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Toledo registra recorde histórico de 10.234 casos de dengue e 44 mortes

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Por Marcos Antonio Santos

Aumento de 115% em comparação com o recorde anterior  

O município de Toledo fecha o ano epidemiológico (1 de agosto de 2023 a 31 de julho de 2024) com um total de 10.234 casos de dengue e 44 mortes (em 2022/2023 foi registrado uma morte pela doença e 1.046 casos). A idade média dos 44 falecidos é de cerca de 75 anos, e a maioria tinha comorbidades. Foram 16.396 notificações, registrando a epidemia mais grave da história de Toledo. Os bairros com maior número de casos são: Jardim Panorama, Europa/América, Centro, Coopagro e Jardim Fachini.

O recorde anterior de mais casos de dengue em Toledo foi na temporada 2019/2020, com 4.779 casos, ou seja, neste ano epidemiológico houve um aumento de 115%.

CRONOLOGIA – O município de Toledo começou 2024 com 40 casos de dengue. Em 16 de fevereiro, declarou estado de epidemia logo após a Secretaria de Saúde confirmar a primeira morte do ano, em 9 de fevereiro, pela doença: um homem de 62 anos de idade.

“Toledo decretou epidemia e tivemos uma morte confirmada por dengue de um morador do Coopagro”, informou a então coordenadora do Setor de Controle e Combate às Endemias, Lilian König, em reportagem publicada pela Gazeta de Toledo. No mês de março, ela foi exonerada do cargo. Em seu lugar, a Secretaria da Saúde decidiu que a diretora da Vigilância em Saúde, Juliana Beuz Konno, ficaria responsável pela coordenação do Setor de Combate às Endemias.

“Diante do atual cenário de epidemia de dengue, reestruturamos o setor, trazendo a diretora Juliana Konno para liderar juntamente com seus supervisores, que estão diretamente envolvidos no dia a dia com as equipes. Todos são profissionais capacitados, aprovados em concurso e passaram por uma análise minuciosa do cenário para essa tomada de decisão”, disse a secretária de Saúde, Gabriela Kucharski.

Depois da saída de Lilian, os casos e mortes por dengue em Toledo dispararam. No dia 13 de março, o município registrava 1.160 pessoas testadas positivo para a doença e três mortes por dengue.

Números da dengue em Toledo antes do recorde histórico. Foto: ilustração

CENÁRIO COMPLICADO – Juliana Beuz Konno informou que o levantamento que o município de Toledo fez em relação ao encerramento do ano epidemiológico de dengue revelou um cenário complicado, não somente para Toledo, mas para todos os outros municípios do estado e até a nível nacional. “Todos os municípios sofreram com a quantidade de casos confirmados de dengue e a quantidade de óbitos. A gente faz uma análise muito negativa desse período, pensando que dengue é uma doença que poderia ser evitada. Apesar dos trabalhos intensos, muita educação coletiva, muito trabalho nas escolas, através do programa Gente Mirim, várias mobilizações que o município organizou em parceria com vários membros que participam do comitê de enfrentamento às arboviroses. São várias instituições, várias secretarias envolvidas, universidades, empresas, grandes empresas. Mesmo com toda essa mobilização, o cenário foi ruim”.

PLANEJAMENTO – “A partir de agora, no mês de julho, nós já iniciamos uma série de capacitações aos profissionais de saúde. Semana passada, fizemos capacitação para os agentes de combate a endemias. Nesta semana, fizemos capacitação com os agentes comunitários de saúde. Já temos o planejamento de fazer a capacitação para os enfermeiros, estamos organizando datas para os profissionais médicos. Fizemos também reunião de orientação aos serviços privados, todos os hospitais do nosso município. Estamos planejando várias ações coletivas, organizando e reavaliando o plano de contingência”, afirma Juliana.

Ela menciona que, nesta época de frio, onde se vê a redução do número de casos, Toledo e todos os municípios, em parceria com a Regional de Saúde, aproveitam para organizar o enfrentamento do próximo ano epidemiológico para a dengue. “Estamos bem envolvidos, pensando em várias situações para que não soframos tanto quanto sofremos neste ano. A gente entende que o poder público sozinho não consegue combater essa doença, que é a maior das Américas, então precisamos do envolvimento de toda a comunidade. Pelo número de notificações e pelo número de multas aplicadas no ano anterior para a dengue, vemos que ainda temos uma grande falha no entendimento e na colaboração da população no enfrentamento das arboviroses. Então essa é a nossa ideia: trabalharmos intensamente para que este ano tenhamos mais entendimento e tranquilidade em relação ao que vivenciamos no ano que encerrou na última sexta-feira”, avalia Juliana Konno.

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