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Unioeste desenvolve tecnologias inovadoras para transformar biogás em energia limpa no oeste do Paraná

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Foto: Unioeste

A produção de energia renovável avança com força na região oeste do Paraná, território marcado pela intensa atividade agroindustrial e pelos desafios na gestão de resíduos. Inserida nesse contexto, a Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste), campus de Toledo, destaca-se por pesquisas que aliam ciência, inovação e sustentabilidade. Entre os trabalhos de destaque está a pesquisa desenvolvida pelo professor Carlos Eduardo Borba, do curso de Engenharia Química, que busca aprimorar as tecnologias capazes de transformar o biogás em biometano e hidrogênio, dois produtos estratégicos para a transição energética e para o fortalecimento da economia local.

O grupo de pesquisa coordenado pelo professor concentra suas ações na criação e otimização de processos que elevam o valor energético do biogás, um recurso abundante na região devido à grande concentração de propriedades rurais, granjas e agroindústrias. De acordo com o docente, a equipe tem avançado em duas frentes principais. A primeira foca na purificação do biogás para obtenção de biometano, utilizando o processo de adsorção, descrito como um “filtro molecular seletivo”. Essa técnica remove contaminantes como dióxido de carbono (CO₂) e sulfeto de hidrogênio (H₂S), resultando em um combustível com qualidade equivalente ao gás natural veicular.

A segunda linha de pesquisa concentra-se na produção de gás de síntese rico em hidrogênio, por meio da combinação de processos como a reforma a seco e a reação de deslocamento gás-água (shift reaction). Essa rota converte metano e CO₂ em hidrogênio e monóxido de carbono, gases essenciais para diversas aplicações industriais.

Esses estudos estão conectados a redes estratégicas de inovação, como o NAPI-H2 e o NAPI-Biogás, iniciativas fomentadas pela Fundação Araucária que reúnem pesquisadores de diferentes instituições do Paraná, a pesquisa também conta com parcerias estratégicas como com o Laboratório de Materiais e Energias Renováveis (LABMATER/UFPR) e CIBiogás Energias Renováveis. Para o docente, um dos principais avanços do grupo está na elaboração e validação de modelos matemáticos avançados, fundamentais para orientar a tomada de decisão técnica e econômica. “Esses modelos ajudam a definir se o biogás de uma determinada fonte deve ser purificado para biometano ou convertido em gás de síntese, permitindo uma aplicação mais eficiente e sustentável”, explica.

Os impactos dessas tecnologias vão além da esfera científica. Para o professor, as soluções desenvolvidas pela Unioeste podem gerar transformações significativas no setor energético e ambiental do Paraná. A utilização do biogás como matéria-prima reduz a emissão de metano, um dos gases de maior potencial de aquecimento global, e converte resíduos, como dejetos de animais, em produtos energéticos de alto valor.

“Ambientalmente, deixamos de tratar resíduos como problema e passamos a enxergá-los como fonte renovável de energia. Energeticamente, o biometano pode substituir o diesel em frotas de caminhões e o gás natural na indústria, fortalecendo a autonomia do agronegócio regional”, destaca o professor. Já a produção de hidrogênio abre caminhos para uma futura economia de baixo carbono, com geração de energia limpa a partir de recursos totalmente locais.

O professor ressalta o papel estratégico da Unioeste no ecossistema de inovação do Paraná. Para ele, a Universidade atua como um elo essencial entre ciência e setor produtivo, contribuindo diretamente para o desenvolvimento econômico e ambiental. “A Unioeste está inserida no coração da região agroindustrial e direciona suas pesquisas para as necessidades reais do setor, como a gestão de resíduos e a busca por energias renováveis. Buscamos transformar conhecimento científico em soluções práticas que gerem valor econômico, social e ambiental para toda a comunidade”, afirma.

Fonte: Unioeste

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