Em uma prestação de contas firme e direta aos vereadores de base e de oposição de Toledo, o deputado federal Dilceu Sperafico fez questão de diferenciar “quem promete e some” de “quem destina recursos e mostra o extrato”. Segundo ele, sua atuação no sétimo mandato tem sido pautada por responsabilidade e transparência, divulgando somente valores já empenhados ou depositados em conta, principalmente na Caixa Econômica Federal, onde ficam vinculados aos projetos municipais.
Sperafico recordou que 2023 foi um ano de retomada após reassumir o mandato sem direito às emendas anteriores. Mesmo assim, conseguiu R$ 2,5 milhões para o Hospital Bom Jesus e outros R$ 2,5 milhões para a revitalização da Avenida Cirne Lima. Já em 2024, com orçamento pleno, ampliou expressivamente os repasses:
Principais investimentos destinados a Toledo (2023-2024)
| Área / obra/entidades | Valores totais destinados R$ 51.000,000,00 |
| Hospital Bom Jesus | R$ 12.500.000,00 |
| Infraestrutura (Cirne Lima / São Luís / outros) | R$ 11.000.000,00 |
| Esporte e custeio de escolinhas | R$ 1.200.000,00 (200 mil já empenhados) |
| Corpo de Bombeiros | R$ 1.000.000,00 |
| Centro de Eventos / CISO / Recanto | R$ 2.850.000,00 |
| Segurança (PM, Civil, Bombeiros – drones, viaturas e kits) | R$ 1.200.000,00 (aprox.) |
| Fazenda Esperança | R$ 350.000,00 |
| Entidades sociais e culturais | R$ 550.000,00 + 750.000,00 federal direto |
| Manutenção cultural (Teatro Ondy Helio Niederauer) | R$ 1.600.000,00 |
“Eu não anuncio cheque em branco”.
Assim se pronunciou do Deputado Dilceu ao encerrar sua coletiva. Só comunico o que está empenhado ou com dinheiro na conta. A população já sofreu demais com promessas que nunca viram a cor do recurso.”

Sperafico concluiu defendendo a importância da representatividade política ativa, afirmando que “quando um município não tem quem o defenda em Curitiba ou em Brasília, ele perde dinheiro”. Matéria completa AQUI
Quando Toledo tem voz em Brasília — e quando não tem
Há cidades que esperam. E há cidades que cobram. Toledo, historicamente, sempre foi daquelas que produzem, que crescem, que acolhem gente de todo canto — mas que, por muito tempo, esta em silêncio nos corredores onde as decisões do estado são tomadas.
Política, no fim das contas, não se faz apenas com discurso bonito em palanque: se faz com senha de acesso. E em Brasília, a senha é representatividade.
O balanço apresentado pelo deputado federal Dilceu Sperafico no começo dessa semana, é mais do que uma prestação de contas — é uma aula prática sobre como funciona o jogo. Em apenas dois anos de mandato, foram R$ 51 milhões assegurados para Toledo e região, com dinheiro carimbado, comprovado, aplicado — hospital, infraestrutura, esporte, segurança, entidades sociais.
E aí vem a pergunta incômoda: o que teria sido do Hospital Bom Jesus, do Corpo de Bombeiros, das creches, das estradas, se Toledo não tivesse alguém para bater na mesa e dizer — “isso é prioridade”?
Sim, temos outros deputados que ajudam Toledo. E que bom que ajudam. Mas ajuda é gentileza — compromisso é outra coisa.
Se representatividade federal já mostrou resultado concreto, por que insistimos em atravessar eleições estaduais como meros coadjuvantes? Por que aceitamos ser trampolim eleitoral de quem só lembra da cidade quando chega setembro de campanha? Por que elegemos tantos votos para fora — e tão poucos para dentro?
Não se trata de escolher nomes. Trata-se de escolher uma estratégia de cidade.
Toledo produz como gigante, arrecada como gigante, critica como gigante — mas ainda vota como cidade pequena, sem entender que quem não senta à mesa, vira pauta da reunião.
Dilceu Sperafico mostrou com números o que muitos ainda tentam negar com argumento: quem tem mandato traz dinheiro — quem não tem, traz desculpa.
Em 2026, quando chegarmos à urna, talvez devêssemos lembrar de algo simples:
Deputado que é “amigo de Toledo” é bem-vindo. Mas deputado de Toledo é indispensável.




