Na sexta-feira (13) a Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste) campus de Toledo entregou para a Prefeitura Municipal de Toledo um estudo completo sobre os possíveis riscos e efeitos de um eventual rompimento da barragem do Lago Municipal Diva Paim Barth. A entrega do trabalho intitulado “Projeto de Segurança da Barragem do Lago Municipal de Toledo” foi feita no Gabinete da Direção Geral do campus da Unioeste, onde foram recebidas representantes da prefeitura: a engenheira civil, Luciana Azevedo, e a bióloga, Lilian Cardoso Borges, ambas da Secretaria Municipal do Meio Ambiente.
Também participaram da entrega, a diretora geral da Unioeste campus de Toledo, Dra. Patricia Sala Battisti, o coordenador do estudo e professor do curso de Aquicultura e Engenharia de Pesca, Dr. Sérgio Makrakis, as professoras do mesmo curso citado, Dra. Maristela Cavicchioli Makrakis e Dra. Lucileine de Assumpção Hartmann, o engenheiro civil do campus, Marcos Rogério Sisti, e dois doutorandos em Engenharia de Pesca, Ana Elisa Faria e Leonan Coelho da Costa.
O estudo, que durou um ano, foi realizado pela equipe do curso de Aquicultura e Engenharia de Pesca da Unioeste, com acompanhamento da prefeitura e assistência da Defesa Civil. O trabalho foi contratado pela Prefeitura de Toledo em decorrência de uma notificação do Instituto Água e Terra (IAT) e da Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA), para segurança da população em caso de rompimento da barragem do Lago Municipal, cujo risco foi classificado como “alto”, e posteriormente reclassificado como “médio”.
Sérgio Makrakis explica que o trabalho consistiu em levantamento de dados e simulações de rompimento para avaliar os possíveis efeitos e sua dimensão. Para isso foi feito um estudo batimétrico para entender o volume de água que o lago comporta e um estudo da barragem e sua linha freática, que é o comportamento da água no corpo da barragem. Segundo o coordenador, a equipe instalou estações Piezométricas semanalmente na barragem, além de duas estações meteorológicas. Isso permitiu o monitoramento da chuva em tempo real, bem como as variações da vazão e do nível da água.
Depois de feito o extenso estudo e realizada a simulação de rompimento, Sérgio relata que a conclusão foi que, como o Lago Municipal tem volume inferior a 50 mil metros cúbicos, ele atingiria três pontos da avenida Parigot de Souza e a água subiria poucos centímetros do chão chegando a algumas residências no seu entorno. Por esse motivo, os moradores dessas regiões foram convocados para uma reunião com a Defesa Civil, a equipe da Unioeste que realizou o estudo e a Prefeitura de Toledo para esclarecimentos e notificação da situação.
“A conclusão do projeto marca um importante passo em direção à proteção ambiental e à segurança da nossa comunidade. Esse resultado foi possível graças à dedicação, colaboração e expertise de diversas instituições e profissionais que uniram esforços para alcançar este objetivo comum”, ressalta o coordenador, Sérgio Makrakis.
Sérgio agradeceu imensamente à Unioeste, à Prefeitura de Toledo, à Secretaria do Meio Ambiente, à Defesa Civil, ao Corpo de Bombeiros e a todos os demais profissionais envolvidos neste projeto. “O trabalho em conjunto foi fundamental para superar os desafios e garantir a execução de medidas que promovem o bem-estar da população e a preservação do nosso patrimônio natural”, destacou.
A engenheira civil da Secretaria do Meio Ambiente da Prefeitura de Toledo, Luciana Azevedo, explica que, como a prefeitura não dispõe de profissionais com experiência especificamente em estudo de barragens, eles buscaram na Unioeste com a equipe do professor Dr. Sérgio Makrakis a viabilização do estudo. “Agora vamos ter uma visão para a segurança da barragem. Saber que estamos cuidando dela, olhando para ela do jeito certo, que não tem nenhum risco de grandes chuvas e ela romper. E ter olhos no que a gente tem que fazer se entupir ou transbordar, quais ações tomar caso aconteça alguma coisa ali”, finaliza Luciana.
Fonte: assessoria/Unioeste/Wanderson Santana Schumacher
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