Por Marcos Antonio Santos
Depois de três meses seguidos de redução, o valor da cesta básica em Toledo teve um aumento no mês de novembro de 3,70%. Agosto, redução de 5,49%; setembro, queda de 2,43%; outubro, redução de 1,16%.
Dos 13 itens da cesta básica apresentados, 9 produtos apresentaram aumento do preço médio, que foram: a batata (25,64%); a banana (14,31%); o feijão (6,50%); o café (4,96%); o leite (3,70%); a carne (1,58%); o arroz (1,46%); o tomate (1,03%); e o óleo de soja (0,04%). Por sua vez, 4 produtos apresentaram redução no preço médio no período: a margarina (-4,67%); a farinha de trigo (-2,86%); o pão francês (-1,17%); e, por último, o açúcar (-0,85%).
Der acordo com o relatório, do Núcleo de Desenvolvimento Regional, composto pelo curso de Ciências Econômicas e pelos programas de Pós-Graduação em Desenvolvimento Regional e Agronegócio (PGDRA) e de Pós-Graduação em Economia (PGE), da Unioeste, Campus Toledo, diante da variação total da cesta básica individual para o mês de novembro de 2023, que foi de 3,70%, o aumento no preço da batata e da banana representaram o maior impacto para o aumento do índice.

A professora no curso de economia da Unioeste e Coordenadora do Núcleo de Desenvolvimento Regional (NDR), Crislaine Colla, disse que no fim de ano alguns produtos sobem de preço. “Sim, no fim do ano alguns produtos apresentam variação positiva. Um exemplo seria a carne, que depois de vários meses apresentando redução, já mostra aumento em alguns lugares. Mas é um efeito esperado para o fim do ano, onde há um aumento da demanda pelo produto”.
“A coleta de preços para a pesquisa segue um calendário pré-determinado, com estabelecimentos diferentes e dias diferentes, justamente para evitar alguns viéses. As promoções e substituições, quando possíveis, são formas de driblar um pouco os efeitos do aumento do preço dos produtos”, avalia Crislaine Colla.
ARROZ – O relatório informa ainda que os produtos que apresentaram maior aumento de preços nos últimos 12 meses foram: o arroz, que acumulou aumento de 14,38%; o açúcar, que aumentou 12,78%; o tomate com aumento de 6,48%; e a banana com um aumento acumulado de 5,73% nos últimos 12 meses. Verifica-se que 9 produtos apresentaram variação acumulada negativa, que seriam: a margarina, com diminuição de 37,80%; o óleo de soja com uma redução de -32,85%, o café, com uma redução de -18,53%, a farinha de trigo que diminuiu -16,94% do seu preço, a carne apresentou redução de -9,04%, o feijão que reduziu -4,83%, o pão francês apresentou redução de -3,47%, o leite com uma redução de -1,59%, e a batata acumula redução de -1,22% nos últimos 12 meses.

MENOR 5,17% – O índice acumulado de variação da cesta básica nos últimos 12 meses, ou seja, desde dezembro de 2022 até novembro de 2023, se observa uma redução acumulada da cesta. Neste período, o valor da cesta básica em novembro de 2023 (R$582,72) está -5,17% menor que o custo da cesta básica em dezembro de 2022 (R$614,46), verificando-se uma diferença expressiva neste período. Nos últimos 12 meses, foram 4 meses de aumentos e 8 meses de redução no custo. Além do acumulado nos últimos 12 meses, também foi possível visualizar a variação do custo da cesta básica neste ano, ou seja, do mês de janeiro a novembro de 2023, período no qual apresentou redução de -3,99%.
HORAS TRABALHADAS – Segundo o relatório, outro indicador observado foi o número de horas de trabalho necessárias para adquirir a cesta básica que, de outubro para novembro de 2023, passou de 93 horas e 39 minutos para 97 horas e 07 minutos. Isso corresponde a 42,57% e 44,15% do total de horas trabalhadas nos meses de outubro e novembro de 2023, respectivamente, para um trabalhador que recebe o salário-mínimo como remuneração mensal.
A cesta básica familiar é calculada considerando os custos alimentares de uma família de 3 pessoas – que seria uma família média, composta por 4 pessoas, com 2 adultos e 2 crianças (sendo que as 2 crianças correspondem a 1 adulto), conforme a metodologia adotada. Tal qual a cesta básica individual, houve aumento de 3,70% no custo da cesta básica familiar, passando de R$1.685,77 em outubro de 2023 para R$1.748,17 em novembro de 2023. Nesse sentido, um trabalhador que receba um salário-mínimo não teria condições de adquirir a cesta básica familiar, uma vez que o valor de R$1.748,17 ultrapassa o valor do salário-mínimo líquido em 43,18%, não conseguindo, dessa forma, arcar com as demais despesas domiciliares mensais.