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Trinca do colapso e o ás do cofre público

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Como transformar uma reeleição certa em um vexame histórico — e ainda ser pago para dar palestra sobre isso

Meu “urubu-capacitação” não decepciona. Sobrevoando as redes, deu de cara com uma arte promocional de um evento em Curitiba. Até aí, tudo bem. Mas o que chamou atenção — ou revolta — foi a presença de três nomes nada ilustres da gestão passada de Toledo. Sim, eles mesmos. Aqueles que ajudaram a enterrar uma reeleição praticamente garantida, e agora aparecem como “palestrantes convidados”. É muita cara de pau.

A cereja envenenada vem da IFA.. — a velha conhecida de quem acompanha o submundo das capacitações públicas campeã em calotes e cassação de vereadores e servidores, os Mato-Grossos que os digam. O dono, aquele que finge que não vê nada, decidiu ressuscitar a marca depois de ter canalizado cursos e recursos públicos para sua empresa paralela (servindo-se de laranjas) chamada “Pública”, atualmente sob investigação. Mudou o nome da empresa, mas o modus operandi segue intacto: dinheiro público, conteúdo duvidoso e, agora, um elenco de capacitadores que protagonizou o maior fiasco eleitoral da história política de Toledo. Para não dizer: a maior vergonha.

Vamos aos astros do desastre:

Dr. Grégori, o mago das reestruturações jurídicas. Com fama de técnico e precisão cirúrgica nos pareceres, conseguiu o milagre de transformar uma gestão popular em um emaranhado jurídico incapaz de respirar. Reformou tanto que desfigurou o que havia de funcional. Criou uma administração fria, travada, soberba, desestruturante e sem alma. Sua contribuição? Garantiu que a população não reconhecesse mais o governo que antes das eleições aprovava. Até de motorista de aplicativo entre Toledo e Cascavel, ele se sujeitou, mas, tadinha da passageira, ao ver que estava em um barco furado, resolveu nadar de braçada em prol da verdade.

BoBonaldo, advogado com a mão cheia para “interpretar” leis — principalmente aquelas que protegem o ordenamento urbano a começar pelos próprios patrimônios. Responsável por orientações que incentivaram a violação das normas de zoneamento em Toledo, ajudou a comprometer o patrimônio de suas famílias por completo a ponto de o MP ter que intervir para regularizar. E agora surge como especialista em “reflexos de políticas públicas”. Reflexos, no caso, de um desastre. Um verdadeiro estudo de caso sobre como prejudicar uma cidade inteira com caneta e carimbo e, na base dos 20% dos “shows” conseguiu saciar sua dependência alcoólica!

E o professor AKanit, mais conhecido em Marechal Candido Rondon como “janelinha-do-filadélfia”, e na política como filósofo da derrota e estrategista de um fracasso anunciado. Comandou a campanha que tinha tudo para vencer e conseguiu entregar o impossível: perder para um adversário com menos de 2% nas pesquisas. AKanit foi além: pegou a vitória certa, mergulhou em teorias mirabolantes, desprezou o básico e entregou um vexame eleitoral histórico. Agora, contratado pelo próprio IFA… vai ensinar  “Como perder uma eleição ganha” — que bem poderia ser subtítulo  “como destruir o que já estava pronto”.

E o mais inacreditável: foram bem pagos por isso. A IFA..comandado pelo “ás” agora aposta nesse desastrado trio esperando formar líderes — postando um manual prático de autossabotagem. Uma coleção de equívocos tão absurdos que deveria ser classificada como patrimônio imaterial da incompetência.

Toledo, cidade que já foi exemplo nacional de gestão pública, agora vira estudo de caso.

Não por seus acertos, mas por permitir que um governo sólido ruísse pelas mãos de seus próprios conselheiros.

O eleitorado não foi enganado — apenas enxergou o que estava diante de todos: um governo que se perdeu de si mesmo.

