP em Toledo”? Ele se referia ao circo montado contra uma candidata a vereadora que, ao contrário do que os palhaços de toga desejavam, ganhou em todas as instâncias e segue processando os responsáveis.
Agora, os mesmos “divogados” retornam às cenas políticas de Toledo, com uma introdução toda à la Sócrates: “Sei que nada sei, mas vamos acessar os processos para entender”. Mal terminam a frase e já atiram contra o denunciante como se fosse um criminoso. A contradição é evidente: se afirmam não ter acessado o processo, como ousam acusar alguém de “não ter índole”?
A pérola do show veio quando o “tivogado” descreveu os dois vereadores corruptos como “combativos”. Certamente, só se for no cofre alheio.
Moção de aplausos – 70 anos de história no ar
Merecidamente, a primeira emissora de rádio de Toledo foi homenageada com uma Moção de Aplausos. Fundada em 21 de setembro de 1955 como Rádio Clube, a emissora passou a se chamar Rádio Colmeia e, atualmente, é conhecida como Rádio Guaçu — nome que, em tupi-guarani, significa “grande” ou “maior”.
A homenagem contou com a presença dos proprietários Drs. Sérgio e Fátima Campagnollo, Scuby e demais, acompanhados de parte da equipe atual, liderada pelo competente apresentador Milton Martins, meu pupilo e amigo de longa data.
Iniciativa e reconhecimento
A proposição partiu do vereador Odir Zoia, que destacou a importância e os serviços prestados pela emissora ao longo de sete décadas, contribuindo para o desenvolvimento cultural, social e econômico de Toledo.
Durante a sessão, o vereador Bruno Radunz fez questão de registrar o nome deste jornalista que escreve estas linhas, lembrando minha atuação por muitos anos no canal e a contribuição para a formação e transformação de diversos profissionais — tanto na área técnica quanto no jornalismo e na locução.
Revelação de talentos
Entre esses talentos, citou-se Milton Martins, João Teixeira, Tony Angeli, Celso Biron, Jhon Barros e tantos outros hoje espalhados pelo Brasil, levando consigo a escola e a paixão pela comunicação aprendida nos estúdios da Rádio Guaçu. Setenta anos depois, a emissora segue viva, adaptada às novas tecnologias, mas fiel à missão original: ser a voz da comunidade de Toledo.
“Estou de volta ao meu aconchego…”
GM Sinop, o eterno reincidente, voltou ao xadrez nesta quarta-feira (13) por descumprir ordem judicial. Em fevereiro, já havia sido condenado por danos a terceiros e Facebook, mas parece que nada disso impediu suas postagens irresponsáveis. Alguns insistem em transformar prisão em rotina; outros, apenas observam a tragicomédia do retorno.
A biga, o chicote e a honra emprestada.
Na Roma antiga, quando um general voltava vitorioso, coroado de louros e aplausos, não era sozinho que ele subia na biga (carruagem). Ao seu lado, um escravo lhe soprava ao ouvido: memento mori — “lembra-te de que és mortal”. Era a vacina contra o orgulho que embriaga e a soberba que cega.
Toledo, claro, não é Roma. Mas, às vezes, nossa política parece um desfile de triunfo sem escravo na carruagem. Os que se dizem vencedores andam sem quem lhes recorde que a glória é passageira e que o povo é o único verdadeiro juiz da “honra” que tanto gostam de proclamar.
O vereador professor Oseias, em pleno plenário, lembrou que honra não se decreta — muito menos se escreve entre aspas em atas de negociação. Honra é reconhecimento popular, não carimbo em papel timbrado. E quando a “honrada mesa da presidência” aparece em meio a denúncias, a biga começa a chiar.
A ironia maior é que, na própria Casa que fabrica as leis, vigora um código de postura que só aceita denúncias de CPFs identificados. Legal? Sim(hic). Moral? Nem de longe. É o tipo de regra que pode até passar no teste jurídico, mas reprova no exame ético. E, no caso recente dos vereadores achacadores, foi aprovada justamente sob a presidência de quem hoje é acusado de achacar. Quem sabe, já prevendo tempestades futuras, tratou de costurar um guarda-chuva legislativo para si próprio.
É esse o drama: a lei pode até caber no bolso, mas a moral não se dobra tão fácil. Quando quem deveria zelar pelo decoro prepara terreno para blindagens, o resultado é sempre o mesmo: a biga avança, o povo assiste, e ninguém sopra o lembrete fatal — lembra-te de que és mortal.