Ao todo, estão sendo construídas 325 casas populares em 16 municípios
Por Fernando Braga
A Itaipu Binacional, através de parceria com a Cohapar (Companhia habitacional do Paraná), vem destinando recursos para a construção de casas populares na região Oeste do Estado. Toledo e outros 15 municípios estão sendo contemplados com conjuntos habitacionais destinados a famílias em vulnerabilidade social.
As residências foram planejadas com até 49 metros quadrados, sendo algumas adaptadas com acessibilidade. Elas têm dois quartos, sala e cozinha, além de painéis solares integrados à rede de energia elétrica, de olho na sustentabilidade e na diminuição de custos diários com a conta de luz.
A última entrega do projeto ocorreu na cidade de Santa Tereza do Oeste, onde 20 famílias receberam as chaves das casas que foram construídas em dois conjuntos habitacionais (fotos).
O projeto
A parceria entre Cohapar e Itaipu Binacional envolve 325 unidades populares em 16 municípios (Boa Vista da Aparecida, Diamante D’Oeste, Foz do Iguaçu, Guaíra, Guaraniaçu, Matelândia, Medianeira, Palotina, Pato Bragado, Quedas do Iguaçu, Santa Tereza do Oeste, São José das Palmeiras, São Miguel do Iguaçu, Terra Roxa, Toledo e Ubiratã) da região Oeste. Todos os conjuntos habitacionais têm 20 casas, menos Foz do Iguaçu, que tem cinco a mais.
Essa iniciativa começou a ser organizada há quatro anos com um Protocolo de Intenções entre Itaipu Binacional e o Governo do Estado. A administração estadual elencou os municípios com maiores déficits e necessidades sociais e, posteriormente, foram redigidos Acordos de Cooperação com as respectivas prefeituras e convênios para os repasses financeiros. A estatal separou cerca de R$ 21,5 milhões para esse investimento.
“O projeto é da Cohapar, adaptado à nossa proposta. As prefeituras ficaram responsáveis pela seleção e titularidade dos imóveis, com responsabilidade acessória da parte de acabamento dos condomínios, coleta seletiva, iluminação pública, infraestrutura urbana”, afirma Jorge Guilherme Alves, gerente da Divisão de Infraestrutura e Manutenção da Itaipu Binacional. “Estamos gerando qualidade de vida e fomentando ainda mais o desenvolvimento da nossa área de atuação”.
Os projetos são tão detalhados que entram nos mínimos detalhes de uma casa, como o compromisso de instalar caixa d’água de 500 litros, 13 tomadas, seis interruptores, tanque de 20 litros, chuveiros elétricos, janelas de 1,20 x 1, tratamento antiferrugem nas portas e vidros com espessura mínima de 3 milímetros.
As casas também têm painéis fotovoltaicos de 550 W e inversores. Esse sistema é capaz de irradiar energia elétrica para a casa e está conectado ao sistema da Copel. Quando há excedente na produção, a energia limpa vira “crédito” na fatura. Para a Itaipu, o objetivo é difundir essa tecnologia e estimular o consumo responsável.
Os critérios de seleção do programa são famílias residentes em área de risco e/ou de preservação ambiental e/ou desabrigadas; famílias com renda per capita familiar até 1/4 salário-mínimo; e famílias que contam com portadores de deficiências ou idosos.
Em Toledo
Em julho de 2018 a Prefeitura de Toledo assinou o convênio entre o município e a Itaipu Binacional para construção das 20 casas populares que farão parte do condomínio denominado Recanto Feliz II. O primeiro condomínio construído para idosos em Toledo, entregue em 2012, se chama Recanto Feliz e fica no Jardim Coopagro. O próximo está em fase de construção em uma área localizada no Loteamento Miotto e bairro Santa Clara IV, perto do Centro de Revitalização da Terceira idade (Certi) da Vila Pioneiro.
As moradias serão repassadas aos idosos através de um termo de permissão de uso, ou seja, eles não serão donos dos imóveis, mas poderão morar sem pagar nada, enquanto viverem.
Iniciada em fevereiro de 2020, mais da metade da construção está concluída e a previsão de entrega das obras é para maio deste ano. Com vários inscritos, depois que o condomínio estiver pronto, será finalizada a seleção das famílias que poderão habitar as novas residências.
Conforme Jorge Lange, diretor-presidente da Cohapar, “trata-se de um investimento que ajuda a diminuir a necessidade habitacional do Estado e que dá dignidade para famílias que vivem em condições de vulnerabilidade”.
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