Por Marcos Antonio Santos
Os valores do serviço público de transporte coletivo de passageiros do município de Toledo são milionários e podem chegar a R$ 302.703.744,00, valor total contratual estimado ao final dos 10 anos de concessão à Concessionária Viação Sorriso.
SETEMBRO – O novo contrato entre o município e a Viação Sorriso começou a vigorar neste mês, e os custos mensais previstos seriam de R$ 2.522.531,02. No entanto, com o subsídio de R$ 1.858.707,02, os custos ficariam em R$ 663.824,00. Na licitação vencida pela Viação Sorriso, ficou estabelecida a colocação de novos ônibus em circulação.
O gerente-geral da Viação Sorriso, Daniel Kopicz, confirma que são 27 ônibus e um micro-ônibus. Segundo ele, 12 já foram recebidos, e os demais chegarão nesta semana. “Todos os veículos são Euro 6, equipados com ar-condicionado, Wi-Fi, GPS, câmeras de monitoramento, TV e reconhecimento facial. O próximo passo é o emplacamento, e, assim que estiverem emplacados, serão liberados para a operação”, afirma Kopicz.
Em abril deste ano, a Prefeitura de Toledo e a Viação Sorriso assinaram o contrato de outorga de concessão do serviço pelos próximos 10 anos, com possibilidade de renovação por igual período, após consulta à população em audiência pública.
O novo contrato prevê o custo de R$ 13,30 pela tarifa. No entanto, com um subsídio estimado em R$ 1.858.707,02 por mês, o Projeto de Lei que altera o aporte financeiro, em tramitação na Câmara, foi aprovado pelos vereadores, e o valor da passagem foi mantido nos atuais R$ 3,50. Com o novo aporte, o valor total dos subsídios seria de R$ 22,3 milhões por ano, ou seja, R$ 223 milhões ao longo dos 10 anos de contrato.
O novo contrato já está assinado, mas os valores só serão repassados à empresa após a chegada dos novos veículos. Tudo o que foi sugerido pela população durante a concessão deverá ser cumprido.
ABRIGOS – O novo contrato também estabelece a construção de novos abrigos para os passageiros, que poderão chegar a, no mínimo, 70 unidades, a serem construídas pelo município. A gestão pública já conta com cerca de R$ 1,6 milhão de superávit para a construção desses abrigos, que serão implantados nos locais com maior fluxo de pessoas e em pontos improvisados, e terão valor médio de R$ 22 mil cada.
