Foto: Jaelson Lucas / Arquivo AEN

Os preços da soja subiram no Brasil no encerramento de fevereiro, influenciados pelo aquecimento da demanda interna. Segundo pesquisadores do Cepea, ainda que uma safra abundante esteja sendo colhida na América do Sul, preocupações com a produtividade das lavouras que ainda a serão colhidas, o aumento dos custos logísticos e a sinalização por parte do USDA de uma possível menor área com soja nos Estados Unidos ajudaram a sustentar as cotações domésticas. Quanto aos derivados, levantamento do Cepea mostra que os preços do óleo e do farelo encerraram o mês em direções opostas. De acordo com pesquisadores do Cepea, no caso do óleo, os valores subiram, impulsionados pela forte demanda, tanto para o setor alimentício quanto para a indústria de biocombustíveis. Já para o farelo de soja, houve desvalorização, o que reflete a cautela dos compradores, que aguardam um maior avanço da colheita para negociar novos lotes. 

MILHO

Os preços do milho seguem registrando altas expressivas na maior parte das regiões acompanhadas pelo Cepea. No encerramento de fevereiro, o Indicador ESALQ/BM&FBovespa (base Campinas – SP) já operava na casa dos R$ 87,00/saca de 60 kg. Segundo pesquisadores do Cepea, os aumentos se devem à maior presença de compradores no mercado spot, a dificuldades logísticas e aos baixos estoques domésticos. Neste caso, pesquisadores do Cepea ressaltam que os estoques brasileiros estão baixos, e nem mesmo o avanço da colheita da safra verão tem elevado a disponibilidade interna. De acordo com dados da Conab, o estoque de passagem no final de janeiro de 2025 foi de apenas 2,1 milhões de toneladas, expressivos 70% inferior ao do ano anterior, quando era de 7,2 milhões de toneladas. 

Fonte: Cepea