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Sessão extraordinária: Rito em dia, política alinhada

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O Legislativo analisa homenagear duas ocupações profissionais com dias no Calendário Oficial do Município: o feirante e o produtor de cerveja artesanal. Na manhã de sexta-feira (31), os vereadores receberam a comunidade e representantes dos setores para debater os projetos, no Auditório e Plenário Edílio Ferreira. As duas matérias estão em tramitação na Câmara de Toledo. A Comissão de Educação, Cultura e Desporto (CEC) organizou a audiência pública para ouvir as partes envolvidas. O órgão é composto por Professora Marli (MDB), presidente; Sergio Japonês (PL), vice-presidente; Valdir Gomes (União Brasil), secretário; Professor Oseias (PP) e Pedro Varela (PP). Dia Municipal do Feirante (Projeto de Lei n° 173/2025) Os autores classificam a iniciativa como uma “oportunidade de reconhecer o trabalho dos feirantes, que desempenham um importante papel no abastecimento de alimentos frescos e na promoção da economia local”. O projeto foi elaborado pelos vereadores Gabriel Baierle (União Brasil), Valdir Gomes (União Brasil), Sergio Japonês (PL) e Roberto de Souza (PT). Se o projeto for aprovado na Câmara e sancionado pelo Executivo, o Dia Municipal do Feirante será comemorado, anualmente, no dia 15 de agosto. A Prefeitura poderá promover eventos, campanhas e atividades alusivas à data, voltadas à valorização do setor, em parceria com entidades de classe, associações e feirantes. Os autores, em justificativa, argumentam que “diante da importância econômica, social e cultural dos feirantes para o município, a aprovação deste projeto representa um ato de justiça e reconhecimento a esses profissionais que, com dedicação e esforço, contribuem significativamente para a qualidade de vida da população”. Marlene Primão, presidente da Associação dos Feirantes de Toledo (Afertol), representou a classe. “É um dia que a gente esperava ser comemorado mesmo. É importante para nós, feirantes, e também para a cidade de Toledo. É uma associação que leva benefício a todos, leva o produto fresquinho, de qualidade, a todos os toledanos. Nos sentimos muito honrados com essa comemoração que vamos ter: o Dia do Feirante”, agradeceu. As feiras são realizadas em Toledo de terça a domingo. Às terças-feiras, no Jardim Pancera e no Jardim Gisela. Às quartas-feiras, no Centro. Às quintas, no Jardim Coopagro e no Jardim Europa. Às sextas, na Vila Pioneira, no Jardim Porto Alegre e no distrito de Vila Nova. Aos sábados, no Industrial e no Panorama. Aos domingos, na Pioneira, próximo à Praça das Bandeiras. Segundo Marlene, o ofício costuma passar dos pais para os filhos. “Eu acho que é bem familiar. Meu filho tá aí, ele é um feirante junto comigo, ajuda a produzir. Na maioria das famílias que estão nas feiras, os filhos continuam”, disse. Em torno de 55 feirantes estão associados. De acordo com a presidente, a Associação teria condições de atender mais bairros, se necessário, com a organização da logística entre os comerciantes. Os representantes parabenizaram pela inclusão no Cesar Park, com o início das atividades em breve. Dia do Produtor de Cerveja Artesanal (Projeto de Lei n° 181/2025) Elaborado pelos vereadores Jairo Cerbarro (DC) e Bruno Radunz (Republicanos), o projeto visa instituir o “Dia Municipal do Produtor de Cerveja Artesanal”. O texto original prevê inserir a data no dia 31 de janeiro. Porém, o vereador Bruno Radunz apresentará uma Emenda Modificativa para fixar a comemoração no dia 30 de janeiro. Os principais objetivos da matéria são reconhecer a importância cultural, social e econômica dos produtores de cerveja artesanal para o Município; valorizar o empreendedorismo local e estimular a formalização de micro e pequenas empresas ligadas ao setor; promover ações de divulgação, incentivo ao consumo consciente e responsável, bem como fomentar o turismo gastronômico; e apoiar iniciativas de capacitação, inovação e sustentabilidade na produção da cerveja artesanal. João Carlos Belotto, em nome da Confraria dos Cervejeiros Artesanais de Toledo (Concerva), defendeu o impacto social e econômico o setor. “A cerveja, historicamente, sempre esteve presente: em nascimentos, casamentos, festas, comemorações, começo da produção e final da produção. Ela sempre teve seu caráter social muito importante (...) o movimento cervejeiro artesanal está crescente no mundo inteiro. No Brasil e em Toledo, isso não é diferente (...) hoje, a gente tem a maior associação de produtores de cerveja artesanal do Paraná. Temos 120 associados diretos. Toledo tem cerca de 300 ‘paneleiros’. É um mercado muito grande, em ascensão”, afirmou. Os vereadores defendem que, além de gerar emprego e renda, a atividade “contribui para o fortalecimento do turismo gastronômico e para a valorização da identidade cultural local. Cada produto desenvolvido carrega, em essência, a criatividade, a dedicação e o conhecimento técnico do profissional, que busca conciliar tradição e inovação em prol de um mercado diferenciado e cada vez mais consolidado”. No fim de abril, a Câmara de Toledo aprovou o Projeto de Lei n° 50/2025, que ‘Declara de utilidade pública municipal a Confraria dos Cervejeiros Artesanais de Toledo (Concerva)’ de autoria dos vereadores Bruno Radunz e Gabriel Baierle. A matéria foi sancionada na forma da Lei n° 2.916/2025. Assista à audiência A gravação do evento está disponível no link: https://www.youtube.com/watch?v=8EM_Ew76GE8 Hiury Pereira – Departamento de Comunicação Foto: Michelly Domiciano – Departamento de Comunicação

