Os preços da soja voltaram a cair na Bolsa de Chicago nesta segunda-feira (20), acompanhando o dia estressante que teve o mercado financeiro mundial, motivado, principalmente, pelo colapso nos preços do petróleo.

“Hoje o dia foi de total aversão ao risco porque os investidores não sabem onde colocar o dinheiro”, explica o consultor em agronegócios Ênio Fernandes, da Terra Agronegócios.

Os futuros da oleaginosa fecharam o dia com perdas entre 5,25 e 6 pontos nos principais contratos, com o maio sendo cotado a US$ 8,26 e o agosto a US$ 8,38 por bushel. E a tendência é de que as cotações sigam operando em queda, ainda sentindo os impactos do cenário macroeconômico e da demanda ausente nos EUA.

Para Fernandes, o mercado precisa observar uma volta da atividade econômica para se reaquecer no cenário internacional. “Se as pessoas voltarem a consumir, mesmo que lentamente, essa liquidez volta a impulsionar a demanda, cada setor em seu ritmo”, diz.

NO BRASIL

Para a soja brasileira, o consultor explica que a maior proteção para os seus preços continua vindo do câmbio. Nesta segunda, a moeda brasileira voltou a subir mais de 1% e fechou com R$ 5,30, ainda mantendo a soja nos portos acima dos R$ 100,00 por saca.

“Se o produtor tem soja a comercializar, os preços são saudáveis, o custo de produção é muito bom e o produtor tem que preservar seu fluxo de caixa. Eu recomendaria o produtor a comercializar essa soja que ele tem na mão”, diz.