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Valor da cesta básica em Toledo sobe 2,82%

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Por Marcos Antonio Santos

Entre dezembro do ano passado a janeiro de 2024, o valor da cesta básica em Toledo subiu 2,82%. Com esse resultado, se observa aumento pelo terceiro mês consecutivo. Outubro aumento de 3,70% e novembro 1,57%.

Dos 13 itens da cesta básica apresentados, 10 produtos apresentaram aumento do preço médio, que foram: a batata (51,15%); o feijão (10,46%); o arroz (9,79%); o leite (8,00%); a banana (5,44%); o óleo de soja (3,84%); a margarina (2,42%); o tomate (2,38%); o café (2,13%); e o açúcar (1,67%). Por sua vez, 3 produtos apresentaram redução no preço médio no período: o pão francês (-5,46%); a farinha de trigo (-5,06%); e, por último, a carne (-4,25%).

A professora no curso de economia da Unioeste e Coordenadora do Núcleo de Desenvolvimento Regional (NDR), Crislaine Colla, sempre lembra que as razões dos aumentos dos produtos são principalmente questões sazonais e climáticas. O arroz, por exemplo, teve a oferta reduzida pelas chuvas ocorridas em 2023 no Rio Grande do Sul, que é o principal produtor brasileiro. “As variações nos preços dos produtos da cesta básica sofrem efeitos de fatores macroeconômicos, cambiais, externos, sazonais, climáticos, entre outros. Para os produtos que tiveram maior aumento, listados entende-se que os fatores sazonais e climáticos tiveram maior efeito”.

Outra informação apresentada é o índice acumulado de variação da cesta básica nos últimos 12 meses e do início de 2024. Dessa forma, se observa que desde fevereiro de 2023 até janeiro deste ano houve um aumento acumulado da cesta de 1,86%. Nesse período, o valor da cesta básica em janeiro de 2024 (R$608,53) está 1,86% maior que o custo da cesta em fevereiro de 2023 (R$597,40). Nos últimos 12 meses, foram 6 meses de aumentos e 6 meses de redução no custo. Como reflexo do aumento do índice de variação percentual do custo da cesta básica individual, passou de R$591,86 em dezembro de 2023 para R$608,53 em janeiro de 2024.

Assim, o percentual do salário mínimo líquido necessário para adquirir a cesta básica para uma pessoa adulta apresentou redução no mês de janeiro de 2024, quando seria necessário 46,57% do salário mínimo para adquirir a cesta (comparado aos 48,47% do salário em dezembro). Essa redução ocorreu em razão da correção do valor do salário mínimo, que passou de R$1.320,00 no ano de 2023 para R$1.412,00 para o ano de 2024. Com isso, um trabalhador precisa de quase a metade do salário mínimo para comprar a cesta básica individual.

A combinação tradicional do prato do brasileiro também amentou: o feijão (10,46%); o arroz (9,79%). Foto: Gazeta de Toledo

Outro indicador observado foi o número de horas de trabalho necessárias para adquirir a cesta básica que, de dezembro de 2023 para janeiro de 2024, passou de 98 horas e 38 minutos para 94 horas e 49 minutos. Isso corresponde a 44,84% e 43,10% do total de horas trabalhadas nos meses de dezembro de 2023 e janeiro de 2024, respectivamente, para um trabalhador que recebe o salário-mínimo como remuneração mensal. Também se observou uma redução na quantidade de horas trabalhadas, pois o cálculo é feito em relação ao salário mínimo e este apresentou correção em seu valor para o ano de 2024.

A cesta básica familiar é calculada considerando os custos alimentares de uma família de 3 pessoas – que seria uma família média, composta por 4 pessoas, com 2 adultos e 2 crianças (sendo que as 2 crianças correspondem a 1 adulto), conforme a metodologia adotada. Tal qual a cesta básica individual, houve aumento de 2,82% no custo da cesta básica familiar, passando de R$1.775,59 em dezembro de 2023 para R$1.825,60 em janeiro de 2024. Nesse sentido, um trabalhador que receba um salário-mínimo não teria condições de adquirir a cesta básica familiar, uma vez que o valor ultrapassa o valor do salário-mínimo líquido em 39,67%, não conseguindo, dessa forma, arcar com as demais despesas domiciliares mensais.

NDR – O relatório é apresentado pelo Núcleo de Desenvolvimento Regional (NDR), composto pelo curso de Ciências Econômicas e pelos programas de Pós-Graduação em Desenvolvimento Regional e Agronegócio (PGDRA) e de Pós-Graduação em Economia (PGE), da Universidade Estadual do Oeste do Paraná-Unioeste, Campus Toledo. Essa pesquisa também faz parte de um convênio entre a Unioeste e a prefeitura do município de Toledo.

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Edição nº2785 – 18/06/2025

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