No fim das contas, não foi oposição. Não foi crise. Nem mesmo desgaste natural. A derrota nasceu no coração do governo — com carimbo, assinatura e muitos CPFs. Obs. Creio que o mentor dos cursos, não tenha CPF.

“Ministério Público, até quando o estelionato da ‘capacitação’ vai passar por qualificação?”

Qualquer semelhança é mera coincidência

Senhores e senhoras do Ministério Público do Paraná, peço licença para falar de um personagem que insiste em zombar da justiça, da moralidade pública e do bom senso — tudo isso com selo de “capacitação profissional”. O nome dele? Oficialmente, pode constar como outro qualquer, mas todos sabem que atende pela alcunha de Bububabosa — o rei dos calotes, o mestre dos contratos fajutos, o coach do desvio de finalidade com certificado incluso. Alguns certificados foram retidos nos correios, já que não houve cursos em CTA, apenas o pagamento das diárias e inscrições e, na criminal, 9mm no barranco.

Sim, ele voltou. Como um vírus com nova cepa, reaparece agora com a já manchada e velha IFA.., empresa que já deveria estar em quarentena judicial, mas que segue respirando dinheiro público com a ajuda de CPFs coniventes e CNPJs cúmplices. Depois de espalhar “cursos” que já renderam cassações de vereadores, exonerações de servidores e inquéritos em diversos estados, Bububabosa reaparece como se nada tivesse acontecido. A audácia dele é tanta que só falta pedir medalha por “contribuição ao colapso institucional”.

E o pior: continua sendo contratado graças a manipulação e uso aqui no Paraná da entidade ACAMOP e se organizando com uma nova veia que se chamara “federação das câmaras municipais”.  Continua “capacitando” — ou melhor, capturando — prefeitos desavisados, câmaras coniventes, vereadores capachos, gestores míopes e servidores que fingem não saber de onde vem o cheiro de queimado.

Agora, nesse próximo mês de agosto o sujeito ressurge com um evento em Curitiba onde os palestrantes de honra são os mesmos que conseguiram destruir uma campanha de reeleição que estava praticamente ganha em Toledo. É isso mesmo: os três cavaleiros do colapso eleitoral foram escalados como autoridades no assunto. Talvez porque entendam do tema não em teoria, mas em prática — prática desastrosa, é claro.

O mais trágico — ou cômico, se não fosse trágico — é ver o dinheiro público pagando coffee breaks, brindes institucionais, banners coloridos e “certificados de participação” assinados por quem deveria estar prestando contas à Justiça. A IFA.., e todas as empresas-irmãs escondidas em nomes de fachada, continuam se apresentando como instrumentos de formação — quando, na verdade, funcionam como verdadeiros tubos de sucção do erário. Um crime em looping, travestido de aperfeiçoamento institucional.

E aqui fica o apelo:

Ministério Público do Paraná, até quando vamos permitir que esse pilantra siga fingindo ser educador, quando seu verdadeiro talento é ensinar como enganar o poder público, fraudar licitações, e desaparecer com recursos enquanto posa para fotos em eventos patrocinados pelo contribuinte?

As provas estão aí. Os processos também. As cassações em outros estados não mentem. Os servidores demitidos tampouco. O que falta? Uma ação coordenada, firme e definitiva para dar um basta nessa engrenagem de pseudo-capacitação que só serve para enriquecer golpistas e humilhar o serviço público sério.

Bububabosa não ensina nada. Ele apenas recicla a esperteza com cara de palestra, encapa a fraude com apostilas e transforma o crime em rotina administrativa. E pior: encontra espaço onde deveria haver fiscalização.

Se o Ministério Público ainda acredita na decência da coisa pública, que essa seja a última crônica escrita com indignação. E a próxima seja o boletim oficial com a notícia de que, enfim, o palco desmontou, o contrato foi rompido, e o golpista respondeu na Justiça.

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Edição nº2788 – 30/07/2025

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