A convocação da Sessão Extraordinária da Câmara de Toledo para esse dia 19 às 16h, não foi apenas cumprimento formal do Regimento. Foi, sobretudo, um gesto claro de sincronização institucional: Executivo pede urgência, Legislativo responde com agenda e quórum. O relógio político de 2026 já começou a girar.

Extraordinária no nome, estratégica no conteúdo

A pauta é enxuta, mas cirúrgica. Estrutura administrativa, política tributária, habitação popular e ajustes de gestão entram juntos no plenário. Quando temas sensíveis avançam sem ruído, o recado é direto: há alinhamento e método.

Executivo propõe, legislativo organiza

Projetos centrais do Executivo ganham prioridade e tramitação célere. Não há atropelo, há coordenação. A Câmara assume o papel de garantir segurança jurídica enquanto o Executivo prepara o terreno para um ano de execução mais previsível.

Estrutura hoje, entrega amanhã

Reorganizar cargos, ajustar regras fiscais e destravar patrimônio público no fim de 2025 não é pressa: é planejamento antecipado. Quem arruma a casa agora quer menos improviso e mais entrega em 2026.

Quando o plenário anda, a cidade sente

Sessões extraordinárias costumam gerar desconfiança. Desta vez, sinalizam outra coisa: harmonia institucional. Executivo e Legislativo falam a mesma língua quando o objetivo é garantir continuidade administrativa e reduzir ruídos políticos no próximo ano.

2026 começa antes do réveillon

A mensagem é clara: não se governa apenas com discurso de janeiro. As bases legais, administrativas e políticas estão sendo lançadas agora. Alinhamento hoje é governabilidade amanhã.

Solo urbano sai do gabinete e vai para o plenário

Não é detalhe administrativo. Quando parcelamento do solo e zoneamento urbano entram em audiência pública, a Câmara de Toledo sinaliza que a cidade começa a tratar crescimento urbano como política de Estado — e não como decisão de balcão. Os projetos em debate mexem diretamente com o valor da terra, o ritmo da expansão urbana e o custo da cidade para quem mora e para quem investe. A presença da sociedade, agora oficialmente convocada, é o único antídoto contra decisões que, quando tomadas no silêncio, costumam gerar distorções duradouras. Planejamento urbano não é favor técnico: é pacto coletivo.

