A Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste), campus de Toledo, promoveu no dia 1º de agosto, na Paróquia Menino Deus, o evento “A Alma Canta – Encontro com Monsenhor Marcos Pavan”, uma noite marcada pela espiritualidade, arte e celebração. A atividade integrou a programação especial em comemoração aos 45 anos do curso de Filosofia, um dos cursos mais tradicionais e antigos do campus da Instituição.
O encontro contou com a presença ilustre de Monsenhor Marcos Pavan, regente do Coro da Capela Sistina do Vaticano, uma das mais renomadas instituições musicais sacras do mundo. Além de sua atuação no Vaticano, Pavan é conhecido por sua profunda relação com a música como instrumento de transformação social. Sua trajetória combina o rigor acadêmico da Filosofia com a sensibilidade musical, oferecendo ao público uma experiência única de escuta, reflexão e encantamento.
O nome do evento, “A Alma Canta”, sintetiza o espírito que se deseja cultivar neste momento de encontro entre a Universidade e a comunidade. Mais do que uma apresentação ou palestra, o evento foi um espaço de diálogo entre a arte e o pensamento, entre a tradição e o contemporâneo, entre o sentir e o saber.
Para a professora Patricia Sala Battisti, diretora-geral do campus de Toledo, o evento representou uma oportunidade especial de integração. “A apresentação da Alma Canta, uma verdadeira mostra da tradição viva da Música Sacra, na Igreja Menino Deus, foi um momento de profunda beleza, espiritualidade e integração entre Unioeste e a comunidade. O evento, que contou com a participação dos dois corais da Unioeste (Coral Unioeste Toledo e Vox Viva) e a presença ilustre do Monsenhor Marcos Pavan, regente da Capela Musical Pontifícia Sistina, coro pessoal do Papa, representou um marco cultural para a Unioeste e para a cidade de Toledo. Mais do que uma noite musical, vivenciamos o resultado de uma construção coletiva: coralistas, regentes, professores, estudantes, agentes universitários, Igreja Católica, Prefeitura Municipal e comunidade local unidos por um propósito comum. Essa união reafirma o papel da Unioeste como espaço de formação, diálogo e promoção da cultura”, diz.
“Fiquei muito feliz com o convite para participar deste evento, cujo centro é justamente a música litúrgica da Igreja. Vivemos hoje um momento especial, com um renovado interesse por esse patrimônio, não só aqui em Toledo, mas em diversas cidades do Brasil. Isso me alegra profundamente, pois estamos falando de um legado riquíssimo da Igreja. Ter um coro gregoriano dentro de uma universidade, como a Unioeste, é algo de enorme importância. O canto gregoriano não é apenas o canto oficial da Igreja Católica de rito latino, ele é a base de toda a música ocidental. Portanto, quem deseja conhecer verdadeiramente a música, sua teoria, suas origens e a nossa cultura musical, precisa conhecer o gregoriano. Sem isso, não se pode dizer que se conhece a música em profundidade”, menciona o Monsenhor Marcos Pavan.
Para a coordenação do curso de Filosofia da Unioeste, campus de Toledo, o evento representa um momento especial para o curso. “Celebrar os 45 anos do nosso curso em diálogo com a tradição milenar do canto gregoriano é reafirmar a vocação humanista e cultural da nossa formação. A presença do Monsenhor Marcos Pavan, maestro da Capela Sistina, valoriza ainda mais essa iniciativa construída por nossos acadêmicos e docentes,
por meio dos projetos de extensão Vox Viva e Coral Unioeste. É um encontro que une reflexão filosófica, patrimônio musical e compromisso comunitário com a cultura”.
“Viver este evento foi emocionante. A música, que uniu nossos seminaristas e o Coral da Unioeste, criou uma harmonia que tocou profundamente todos nós. Mais do que uma apresentação, foi um encontro de fé e beleza que ficará para sempre na memória”, comenta o integrante do Coral Gregoriano e estudante do curso de Filosofia da Unioeste, Kevin Benevento Kerber.
Para a professora do curso de Filosofia e integrante do Coral Unioeste, Ester Maria, foi uma experiência inesquecível cantar peças inéditas em latim sob a regência da Capela Sistina, resultado de um trabalho intenso e colaborativo. “Nossa emoção foi ainda maior por celebrar também os 45 anos do curso de Filosofia em Toledo. Um momento de reencontro com nossas origens e de reconhecimento da excelência do trabalho que vivenciamos no coral”, diz.
O coordenador do curso de Filosofia Bacharelado, Prof. Dr. José Dias, comenta que Toledo era uma cidade pequena, em pleno processo de consolidação urbana, e a abertura do curso, ao lado do de Ciências Econômicas, foi um gesto visionário. “Formar professores, pensadores e cidadãos críticos em uma região que buscava construir sua identidade cultural e educacional. Ao longo dessas mais de quatro décadas, o curso de Filosofia contribuiu significativamente para o desenvolvimento da cidade e da região, formando gerações de educadores, intelectuais, pesquisadores e lideranças sociais. O pensamento filosófico, aqui cultivado com seriedade e compromisso público, ajudou a sedimentar os fundamentos de uma universidade democrática, plural e comprometida com o saber”, diz.
Fonte: Unioeste/Alexsander Marques
