Por Marcos Antonio Santos
O município de Toledo confirmou na sexta-feira, 10, um total até o momento de 4.960 registros da doença (4.952 autóctones e 8 importados) no atual ano epidemiológico, iniciado em 1º agosto de 2023, quantidade supera a da temporada 2019/2020 (4.779 casos), considerada, até o momento, a epidemia mais grave já vivida por Toledo.
CRONOLOGIA – O município de Toledo começou 2024, com 40 casos de dengue, em 16 de fevereiro declarou estado de epidemia logo após a Secretaria de Saúde confirmar a primeira morte do ano, 9 de fevereiro, pela doença, um homem de 62 anos de idade. Com mais três mortes registradas no boletim apresentado na sexta-feira, o total chega a 24 óbitos pela dengue. Das 24 mortes, 11 são de pessoas do sexo masculino e 13 do feminino. Deste total, 23 envolveram pacientes com comorbidades e a idade média dos falecidos é de 75,8 anos.
“Toledo decretou epidemia, e tivemos uma morte confirmada por dengue de um morador do Coopagro”, foi o que informou a então coordenadora do Setor de Controle e Combate às Endemias, Lilian König, em reportagem publicada pela Gazeta de Toledo. No mês de março ela foi exonerada do cargo. Em seu lugar a Secretaria da Saúde decidiu que a diretora da Vigilância em Saúde, Juliana Beuz Konno ficaria responsável pela coordenação do Setor de Combate às Endemias.
“Diante do atual cenário de epidemia de dengue, reestruturamos o setor, trazendo a diretora Juliana Konno para liderar juntamente com seus supervisores, que estão diretamente envolvidos no dia a dia com as equipes. Todos são profissionais capacitados, aprovados em concurso e passaram por uma análise minuciosa do cenário para essa tomada de decisão”, disse a secretária de Saúde, Gabriela Kucharski.
“Agora, estou mais presente no Setor de Endemias do que antes. Converso diretamente com os supervisores. Continua tudo da mesma maneira, as supervisoras gerais que sempre participam das reuniões comigo e a Lilian estão por dentro de tudo, desenvolvendo o trabalho como era realizado anteriormente. Sem prejuízo nenhuma para o setor”, afirmou, Juliana Beux Konno.
Passados cinco meses, Toledo chegou a quase 5 mil casos de dengue e com muitos problemas estruturais do setor de endemias e falta de planejamento. E ainda restam alguns meses para o ano epidemiológico 2023/2024 encerrar-se. “É preciso que a população compreenda que a dengue é uma doença grave e potencialmente fatal”, diz o chefe da 20ª Regional de Saúde do município de Toledo, dr. Fernando Pedrotti.
BAIRROS MAIS CRÍTICOS – A edição mais recente do boletim epidemiológico aponta também que, desde a última edição do boletim, há uma semana, 383 novos casos da doença foram confirmados em Toledo. Os cinco bairros com o maior número de casos são Europa/América (679), Panorama (351), Facchini (337), Coopagro (329) e Centro (315).
O número de confirmações pode ficar ainda maior, pois há 327 pacientes aguardando resultados de exames. Somando os testes que deram positivo, os 2.716 casos descartados e os que estão em análise, chega-se a um total de 8.003 notificações, que corresponde ao total de pessoas que procuraram os serviços públicos e privados de saúde com sintomas típicos de dengue.
Perfil anonimizado e breve histórico dos três pacientes que não resistiram às formas mais graves da dengue e foram confirmados no boletin do dia 10 de maio.
• 22º óbito – Paciente do sexo feminino, 60 anos, com comorbidades; Início dos sintomas em 14/03/2024, sendo atendida em 17/03/2024, internada em 20/03/20024, transferida para leito hospitalar em Cascavel no dia 22/03/2024, evoluindo a óbito em 25/03/2024;
• 23º óbito – Paciente do sexo masculino, 77 anos, com comorbidades; Início dos sintomas em 25/03/2024, atendimento clínico em 27/03/2024, transferência para leito hospitalar no mesmo dia e falecimento em 28/03/2024;
• 24º óbito – Paciente do sexo feminino, 92 anos, com comorbidades; Início dos sintomas em 09/04/2024, atendimento clínico nos dias 17 e 22/04/2024, transferência para leito hospitalar em 23/04/2004 e falecimento em 25/04/2024.
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