
Da Redação
A Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) publicou nessa terça-feira, 30, o último informe da dengue deste período epidemiológico, iniciado em 30 de julho de 2023. Foram registrados mais 8.031 casos da doença e 39 óbitos na última semana. Somados aos dados do período, o Paraná contabiliza 939.453 notificações, 595.732 casos confirmados e 610 mortes em decorrência da dengue.
Em relação aos óbitos, Cascavel aparece em primeiro com (57, e 348 mil habitantes), Londrina em segundo (52, e 556 mil habitantes), e Toledo em terceiro com (44, e 150 mil habitantes). E um total de 10.234 casos da doença. Recorde histórico de casos e mortes. O anterior de mais casos de dengue em Toledo foi na temporada 2019/2020 (4.779 casos), ou seja, neste ano epidemiológico 115% de aumento. Cascavel registrou 32.344 casos de dengue. E 8.117 descartados. Das 57 mortes foram 32 mulheres e 25 homens.
CENÁRIO COMPLICADO – A diretora da Vigilância em Saúde, Juliana Beuz Konno, disse que o levantamento que o município de Toledo faz com relação ao encerramento do ânimo epidemiológico de dengue foi de um cenário complicado, não somente para Toledo, mas para todos os outros demais municípios do estado e até a nível nacional. “Todos os municípios sofreram com a quantidade de casos confirmados de dengue e a quantidade de óbitos. A gente faz uma análise muito negativa desse período, pensando que dengue é uma doença que poderia ser evitada. Apesar dos trabalhos intensos, muita educação coletiva, muito trabalho nas escolas, através do programa Gente Mirim, várias mobilizações que o município organizou em parceria com vários membros que participam do comitê de enfrentamento às arboviroses. São várias instituições, várias secretarias envolvidas, universidades, empresas, grandes empresas. Mesmo com toda essa mobilização, o cenário foi ruim”.
PLANEJAMENTO – “A partir de agora, no mês de julho, nós já iniciamos uma série de capacitações aos profissionais de saúde. Semana passada, fizemos capacitação para os agentes de combate em endemias. Nesta semana fizemos capacitação com os agentes comunitários de saúde. Já temos o planejamento de fazer a capacitação para os enfermeiros, estamos organizando datas para os profissionais médicos. Fizemos também reunião de orientação aos serviços privados, todos os hospitais do nosso município. Estamos planejando várias ações coletivas, organizando e reavaliando o plano de contingência”, afirma Juliana.
Ela menciona que nesta época de frio, onde se vê a redução do número de casos, Toledo e todos os municípios em parceria com a Regional de Saúde, aproveitam para organizar um enfrentamento do próximo ano epidemiológico para a DENC. “Estamos bem envolvidos, pensando em várias situações para que não sofremos tanto como sofremos neste ano. A gente entende que o poder público sozinho não consegue fazer combater, esse vetor é a maior doença das Américas, então a gente precisa o envolvimento de toda a comunidade. Pelo número de notificações, pelo número de multas aplicadas no ano anterior, para a dengue, vemos que ainda temos uma falha grande no entendimento e a colaboração da população no enfrentamento das arboviroses. Então essa é a nossa ideia, trabalharmos intensamente para que este ano tenhamos mais entendimento. E tranquilidade com relação ao que vivenciamos no ano que encerrou na última sexta-feira”, avalia Juliana Konno.