Zoneamento é poder — e o jogo está aberto

Poucas leis concentram tanto poder quanto as que definem onde pode, onde não pode e quanto pode construir. Alterar regras de parcelamento e uso do solo significa mexer em interesses econômicos pesados, expectativas imobiliárias e estratégias políticas de longo prazo. Ao abrir prazo para sugestões e colocar os projetos sob o crivo público, a Comissão Especial assume um risco calculado: o de expor o debate. Mas também cumpre o rito democrático que costuma faltar quando o assunto é cidade. Quem entende o jogo sabe: zoneamento não é técnico apenas — é profundamente político. E, desta vez, o tabuleiro está visível.

O euísmo estadual

Há políticos que acreditam sinceramente — ou fingem muito bem — que recursos públicos brotam do chão assim que eles desembarcam na cidade. Basta um microfone, um anúncio e pronto: a obra nasce, o dinheiro aparece e a história começa ali, naquele discurso.

Curioso.

Porque, longe do palanque, há quem trabalhe antes da foto. Quem abre portas silenciosamente, constrói pontes políticas e mantém diálogo permanente com quem decide de verdade. Nesse capítulo — que raramente vira manchete — é impossível ignorar o papel de Luiz Ferreira, cuja relação direta e respeitosa com o governador e com secretários como Guto Silva, Alexandre Curi, Sandro Alex e Márcio Nunes faz toda a diferença entre promessa e execução.

Sem essa articulação, talvez os números anunciados fossem outros. Menores, quem sabe. Ou apenas intenções.

Mas, como sempre, na política brasileira, há quem chegue para cortar a fita… e há quem tenha segurado a porta aberta o tempo todo.

Entrevista de sábado

Neste sábado, dia 20, recebo o deputado federal Dilceu Sperafico para falar de números e poder político real.
Quantas sessões participou? Qual seu índice de presença e atuação no Congresso Nacional?

(Foto: Mário Agra/Câmara dos Deputados)

Na conversa, Sperafico também analisa o cenário de 2026, a importância de Toledo eleger um deputado estadual local e comenta os impactos de mais de R$ 57 milhões em emendas destinadas ao município.

Entrevista de sábado I

No próximo dia 27 de dezembro, recebo Gabriel Baierle, presidente da Câmara Municipal de Toledo. Em pauta, um ano turbulento, os resultados da reestruturação do Legislativo, a defesa das sessões itinerantes e o debate — sensível e inevitável — sobre o aumento do número de cadeiras na Câmara.

Cidadania em sua essência.

Do latim civitas, pertencimento à cidade, a política ganha sentido quando se traduz em atitude. Na imagem, o vereador Marcos Zanetti (Cidadania) ao lado do pré-candidato a deputado federal Marcelo Rosa, o Solitário Mudanças, cuja essência é a solidariedade — porque fazer o bem, sem olhar a quem, é a forma mais concreta de exercer a cidadania.

Contas  de 2021 a 2024 aprovadas, dúvidas intactas

A Câmara Municipal aprovou, por meio da Resolução nº 142/2025, as contas do Executivo referentes ao exercício de 2024. No papel, tudo regular. No rito, tudo correto. No discurso, superávit e “recursos livres” apresentados como selo de boa gestão.

Mas política fiscal não se resume à assinatura no parecer

A leitura fria dos números sugere que parte desse superávit tem mais de efeito ótico do que de robustez financeira. Recursos classificados como “livres” carregavam, na prática, compromissos futuros, vinculações informais e despesas apenas empurradas no calendário. Não é ilegal — mas tampouco é virtuoso. É contabilidade criativa travestida de prudência.

A aprovação, amparada no parecer técnico do Tribunal de Contas, encerra o processo formal. Não encerra o debate político. Porque regularidade não significa, necessariamente, eficiência; e conformidade legal não é sinônimo de saúde fiscal estrutural.

Fica a pergunta que não coube na resolução: o superávit refletia capacidade real de investimento ou apenas adiamento estratégico de obrigações? Os recursos eram, de fato, livres — ou apenas temporariamente disponíveis?

No fim, as contas foram aprovadas. A narrativa, não.
E em política, quando sobra discurso e falta execução concreta, o balanço pode até fechar… mas a dúvida permanece aberta.

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Edição nº2799 – 15/11/2025

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